quinta-feira, 9 de setembro de 2010

INDICADOR CNDL – SPC BRASIL DE VENDAS E INADIMPLÊNCIA

Agosto/2010

NÚMERO DE CONSULTAS REALIZADAS JUNTO AO SPC BRASIL

Na comparação Agosto/10 com Julho/10, o número de consultas realizadas para compras a prazo e pagamentos em cheque, de acordo com os dados do SPC Brasil, maior entidade e banco de dados da América Latina em informações econômica teve um aumento +5,5%. O número de consultas reflete uma maior de dinâmica no comércio. Esta, por sua vez, acontece como resultado da injeção de novos recursos na economia, como é o caso da restituição do imposto de renda (3º lote em agosto que liberou R$ 1,5 bilhão), além da comemoração do dia dos pais e a continuação da liquidação de inverno para desovar estoques, visando lançamento da nova coleção. Deve-se destacar o comportamento ameno da inflação registrada nos últimos dois meses que corrobora maior disposição das famílias em consumir.
No mês de Agosto de 2010, a maioria das consultas 53,96% foi realizada pelo sexo feminino e 46,04% pelo masculino. A consulta para 1 (uma) parcela foi de 82,99% e o valor médio foi R$ 702,59; de 2 (duas) parcelas 6,98% (R$ 396,66); de 3 (três) 5,65% (R$ 335,76); de 4 (quatro) 2,33% (R$ 386,88); de até 5 (cinco) 0,89% (R$ 370,01); de 6(seis) 0,57% (R$ 312,66); de até 7 (sete) 0,09% (R$ 464,25); de 8 (oito) 0,08% (R$ 402,19); de 9 (nove) 0,07% (R$ 275,54); de até 10 (dez) 0,31% (R$ 168,25); de até 11 (onze) 0,01% (R$ 483,44); de até 12 (doze) 0,02% (R$ 322,83) e acima de 12 (doze) 0,02% (R$ 760,33).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/09), o número de consultas apresentou crescimento de +9,35%. E no acumulado do ano +8,17%. Mesmo com a acomodação do 2º trimestre da economia em alguns setores a demanda doméstica continua aquecida impulsionada pelo aumento no nível de empregos formais registrando em julho a geração liquida de 181,8 mil postos de trabalho segundo dados do CAGED, refletindo uma aceleração de 5,1% nos rendimentos frente ao mês de julho do ano passado. A melhor distribuição de renda verificada nos últimos anos impulsionou a ascensão das classes mais baixas introduzindo-as no mercado de consumo. As classes C, D, E vem dando maior fôlego ao consumo das famílias que registrou incremento de +6,8% no 2º trimestre comparado com o mesmo período de 2009, como pode ser verificado nos últimos dados do PIB divulgados pelo IBGE.

Indicador - Consultas ao SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Ago.10/Jul.10....................+5,5
Ago.10/Ago.09....................+9,35
Jan – Ago.10/Jan – Ago.09....................+8,17

Consultas (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Maio..............................+13,25..............................+7,27..............................+7,65
Junho..............................-5,43..............................+9,24..............................+7,88
Julho..............................+4,26..............................+9,05..............................+8,01

REGISTROS JUNTO AO SPC BRASIL


O número de registros junto ao SPCBRASIL apresentou, na comparação com o mês imediatamente anterior, um leve recuo de -2,13% em Agosto/10. Mesmo com um crescimento menor da economia no segundo trimestre, os setores de comercio e serviço segue em expansão e a indústria já apresenta resultados mais favoráveis nesse segundo semestre com aproximação das comemorações de final de ano que gera um aumento da demanda e recomposição de estoques. Em resposta a esses fatores o mercado de trabalho se mantém fortalecido com um aumento da mão de obra. Soma-se ainda os impactos positivos do período eleitoral que demandam serviços de publicidade e divulgação aquecendo esse mercado. O crescimento da ocupação aliado aos incrementos nos rendimentos reforça o equilíbrio orçamentário dos trabalhadores.
No mês de Agosto de 2010 a maioria 54,6%, das pessoas registradas no SPC BRASIL, foi do sexo feminino, e a minoria 45,4% do sexo masculino. Por faixa etária, 26,05% dos registros ocorreram na faixa de idade entre 30 a 39 anos, e a minoria, 8,63% com idade acima de 65 anos. Já as pessoas entre 40 a 49 tiveram 21,23%, de 50 a 64 (17,34%), os de idade entre 18 a 24 (13,32 %), e de 25 a 29 (13%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Agosto/09) verificou-se um crescimento de +3,73%. O crédito é imprescindível para que as decisões de investimento e consumo (notadamente o de bens duráveis) se realizem de fato. Após período mais agudo da crise, assistiu-se ao aumento na oferta de crédito e à ampliação dos prazos de pagamento, porém, o crédito pode ter efeito ambíguo, o que pode ocasionar aumento da inadimplência por falta de um planejamento orçamentário.
E no acumulado do ano houve uma queda -1,96%. O mercado de trabalho se mantém cada vez mais fortalecido com a criação de mais de 1,6 milhões de empregos formais nos primeiros sete meses do ano e a massa de rendimentos médio real efetivo dos ocupados alcançou R$ 32,3 bilhões em junho o que representou um crescimento 8,7% no ano. Fatores que impactam positivamente na redução da inadimplência.

Indicador - Registros SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Ago.10/Jul.10....................-2,13
Ago.10/Ago.09....................+3,73
Jan – Ago.10/Jan – Ago.09....................-1,96

Registros (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Maio..............................-0,65..............................+2,07..............................-2,07
Junho..............................+5,59..............................+1,17..............................-2,51
Julho..............................-1,41..............................-5,99..............................-2,53

PERFIL DA INADIMPLÊNCIA

Em Agosto/10, registrou-se maior número de inadimplentes nas faixas abaixo de R$250,00 (78,5%). A concentração em valores baixos é explicada grande disponibilidade do crédito a juros baixos o que favorece os parcelamentos das compras. Quanto maior o número de parcelas, menor seu valor (apesar de maior ser o montante pago em juros). A inadimplência, por sua vez decorre do acúmulo de obrigações e do comprometimento da renda por períodos mais longos.

