quinta-feira, 1 de julho de 2010

O papel do líder lojista para o País

Durante anos o Brasil amargou a condição de país subdesenvolvido, o "país do futuro" - mas de um futuro que parecia predestinado a nunca ser vivido no presente. Na última década, essa realidade mudou. Enquanto vários países enfrentam a estagnação de seu desenvolvimento, o Brasil destaca-se, ao lado de outros poucos emergentes - entre eles Índia e China - pela competência com que passou praticamente à margem das crises.

Todos os indicadores sociais brasileiros comprovam nosso crescimento econômico. Crescimento que se revela pelo consumo de bens diversos, sobretudo nas classes de menor renda, e que destaca a importância do varejo para o aquecimento da economia.

No auge da crise econômica, quando o governo federal direcionou suas ações para a superação dos possíveis danos que esta causaria, os incentivos à produção e ao consumo, por meio de redução e isenção de impostos em alguns setores que são referência para a sustentabilidade da economia, impediram que fôssemos atingidos.

Embora reconhecendo a relevância das ações governamentais na superação da crise, estas certamente não se teriam configurado plenamente não fossem as parcerias com os mais variados segmentos da sociedade dentre os quais destaco o varejo, responsável por todas as atividades relativas à venda de produtos ou serviços diretamente ao consumidor final. Seja no setor de bens, seja no de serviços, o varejo tem sido um parceiro com o qual o poder público e a sociedade organizada têm contado para desenvolver projetos que cada vez mais expandem as habilidades do nosso povo, qualificando-o para um futuro que agora urge por se tornar presente em uma velocidade que mal conseguimos acompanhar.

Tal velocidade exige reformas estruturais no nosso sistema de escoamento da produção, o que significa a urgência de obras em portos, aeroportos, ferrovias e rodovias. Mudanças na infraestrutura exigirão, por sua vez, a desburocratização dos processos e o investimento em tecnologia. Como se vê, crescimento puxa crescimento, uma vez que se torna necessário dar conta da demanda gerada pelo desenvolvimento.

É neste cenário que o papel de entidades como a Confederação e a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas, por exemplo, perpassa o de mero representante da classe lojista empresarial para tornar-se liderança cujo papel de interlocução junto a outros organismos da sociedade possibilita o diálogo por meio do qual se desenrolam ações capazes de unir empresas e sociedade a fim de beneficiar o país. E beneficia-se o país quando se beneficia o lojista porque, este último, tem todo o interesse de estender à população - que é consumidora dos seus bens e serviços - os benefícios que recebe.

Somente neste ano, os lojistas, por meio das parcerias estabelecidas por suas 941 federações, conquistaram a diminuição dos custos dos cartões de crédito, o aumento da capacitação dos colaboradores, a criação de uma lei que estabelece um fundo de desenvolvimento do comércio varejista além de câmara setorial do comércio e serviços - tendo sido, estas duas últimas, avanços conquistados apenas pelo Ceará.

Essas conquistas revelam o interesse do varejo em contribuir com a trajetória de crescente desenvolvimento do País. Revelam, ainda, a capacidade de estar sempre na vanguarda dos empreendimentos de sucesso. Prova disso é que a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará - FCDL/CE e a Câmara de Dirigentes Lojistas - CDL/Fortaleza juntaram-se, com o apoio da Confederação, para organizar e hospedar, no dia 22 de julho de 2010, um Mega-Evento de Tecnologia, Infraestrutura, Segurança Pública e Informação, dentre outros temas referentes à Copa de 2014, trazendo grandes especialistas e autoridades no assunto para compartilhar seus conhecimentos e experiências com os gestores públicos e privados do Estado do Ceará, alertando os cearenses para a necessidade de estes se prepararem adequadamente para uma copa do mundo que ocorrerá no auge da revolução tecnológica e digital.

Por ações como esta, apresentam-se os líderes do comércio como gestores sociais que para si chamam a responsabilidade de construir estratégias e estabelecer alianças que cada vez mais reforcem o Brasil como o país do presente, um presente histórico, construído pela força do trabalho e pela fé dos homens que nele creem.

Honório Pinheiro - Presidente da Federação das Câmaras de Lojistas do Estado do Ceará.

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