Faixa de Valor..........Percentual
De R$ 0,00 a R$ 50,00..........34,65
De R$ 50,01 a R$ 100,00..........22,71
De R$ 100,01 a R$ 250,00..........21,14
De R$ 250,01 a R$ 500,00..........9,96
Acima de R$ 500,00..........11,54

CANCELAMENTO DE REGISTROS NO SPC BRASIL

No que diz respeito ao volume de cancelamento de registros, ou seja, pessoas que regularizaram seus débitos junto ao SPCBRASIL, observaram em Agosto/10, um aumento de +9,13%. O resultado observado pode ser explicado pela entrada de recursos no mercado, oriundos do 3º lote dos pagamentos da restituição do Imposto de Renda que injetou na economia em agosto R$1,5 bilhão beneficiando mais de 1,6 milhões de contribuintes oferecendo às pessoas oportunidade para limparem o nome. Deve-se ressaltar também expansão da mão de obra temporária e o aumento da renda, vem permitindo que os consumidores regularizem seus débitos.
No mês de Agosto de 2010 o sexo feminino realizou 55,29%, dos cancelamentos, já o sexo masculino representou 44,71%. Por faixa etária, a maioria dos cancelamentos, 26,78%, ocorreu com idade entre 30 a 39 anos, e a menor parte (9,47%) ocorreu com indivíduos de idade acima de 65 anos. Já os com idade entre 40 a 49 tiveram 22,67%, os de 50 a 64 (18,88%), de 25 a 29 (12,59%) e de 18 a 24 (9,48%).
No mês de Agosto/2010, 23,32% dos consumidores ficaram inadimplentes até 13 dias, 19,4% até 30 dias; 9,93% até 60 dias; 8,62% até 90; 12,25% até 180 e 7,09% dos consumidores ficaram até 360 dias. Já 5,8% dos consumidores ficaram até 2 anos; 3,52% 3 anos; 4,42% 4 anos; 4,64% 5 anos e 1,01% prescreveram.
Na comparação com Agosto/09, observou-se uma variação de +11,31%. E no acumulado do ano um aumento de +6,33%. A economia está mostrando bons resultados tanto geração de empregos, como no aumento dos rendimentos. O nível de confiança dos consumidores medido pela FGV subiu +9,2% em agosto em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além da melhora no quadro de empregos e nos rendimentos, tivemos uma expansão na concessão de crédito para pessoa física na ordem de R$510,9 bilhões alcançando 45,9% do PIB e queda de 4,4 p.p. na taxa de juros em doze meses, fatores que fizeram com que muitos buscassem quitar seus débitos.

Indicador - Cancelamentos SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Jul.10/Ago.10....................+9,13
Ago.10/Ago.09....................+11,31
Jan – Ago.10/Jan – Ago.09....................+6,33

Cancelamentos (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Maio..............................+7,49..............................+4,45..............................+6,22
Junho..............................-3,07..............................+4,04..............................+5,81
Julho..............................+17,92..............................+4,34..............................+5,58

CNDL/SPC BRASIL INDICADOR DE VENDAS E INADIMPLÊNCIA

A inadimplência (número de registros incluídos no SPC Brasil) apresentou uma queda de 2,13% em agosto de 2010, em relação a julho. O resultado obtido reflete a trajetória de crescimento dos setores de comercio e serviço e a indústria já apresenta resultados mais favoráveis nesse segundo semestre com aproximação das comemorações do final do ano que gera um aumento da demanda e reposição de estoques. Em resposta a esses fatores o mercado de trabalho se mantém fortalecido com um aumento da mão de obra temporária. Soma-se ainda os impactos positivos do período eleitoral que demandam serviços de publicidade e divulgação aquecendo esse mercado. O crescimento da ocupação aliado aos incrementos nos rendimentos reforça o equilíbrio orçamentário dos trabalhadores.
O número de consultas ao SPC Brasil (maior banco de dados da América Latina), para compras a prazo e pagamentos em cheque apresentou um aumento de 5,5%. O número de consultas reflete uma maior dinâmica no comércio. Esta, por sua vez, acontece como resultado da injeção de novos recursos na economia, como é o caso da restituição do imposto de renda (terceiro lote em agosto que liberou R$ 1,5 bilhão), além da comemoração do dia dos pais e a continuação da liquidação de inverno para zerar os estoques, visando lançamento da nova coleção. Deve-se destacar o comportamento ameno da inflação registrada nos últimos dois meses que corrobora maior disposição das famílias em consumir. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (agosto/09), o número de consultas apresentou um crescimento de 9,35%. E no acumulado do ano um crescimento de 8,17%. Mesmo com a acomodação do segundo trimestre da economia em alguns setores a demanda doméstica continua aquecida impulsionada pelo aumento no nível de empregos formais registrando em julho a geração de 181,8 mil postos de trabalho segundo dados do CAGED, refletindo uma aceleração de 5,1% nos rendimentos frente ao mês de julho do ano passado.
A maioria (54,6%) das pessoas registradas no SPC Brasil foi do sexo feminino, e a minoria (45,4%) do sexo masculino. Por faixa etária (26,05%) dos registros ocorreram na faixa de idade entre 30 a 39 anos, e minoria (8,63%) com idade acima de 65 anos. Já as pessoas entre 40 e 49 tiveram (21,23%), de 50 a 64 (17,34%), os de idade entre 18 a 24 (13,32%), e de 25 a 29 (13%).
O volume de pessoas que regularizaram seus débitos junto ao SPC Brasil teve um aumento de 9,13%. O resultado é explicado pela entrada de recursos no mercado, oriundos do terceiro lote dos pagamentos do imposto de renda que injetou na economia em agosto R$ 1,5 bilhão beneficiando mais de 1,6 milhões de contribuintes oferecendo às pessoas oportunidade para limparem o nome. Deve-se ressaltar também a expansão da mão de obra temporária e o aumento da renda, vem permitindo que os consumidores regularizem seus débitos.

PESQUISA

O Indicador CNDL/SPC Brasil de Vendas e Inadimplência é apurado com base na média de consultas ao banco de dados em todos os Estados do País e no Distrito Federal. Atualmente, o cadastro de consumidores conta com aproximadamente 150 milhões de CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas), dentre os quais existem pessoas com débitos e também aquelas que apenas foram consultadas, mas que se encontram em dia com os seus compromissos financeiros.
O Indicador CNDL/SPC Brasil de Vendas e Inadimplência tem como principal objetivo medir a variação do volume de consultas, tanto de vendas, quanto de recuperação de crédito, em períodos pré-determinados. O público-alvo desta pesquisa é amplo. Abrange não apenas os comerciantes, mas empresários de todos os setores da economia, interessados em auferir com segurança a situação das vendas, recuperação e/ou agravamento da crise econômica, risco de crédito, aumento da inadimplência, elevação do número de consultas e arrefecimento da poupança.


CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE DIRIGENTES LOJISTAS (CNDL)
SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC BRASIL)
Jesus Ribeiro - In Press Porter Novelli - Assessoria de Imprensa
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Saiba como limpar seu nome se ele for incluído indevidamente no SPC

Ter o nome incluído nos serviços de proteção ao crédito (SPC) é um problema sério, mas que pode tornar-se ainda mais complicado quando o consumidor julga que a inclusão é indevida. Quando o consumidor fica com o nome "sujo" por uma dívida que ele realmente tem, a saída é procurar a empresa que fez a negativação para negociar.
Depois, é preciso quitar a dívida acrescida dos juros e solicitar a exclusão do cadastro de inadimplentes, o que deve ocorrer em cinco dias úteis, conforme orienta Renata Reis, do Procon. O cliente pode ainda pleitear indenização por danos morais se a inclusão for indevida.
"O consumidor deve guardar o comprovante de que a dívida esteve figurando nos órgãos de proteção ao crédito, porque ela pode um dia ser reincluída", diz. "Tem que guardar esse documento, que vale ouro. Também é documento hábil para solicitar danos morais."
Em caso de título de crédito - cheque, nota promissória ou letra de câmbio - depois que a pessoa resgatá-lo, é preciso levar o título ao cartório e o comprovante de pagamento para solicitar a baixa de protesto. Além de pagar a tarifa para dar baixa no protesto.
Se for cheque, ainda é preciso apresentá-lo no banco, pois existe a inclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), pagando a tarifa para dar baixa no CCF.


Cobrança indevida

Antonio Marcio Fonseca de Oliveira, de 45 anos, gerente financeiro de uma multinacional do setor de tecnologia, é um exemplo de consumidor que teve seu nome incluído no serviço de proteção ao crédito, segundo ele, de forma indevida.
Em julho de 2009, ele entrou em contato com o serviço ao cliente da operadora Claro para pedir o cancelamento da sua linha de telefone celular. "Fui informado pela atendente que não havia nenhuma multa contratual e que eu poderia desconsiderar a fatura que venceria no dia 05 de agosto", diz.
Porém, em setembro, Oliveira recebeu uma conta que incluía o valor em atraso de R$ 35,00, mais juros e multa, além da cobrança de mais uma mensalidade, no valor de R$ 35,00. "No dia 05 de outubro, recebi uma correspondência da operadora informando do valor em aberto de R$ 70,86", explica.
A situação agravou-se quando Oliveira recebeu uma correspondência da Serasa informando que, a pedido da empresa, o nome dele seria incluído no cadastro de inadimplentes. Mais uma vez o gerente financeiro recorreu à empresa de telefonia e acreditou que a questão estivesse solucionada. Mas, ao tentar contratar um financiamento imobiliário, foi informado da "restrição" ao seu nome devido à pendência com a operadora de telefonia. "Para evitar mais aborrecimentos, paguei os R$ 35,00 com a promessa de que os R$ 70,86 fossem retirados da Serasa", conta.
Oliveira destaca que buscou regularizar sua situação com o fornecedor por diversas vezes e diz que tem todos os números de protocolo abertos, com os respectivos nomes dos atendentes, dias e horários dos contatos.
O G1 procurou a Claro e foi informada que, no caso de Antonio Marcio Fonseca de Oliveira, não foi identificada irregularidade na inclusão de seu nome no órgão de proteção ao crédito. Segundo a empresa, após o pedido de cancelamento, o cliente recebeu uma fatura com a cobrança dos créditos feitos entre o ciclo de faturamento, que ocorria todo dia 19 de cada mês, e a data do pedido, feito no dia 29.
"Em 25/11/09, foi gerado boleto avulso com o valor restante do débito de R$ 35,00, porém o pagamento desta fatura foi efetuado em 01/02/2010. Após a quitação do débito, foi feita a exclusão de seu nome no órgão de proteção ao crédito", informa a operadora.

Danos morais

A supervisora da área de Assuntos Financeiros do Procon-SP, Renata Reis, explica que, se o consumidor não tem nenhuma outra negativação, ele pode pleitear danos morais pelo período que ficou negativado junto ao Poder Judiciário. "Se o consumidor entender que o dano não supera o valor de 20 salários mínimos, pode recorrer ao Juizado Especial Cível", explica. Neste caso, não há nem a necessidade de contratar um advogado. Para indenizações no valor de até 40 salários mínimos, também é possível buscar a solução nos juizados especiais, mas é preciso contratar um advogado. "Acima deste valor, terá de recorrer à Justiça comum", diz.
Segundo ela, muitas vezes as empresas costumam resolver o problema, exatamente para evitar uma ação de danos morais. "Se o consumidor contesta (a dívida), mesmo que a empresa não consiga conferir, ela retira o nome por precaução, faz a análise e, dependendo do resultado, coloca novamente", diz. Isso porque, segundo Renata, o valor dos danos morais está diretamente ligado ao tempo que o nome ficou negativado.
Renata explica que, a partir do momento que a pessoa tem acesso à informação da negativação, é preciso procurar o órgão que fez a inclusão no cadastro de inadimplentes - SPC ou Serasa, por exemplo - e fazer o levantamento de todas as informações. "O órgão fornece um documento indicando quem e quando houve a negativação", diz.
De posse desse documento, o consumidor deve procurar a empresa que efetuou a negativação. "Se o contato for por e-mail, imprima a mensagem; se for por telefone, solicite um número de protocolo; anote dia, hora e nome do atendente", orienta.
O prazo de exclusão do nome é de cinco dias úteis. "Se essa providência não for tomada pela empresa nesse prazo, o consumidor deve procurar o órgão de defesa do consumidor para tentar a retirada e, se não houver solução, procurar a Justiça."

Problemas com cartões de crédito

Os problemas do aposentado Osvaldo Casarin, de 59 anos, começaram em 2006. Ele explica que, em 2001, depois de se aposentar, abriu uma conta na Caixa Econômica Federal e recebeu cartões de crédito das bandeiras Visa e Mastercard em seu nome, da esposa e das filhas.
"Passou 2001, 2002, 2003, 2004, nunca paguei um tostão de anuidade. Quando foi de 2004 para 2005, a Caixa começou a cobrar anuidade", diz. Casarin comenta que um dos cartões das filhas foi cancelado quase que de imediato, porque ela já tinha emprego e, portanto, conta bancária própria. O da esposa nunca chegou a ser desbloqueado. "De repente, começou a chegar anuidade minha, da minha esposa. Aí é que foi complicado."
O aposentado nunca pagou a anuidade, segundo ele, seguindo orientação da própria gerente da sua conta. Em abril de 2006, porém, o nome de Casarin foi incluído no cadastro da Serasa por uma dívida de R$ 489,27 do cartão Mastercard.
No caso do cartão Visa, além do problema da cobrança de anuidade, a agravante, de acordo com o aposentado, foi que ele deixou a fatura no banco para ser paga e a funcionária teria feito a liquidação da dívida com um dia de atraso. A partir de então, Casarin começou a receber a cobrança de multa por este atraso que ele não reconhecia como seu.
Na fatura do mês seguinte apareceu um encargo contratual de R$ 52,41 que Casarin acredita ter surgido por causa do pagamento com atraso. Com isso, em novembro de 2007, o aposentado teve o nome incluído novamente nos serviços de proteção ao crédito, desta vez por problemas com o cartão Visa. "Foi um erro do banco, erro administrativo, que pagou com atraso", se defende.
O aposentado afirma que procurou a agência inúmeras vezes para tentar resolver seu problema, ligou para o telefone de atendimento, mas que nunca conseguiram convencê-lo dos valores cobrados. "Mandaram ocorrências internas, mandei e-mail, fax, tentei escrever para o presidente da Caixa. Uma vergonha!", desabafa.
Depois de muito reclamar, o aposentado diz que a Caixa reconheceu um erro administrativo e fez um crédito de R$ 192,00 em sua conta. Ainda assim, ele teria continuado com uma dívida. Para ele, o que mais incomoda é não saber como o banco e a operadora do cartão chegaram aos valores cobrados - tanto dos débitos quanto do crédito efetuado em sua conta. "O banco ou a operadora deveria mostrar a razão da cobrança e o cálculo. Isso não é demonstrado. Se comprovassem de onde surgiu o valor eu tentaria fazer um acordo", reclama.
A Caixa Econômica Federal confirma, por e-mail, que Osvaldo Casarin é autor de um processo contra o banco no Juízado Especial Federal da Terceira Região. "A Caixa informa, ainda, que não comenta casos em trâmite na justiça, e que a ação judicial em curso apresenta, até o momento, decisão favorável a esta instituição em primeira instância", conclui.

"Zona cinza"

O advogado Arystóbulo Freitas, especializado em Relações de Consumo, destaca que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem entendido que uma inclusão indevida só gera indenização se for a primeira ocorrência. No caso do aposentado Osvaldo Casarin, portanto, talvez não seja possível pleitear danos morais.
Freitas diz, ainda, que as instituições financeiras não possuem apenas os cadastros oficias e públicos conhecidos, como Serasa, Telecheque, associações comerciais. "Existe uma troca de informações que eu diria numa "zona cinza", porque não é divulgado, e se você estiver discutindo qualquer questão (judicialmente) com uma instituição, ela vai passar isso adiante", diz.
O advogado comenta que um caso comum é a negativação por motivo de fraude, seja porque a pessoa perdeu ou teve os documentos roubados, ou porque tem um homônimo. "Uma vez identificado, se for fraude, tem que ir para a Justiça, não tem outra alternativa", orienta.

Comunicação prévia

A coordenadora institucional da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), Maria Inês Dolci, lembra que o nome de ninguém pode ser mandado para o cadastro de restrição sem que a pessoa seja previamente comunicada.
Maria Inês diz que casos de documentos fraudados também têm sido registrados na entidade. "Às vezes nem tem documento roubado, é falsificação de documento mesmo. Aí, a pessoa é de São Paulo, por exemplo, e aparece um crediário no Nordeste. Temos recomendado para fazer boletim de ocorrência na delegacia e entrar com ação na Justiça", diz.
A coordenadora da Proteste lembra que, em qualquer situação, é fundamental que o consumidor tenha a prova de que o nome foi negativado. "Quanto mais provas tiver, mais vai ter um valor de indenização justo, vai ter um julgamento melhor, o juiz poderá avaliar melhor a extensão do dano", diz. Segundo ela, ainda que a empresa que fez uma negativação indevida reconheça o erro imediatamente e retire o nome do cadastro de inadimplentes, o consumidor pode ir à Justiça pedir reparação por danos morais.

Fonte: G1

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Como uma quitanda seduziu investidores

BR Investimentos compra 30% da rede Hortifruti, que deve faturar este ano R$ 480 milhões

Foi numa viagem a Belo Horizonte no início dos anos 80 que Gilberto Lopes, então carregador de um box na Central de Abastecimento (Ceasa) do Espírito Santo, descobriu o sistema de sacolão.
Diferentes legumes eram pesados juntos, em uma grande sacola de plástico, sob preço único.
Voltou para casa e contou a novidade ao patrão, Paulo Hertel, que adaptou o seu Feira da Economia a esse modelo. O sucesso do sacolão animou Lopes a abrir em 1989, com o amigo Tadeu Fachetti, um ex-vendedor de gesso, e com o irmão de Paulo, João Eduardo Hertel, a própria loja em Colatina, interior capixaba.
Vinte e um anos depois, a vendinha de frutas, legumes e verduras se transformou na rede Hortifruti, dona de um faturamento de R$ 440 milhões, com 21 unidades no Rio e no Espírito Santo. O avanço não para por aí: a Hortifruti acaba de vender 30% do seu capital para o FIB Brasil, fundo administrado pela BR Investimentos que tem o Banco do Brasil como cotista e assessor financeiro. Trata-se da primeira investida no setor de varejo feita pela gestora controlada pelo economista Paulo Guedes, cujas mais recentes apostas se concentraram na área de educação.
Com o novo sócio investidor, a Hortifruti vai injetar R$ 160 milhões para dobrar de tamanho até 2015 e chegar a São Paulo, mercado que testou, sem sucesso, há dois anos. "Naquela época, nosso sócio local não quis investir na expansão do negócio e acabamos abrindo mão das três lojas na cidade", diz Tiago Miotto, presidente do Hortifruti.
"Mas agora vamos abrir até oito pontos na capital paulista a partir de 2011, para que a marca conquiste visibilidade". Além disso, a empresa planeja reforçar sua presença nas praças fluminense e capixaba. A meta deste ano é chegar a R$ 480 milhões em vendas.
A Hortifruti adotou práticas de governança corporativa há cerca de três anos. A empresa é controlada por três holdings que reúnem a família de cada fundador. Hoje, a holding de Lopes tem 33% do capital, a de Fachetti, 29% e, a de Hertel, 8%. Os três estão no conselho, enquanto a administração ficou com Miotto, sobrinho de Fachetti, que começou como fiscal de caixa.
A mudança na gestão teve como objetivo atrair sócios investidores para dar novo impulso à expansão.
Ao mesmo tempo, a Hortifruti investiu na reestruturação das suas operações. Nos últimos 15 meses, a empresa promoveu mudanças que geraram economia de R$ 9 milhões no seu orçamento anual.
A redução nos custos atingiu desde a logística, envolvendo seus quatro centros de distribuição e a frota, de 120 caminhões, até a apresentação dos produtos nas gôndolas, diz Jarbas Marques, presidente da TMC, consultoria que atendeu a varejista com foco no aumento da produtividade. "Como os itens da rede são perecíveis, conseguir maior agilidade foi fundamental", diz Jarbas. O abastecimento de folhagens, por exemplo, acontece duas vezes ao dia. Ao mesmo tempo, os funcionários foram treinados para evitar ao máximo o desperdício, cortando os produtos de maneira correta e deixando os à vista do cliente.
Cerca de 60% da receita da hortifruti vêm de frutas, legumes e verduras e, o restante, de mercearia.O tíquete médio varia de R$ 30 a R$ 50 e Miotto garante que a rede não quer se tornar supermercado. Mesmo porque, sua margem de lucro, entre 4% e 5%, é maior que a do varejo de alimentos em geral, de 2% a 3%. Se estivesse no ranking das 50 maiores redes da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a Hortifruti ocuparia o 27º lugar.
"Nosso diferencial está no conforto de comprar legumes, frutas e verduras com qualidade", diz ele, que comanda 3 mil funcionários.
"Se alguém pede uma fruta menos verde, nossa equipe vai buscar imediatamente no depósito". Segundo Miotto, a maior aposta está na oferta de produtos frescos processados, como corte de carne para estrogonofe e salada pronta.
Há outros atrativos para a clientela - provas nas bancas de frutas todos os dias e um café da manhã por semana. "Uma vez por mês, convidamos um grupo de consumidores a se reunir com a gerência para opinar sobre o serviço", diz Miotto, que mantém um nutricionista de plantão em cada unidade.

Ipea prevê consumo recorde no Natal

Brasileiros terão R$ 11,4 bilhões a mais para gastar no fim do ano, graças à maior oferta de crédito e ao 13º salário

O pagamento do 13º salário e a maior oferta de crédito ao consumidor deverão injetar R$ 106,8 bilhões na economia até dezembro, 12,2% a mais que em igual período de 2009. O número representa R$ 11,4 bilhões a mais no bolso do brasileiro, o que deve impulsionar o aumento do consumo e acelerar o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre.
O ambiente favorece o aumento do consumo, segundo economistas. A facilidade em obter crédito e o aumento do emprego e da renda, associados ao cenário de inflação baixa, melhoraram o humor dos consumidores.
Nos últimos dez anos, o brasileiro nunca esteve tão otimista, revela uma pesquisa mensal feita pelo Ibope Inteligência, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O índice que mede a expectativa do consumidor atingiu, em agosto, o nível mais elevado desde 2001, início da série histórica da pesquisa. Bateu em 119,3 pontos, 2,1 a mais que em dezembro do ano passado, recorde anterior. O índice tem base fixa 100. Acima desse valor, a expectativa é positiva.
O otimismo dos consumidores foi embalado principalmente pelas expectativas em relação à queda do desemprego e da inflação. O indicador de evolução do desemprego nos próximos seis meses aumentou 8,6% na comparação com julho e atingiu o maior valor da série histórica. Já o número de pessoas que esperam a queda da inflação aumentou 8%. O levantamento foi feito com cerca de 2 mil pessoas em todo o País entre os dias 18 e 21 de agosto.
"Vai ser um fim de ano muito bom para crédito, porque as pessoas ficam motivadas a se endividar quando se sentem seguras no emprego", diz o vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade, Miguel Ribeiro de Oliveira.

Crédito

Os bancos também se sentem motivados a emprestar quando o risco de inadimplência é menor. Nesse cenário positivo, Ribeiro de Oliveira calcula que a oferta de crédito ao consumidor atinja R$ 18 bilhões entre setembro e dezembro, contra R$ 14 bilhões em igual período de 2009.
É a oferta de crédito fácil que garante a compra de bens de consumo duráveis, como televisores e eletrodomésticos, entre outros artigos de alto valor unitário. Mas é o dinheiro do 13º salário que deve sustentar boa parte da expansão do consumo no último trimestre de 2010.
O pagamento do chamado abono natalino deve despejar R$ 88,3 bilhões no mercado até dezembro, estima o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A massa de recursos do 13º é 9,15% superior à que foi paga no ano passado (R$ 80,9 bilhões, em valores atualizados com base na inflação do período). O aumento do salário médio real foi estimado em 4,9% e o crescimento do emprego, em 4,5%.

Otimismo

A projeção pode ser considerada conservadora. Pela dificuldade em obter dados ficaram de fora da estimativa os trabalhadores informais que recebem o 13º. "Este deverá ser o melhor Natal da década", diz o economista Marcio Pochmann, presidente do Ipea. Ele argumenta que o Natal de 2008 foi moderado por causa dos efeitos da crise global, enquanto o do ano passado foi de recuperação.
O comércio confirma as previsões de um fim de ano "gordo". "Nossa expectativa é de fechar o quarto trimestre com 15% de crescimento real de vendas (já descontado a inflação)", afirma Valdemir Coleone, diretor de relações com o mercado da Lojas Cem, rede de varejo de eletroeletrônicos e móveis.
Os indicadores de vendas da Associação Comercial de São Paulo reforçam o clima de otimismo. Em agosto, as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito, que medem o movimento das vendas a prazo, cresceram 10,3% em relação a igual período de 2009. As consultas ao SPC/Cheque (vendas à vista ou por meio de cheques pré-datados) subiram 6,9%.
"Estamos diante de excelentes resultados e não duvido que terminaremos o ano acima das expectativas", diz o presidente da entidade, Alencar Burti,.
Na indústria, a expectativa é de demanda crescente. Para 57% das empresas, nos próximos seis meses a situação dos negócios será melhor do que em igual período do ano passado, mostra a Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas.
Das 1.173 indústria consultadas, só 3% falam em piora. Em agosto do ano passado, o quadro era menos favorável: 44% apostavam na melhora nos negócios, enquanto 20% esperavam alguma piora.

TRÊS RAZÕES PARA...

1. O índice de expectativa do consumidor brasileiro atingiu em agosto nível recorde;
2. Cresceu o número de pessoas que acham que a inflação vai cair nos próximos meses;
3. A oferta de crédito deverá crescer 30% no último trimestre deste ano ante 2009.

Compras por impulso movimentam R$ 13,8 bilhões por ano

Cifra representa 7,4% do faturamento do varejo do país.

Com a retórica do "eu mereço", muitos brasileiros arranjam a desculpa perfeita para realizar seus sonhos de consumo e já movimentam R$ 13,8 bilhões por ano em compras feitas por impulso, mostra reportagem de Fabiana Ribeiro, publicada na edição deste domingo de O Globo.
Segundo a consultoria Nielsen, a cifra representa 7,4% do faturamento do varejo do país.
O problema é que, muitas vezes, o consumidor se deixa levar pelo emocional e esquece de planejar as suas finanças. Ou simplesmente erra nas prioridades - como comprar um iPad, mas deixar de fazer um curso importante para a carreira porque se endividou.
Com isso, um desejo realizado pode ser tornar um pesadelo mais tarde.
- A compra por indulgência tornou-se significante, a ponto de já aparecer nas estatísticas, porque o brasileiro passou a ter mais renda disponível. Com dinheiro no bolso, os consumidores passaram a ter acesso a bens e a marcas mais sofisticadas - resumiu Arthur Oliveira, executivo de atendimento da Nielsen.

Fonte: O Globo

Fraudes com cartão geram prejuízo mensal de quase R$ 2 mi

Clonagem e outros tipos de fraudes com cartões de crédito geraram prejuízos

Clonagem e outros tipos de fraudes com cartões de crédito geraram prejuízo de R$ 11,5 milhões às operadoras, no primeiro semestre deste ano, o que significa uma média de quase R$ 2 milhões por mês. A estimativa é da Horus, empresa de controle e prevenção a fraudes em meios eletrônicos de pagamento.
Entre janeiro e junho deste ano, foram divulgadas clonagens de 7.978 cartões, além de 61 máquinas adulteradas terem sido apreendidas. Ainda há espaço para fraudes, sobretudo, por dois fatores. Muitos cartões continuam com tarja magnética, em vez da maior segurança do chip, e o crescimento das compras online, inclusive em sites com falhas na segurança, o que facilita a obtenção de dados por parte dos criminosos.

Fonte: Portal Supermercado Moderno

Olímpiada no Rio deve provocar corrida de marcas, diz consultor

Se a Mastercard e não a Visa fosse patrocinadora dos Jogos Olímpicos, ela diria que patrocinar a Olimpíada não tem preço.
Essa é a ideia que Michael Payne, que por 20 anos foi diretor de marketing do Comitê Olímpico Internacional (COI) e um dos principais responsáveis por transformar o evento em sucesso econômico, quer passar.
Contratado pela Rio 2016, instituição que organiza a Olimpíada do Rio, Payne diz que antecipar o tamanho do retorno de um patrocínio é algo quase impossível. O custo, por outro lado, tem subido nos últimos anos.
Mas quem fica de fora, corre o risco de se arrepender. O principal caso lembrado pelo consultor é o da Visa. Em 1985, a American Express, que havia pago US$ 4 milhões pela Olimpíada de Los Angeles, não aceitou entrar como patrocinador master, com US$ 14,5 milhões, dos jogos seguintes de inverno e verão, no Canadá e na Coreia do Sul. A Visa aceitou o negócio.
Naquela época, a líder do mercado de cartões de crédito era a Amex. Segundo Payne, a Visa arriscou e fez uma propaganda ousada: "Se for à Olimpíada, leve Visa, o único cartão aceito". Assim, diz Payne, começou a virada da Visa.
"O executivo da Amex disse que este foi o maior erro da vida dele." Para se ter ideia de quanto os jogos vêm se valorizando, Payne diz que, em 1998, os diretos de transmissão pela TV foram negociados a US$ 160 milhões. Em 2012, na Olimpíada de Londres, serão US$ 4 bilhões. Para este mesmo evento, a cota média de patrocínio foi vendida por US$ 130 milhões a US$ 150 milhões. Já para as Olimpíadas de Inverno em Sochi (Rússia) em 2014, o patrocínio médio chegou a US$ 200 milhões. "E o jogos de inverno são considerados menores.
Além disso, a negociação se deu em plena crise econômica mundial", diz Payne.
Ele diz que não há um preço já definido para o evento no Rio.
"Custará quanto o mercado topar pagar. E a expectativa é que haja uma corrida". Lembra que o Brasil está na moda. "A palestra que mais chamou atenção dos delegados do comitê foi a do Henrique Meirelles o presidente do Banco Central.
Quando ele mostrou a real situação do Brasil, todo mundo ficou de olhos arregalados".
O consultor vai trazer ao Rio executivos das grandes companhias patrocinadoras dos jogos de Londres, como a British Telecom, para encontros com empresas brasileiras.
Ele observa que há outras formas de associar uma grife aos jogos sem ter que comprar cotas.
"Hoje, 57% das parcerias são pagas com serviços ou com troca de tecnologia", diz. "E estou falando também daquelas que fornecem o mobiliário ou simplesmente limpam os banheiros".
Payne dá como exemplo, uma empresa, para qual agora também presta consultoria, Crystal Digital.
A empresa fez os efeitos especiais de todas as cerimônias da Olimpíada de Pequim. "Fizeram tanto sucesso que estarão em Londres e já foram contratados para uma série de outros eventos", diz.
Payne não esconde os riscos de possíveis efeitos negativos, que atraso nas obras ou erros de organização, por exemplo, podem ter sobre as marcas patrocinadoras.
"Não podemos ser ingênuos em dizer que não há este efeito, mas é mínimo." Segundo ele, toda a Olimpíada passa por este tipo de crítica. "É sempre uma montanha russa de altos e baixos na imprensa.
Estamos acostumados." Ele lembra o escândalo de corrupção dos jogos de inverno de Salt Lake City em 1998. Naquela época, houve denúncias de que delegados haviam sido subornados para votar a favor da cidade e dois membros do COI foram expulsos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sete de Setembro

7 de Setembro
Indepêndencia do Brasil

Amanhã teremos o desfile cívico-escolar em comemoração ao 7 de Setembro - Dia da Independência - na Rua Marechal Floriano (Rua Direita).

Antes disso, seremos acordados com a centenária e tradicional alvorada da Banda Sete de Setembro.

MENSAGEM

O "Vendedor" não trabalha mais aqui!

"Quando é para vender é a empresa...
Quando é para dar suporte, assistência, é a pessoa
e geralmente esta não trabalha mais lá."

Quem foi que lhe atendeu?
Quando recebi esta resposta fiquei mais uma vez decepcionado e chocado com a má prestação de serviços e mais ainda por ter continuado por vários anos como cliente daquela concessionária.

No momento que o vendedor me vendeu o carro, e carro de alto valor diga-se de passagem, ofereceu-me todas as vantagens.
Quando fui fazer a revisão, havia uma pequena peça estragada de um sensor de estacionamento traseiro, e o funcionário já foi “tirando da reta” alegando que precisava ver se foi um agente externo que havia provocado o dano.

E eu ainda perguntei: “Mas e a minha garantia de 3 anos em troca de peças? Fiz todas as revisões dentro dos prazos? E o que é agente externo? O carro sai da concessionária e vai direto para o paraíso? Não pode tomar chuva, sol, nada...?

E ele me devolveu: “Quem foi que lhe atendeu?” E eu respondi dizendo: “Vocês nunca fizeram um pós venda, como vou saber quem me atendeu? E se souber, muito provavelmente vocês irão dizer: Ah! Ele não trabalha mais aqui”.

A verdade, infelizmente para o mundo das empresas, mais ainda, daquelas que reclamam de crise, da concorrência ou que não fazem sucesso é que na hora de vender é ela, pessoa jurídica, a empresa e na hora do suporte, da assistência é o vendedor, a pessoa física e esta geralmente não está mais ali, já saiu, foi demitida e por aí afora...

Nesta hora o cliente não sabe se ri ou chora de raiva. A única coisa que ele sabe de verdade é que ali não volta mais para ser cliente e, se puder, vai alertar todos os seus amigos e rede de contatos para não entrar naquela empresa como cliente, certamente irão se dar mal.

Falta muito para as empresas em treinamentos que tenham foco em motivação, em atitude, em comportamento, em comprometimento, em dar o real valor ao cliente, ao relacionamento. Isto representa 90% do sucesso do negócio.

É por estas e por outras que as empresas acabam jogando mesmo um caminhão de dinheiro fora em treinamento, porque treinam técnicas, treinam como concertar o carro mas não ensinam a relacionar-se com o dono do carro.

E ferem a credibilidade, pois, nesta altura do campeonato, o cliente até duvida que tal peça foi ou não trocada... Ele sabe sim, que foi cobrada.

A razão desta matéria:
Alertar os profissionais sobre a importância de atendimento. Para que as pessoas entram numa empresa? Para resolver suas necessidades. Por que estas mesmas pessoas escolhem entre uma ou outra empresa? No início podem vir pela propaganda mas o que as mantém como cliente é atendimento e serviço.

Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

Gilclér Regina

Formalização ampliará acesso do empreendedor ao crédito

Bancos já discutem como operar com a nova clientela

Os milhares de brasileiros que estão se formalizando como Empreendedores Individuais (EI) não vão apenas ganhar autoestima e ter direito a benefícios previstos em lei, como aposentadoria. Com o CNPJ, esses empreendedores também passarão a ter maior acesso a serviços financeiros e crédito.
Especialistas reunidos nesta quinta-feira (02) no Fórum de Varejo C4, congresso do setor de cartões e crédito realizado em São Paulo, discutiram como será esse processo, abordando as oportunidades que se abrem para os empreendedores e os bancos, mas também a necessidade de educação financeira desses novo tomadores de recursos. Já existem 500 mil pessoas cadastradas como empreendedores individuais.
O gerente da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros do Sebrae em Minas Gerais, Alessandro Chaves, destaca que os potenciais empreendedores individuais (profissionais e prestadores de serviços por conta própria que não podem ter faturamento superior a R$ 36 mil por ano) em boa medida já são clientes dos bancos como pessoas físicas. Com o CNPJ na mão, eles passarão a demandar uma série de outros serviços, como cobrança e cartões empresariais de crédito e débito, entre outros. As instituições financeiras que saírem na frente terão mais chances de ganhar fatias dessa nova clientela.
“Os bancos públicos já oferecem pacotes para o segmento, com isenção ou redução de tarifas, e percebemos que os bancos privados, nacionais e estrangeiros, também estão buscando compreender melhor como funciona o EI e saber como poderão operar com ele”, ressalta Chaves. “O empreendedor individual hoje não está organizado, mas boa parte está dentro do sistema financeiro como pessoa física. Se os bancos forem parceiros do Sebrae no trabalho de informar esse público, certamente o número de formalizações crescerá mais rapidamente”, ressalta.
Jerônimo Rafael Ramos, superintendente da área de Microcrédito do Santander acredita que a formalização fortalece a relação do banco com o empreendedor e diz que oferecerá a esse público produtos e serviços adequados ao seu perfil. Ramos estima que dos R$ 700 milhões aplicados nos últimos oito anos em microcrédito pelo Santander, que empresta até o limite de R$ 15 mil, com valor médio de R$ 1,3 mil por operação, uma fatia de 4% já é direcionada a clientes que se formalizaram pelo EI, percentual que deve pelo menos dobrar ainda em 2010. “O crescimento tende a ser exponencial. Vamos acompanhar isso, porém sempre associando ao crédito à educação financeira, com a concessão de recursos na dose certa para cada cliente, para que a relação com os empreendedores seja sustentável”, acrescenta.
Juliana Paz, da Agência Nacional de Desenvolvimento Empresarial (Ande), braço microfinanceiro da Visão Mundial, ONG que atua em mais de 100 países e no Brasil está presente em sete estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais, também destaca a importância da educação financeira. Ela explica que, no trabalho da entidade, junto com o microcrédito vêm serviços não financeiros que são até mais importantes: ajudar o empreendedor a se capacitar, se formalizar, aprender a controlar melhor despesas e receitas e evitar o endividamento excessivo.
Outros pontos importantes na estratégia de concessão de crédito aos empreendedores que saem da informalidade, segundo a professora da USP e representante do Centro de Microfinanças da FGV, Tânia Christopoulos, serão o desenvolvimento de tecnologias de meios de pagamento voltadas para a baixa renda, a expansão adequada da rede de correspondentes (estabelecimentos comerciais autorizados a prestar serviços financeiros para os bancos), capacitação dos empreendedores e a formação de agentes de crédito.
Fonte: Agência Sebrae

Empresas não podem discriminar devedores

Empresas públicas ou privadas não podem recusar vagas de emprego ou demitir profissionais porque eles estão com o nome sujo nos cadastros de inadimplentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e na Serasa. Embora não exista qualquer especificação contra discriminação de inadimplentes na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), é cada vez mais comum que a Justiça do Trabalho se posicione a favor dos devedores. E os candidatos que se sentirem prejudicados durante os processos seletivos ou no ambiente de trabalho podem acionar o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou o Ministério Público do Trabalho (MPT).
Há sete meses, Aluska Raquelly Barbosa Vieira, 30 anos, procura sem sucesso um emprego no setor de telemarketing. Ela está com o nome sujo no SPC e na Serasa. "Várias amigas minhas já foram recusadas nas empresas por causa disso. Sinto que pode estar acontecendo comigo. Mas é claro que as empresas não assumem que esta é a causa.", conta.
Já Lígia Melo (nome fictício), 32 anos, tem certeza de que foi recusada numa empresa de telefonia por estar no cadastro de inadimplentes do SPC. "A empresa disse que não fui bem na seleção. Mas um conhecido que trabalha na empresa me confirmou que o verdadeiro motivo foi meu nome sujo.", diz ela que está desempregada há dois meses. "Como eu posso pagar as minhas dívidas se não consigo emprego?", questiona.
Conforme explica o procurador-chefe do Trabalho em Pernambuco, Fábio Farias, a Justiça em geral entende que as dívidas dos trabalhadores são de natureza privada e, portanto, não podem servir de justificativa para demissão ou para discriminação nas seleções de emprego.
Em junho deste ano, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) proibiu a empresa do setor de recursos humanos (RH) Manpower Staffing de buscar informações na Serasa como requisito para contratar. A 14ª Vara do Trabalho de Curitiba (PR) ainda condenou a empresa a pagar R$ 200 mil de indenização por danos morais coletivos e multa de R$ 20 mil por ato praticado.
Em agosto, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJ-DFT) concedeu liminar para garantir a posse do candidato aprovado em concurso público para o cargo de escriturário do Banco do Brasil ele havia sido impedido de ocupar a vaga por ter o nome no SPC , como informava o edital. Um juiz da 4ª Vara Cível de Brasília ainda fixou multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão.
A Constituição proíbe a discriminação por sexo, raça, cor, idade. Mas não dispõe sobre a inadimplência. Se o simples fato do nome estar negativado for o motivo da não contratação, entendo que houve discriminação. Estaria afrontado o princípio constitucional de presunção da inocência (art. 5º, inciso LVII da Constituição Federal). "Mas se a empresa pesquisou a contento, com moderação e discrição, e entendeu que o empregado fez dívida de forma irresponsável, entendo que pode sim deixar de contratar esse funcionário, ainda mais se isso estiver diretamente ligado à natureza da função que ele irá exercer.", pondera o advogado Bruno Moury Fernandes, sócio do escritório Lopes & Moury Fernandes.
Enquanto a Serasa é mantida por instituições financeiras, o SPC é ligado à Câmara de Dirigentes Lojistas Recife (CDL Recife). As instituições têm como função original fornecer informações para a concessão de crédito. Mas conforme explica o superintendente da CDL, Hugo Philippsen, "Não há como regular se os empregadores consultam o cadastro dos candidatos no processo de seleção. O acesso a lista é livre para as empresas filiadas." , revela. Atualmente, o SPC contabiliza mais de 4 mil empresas associadas não apenas do ramo de varejo, mas também dos segmentos de prestação de serviços.

Queimadas em Miracema

Miracema teve uma queimada de grande proporção essa semana.
Como pode ser visto na foto acima (cedida por José Souto), a queimada atingiu a área atrás do Fórum chegando a ameaçar casas e o Parque Ecológico.
Miracema, como boa parte do país, vem passando por um período de seca (faz uns 3 meses que não chove por aqui) e qualquer fogo pode perder o controle.
Por isso entramos na campanha junto com a SEMANDA e o blog Miracema contra as queimadas.
Até mesmo aquela queima de lixo no quintal da sua casa pode se tornar um desastre.

- Não queime lixo, além de poluir o ar - que já está bastante seco devido à falta de chuva - pode causar prejuízos incalculáveis à natureza e ao patrimônio público e privado.

- Folhas e galhos secos podem ser acomodados em um canto do quintal e molhados diariamente irão se decompor e se transformar em adubo para suas plantas - eu faço isso na minha casa.

- Lixo pode ser recolhido e destinado à coleta do caminhão da Prefeitura.


DIGA NÃO ÀS QUEIMADAS

Aviso da Justiça Eleitoral

Justiça Eleitoral
112ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro
MUNICÍPIO DE MIRACEMA
Av. Dep. Luiz Fernando Linhares, 131 – Fórum – 28-460-000
Telefone: (22) 3852-0455

A Justiça Eleitoral informa aos eleitores miracemenses que nas
eleições deste ano, para votar será obrigatória a apresentação do Título de Eleitor e de um documento de identificação que tenha foto, como Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho, Carteira de Motorista, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional.
Não será aceito o documento de identificação que esteja com sua
validade vencida.
Veja bem, só poderá votar o eleitor que no momento da votação apresentar o seu Título de Eleitor e também um documento de identificação válido e que contenha sua fotografia.
Verifique seus documentos, veja se está com seu Título e um documento de identificação válido e com foto, se não tiver algum destes ou ambos, providencie-os já, não deixe para a última hora.
Caso necessite da segunda via do seu Título de Eleitor, você deverá comparecer ao Cartório Eleitoral, levando a cópia de um documento de identificação e a cópia de um comprovante de residência, até o dia 23 de setembro, no horário de 11 ás 19 horas.

“Fortaleça nossa democracia, não deixe de votar”

Renata Palheiro Mendes de Almeida
Juíza Eleitoral