sábado, 4 de dezembro de 2010

Mais 40 categorias econômicas poderão se registrar como Empreendedor Individual

Entre elas estão mestres de obras, carroceiros que transportam cargas e mudanças e reparadores de móveis e de toldos e persianas

A partir de 1º de dezembro de 2010, empreendedores por conta própria de 40 novas atividades econômicas poderão se formalizar como Empreendedor Individual. Hoje essas atividades já são mais de 400. Entre as novas categorias estão mestres de obras, carroceiros que transportam cargas e mudanças, comerciantes de cestas de café da manhã e de produtos naturais, instaladores de rede de computadores e de antenas de TV, locutores de mensagens fonadas e ao vivo e reparadores de móveis e de toldos e persianas.
O registro de empreendedores individuais é feito via internet, no Portal do Empreendedor (www.portaldoempreendedor.gov.br). Para serviços de manutenção e para a inclusão dessas novas categorias no sistema o serviço de registro de qualquer empreendedor no Portal está parado desde às 18 horas desta sexta-feira (26) até às 8 horas do dia 1º de dezembro (quarta-feira).
Nesse mesmo período também não será possível fazer a emissão de certificados da condição de Empreendedor Individual, conforme comunicado da Secretaria Executiva do Comitê Gestor da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). Conforme o CGSIM, o sistema está funcionando normalmente para a emissão da segunda via do carnê de pagamento da taxa fixa mensal do EI.
A inclusão de novas categorias está na Resolução nº 78, aprovada no dia 13 de novembro pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) – sistema tributário simplificado que também inclui o Empreendedor Individual. Conforme o secretárioexecutivo do Comitê, Silas Santiago, a decisão atende a reivindicações de entidades representativas e de apoio aos micro e pequenos negócios, como o Sebrae.
A lista de novas atividades também inclui abatedor de aves; abatedor de aves com comercialização do produto; artesão em cimento; bike propagandista; coletor de resíduos não perigosos; comerciantes de artigos de bebê, de carvão e lenha, de inseticidas e raticidas e de produtos para piscinas; costureira de roupas sob medida; coveiro, customizador de roupas; disc jockey (DJ) ou vídeo jockey (VJ); dublador; e editor de vídeo.
Também são contemplados: estampador de peças de vestuário; esteticista; fabricante de velas, inclusive decorativas; guia de turismo; instalador de equipamentos de segurança domiciliar e empresarial, sem prestação de serviços de vigilância e segurança; locador de instrumentos musicais; produtor de pedras para construção, não associado à extração; e recarregador de cartuchos para equipamentos de informática; reparador de artigos e acessórios do vestuário; reparador de cordas, velames e lonas, reparador de equipamentos esportivos; reparador de equipamentos médico-hospitalares não eletrônicos; reparador de guarda-chuva e sombrinhas; vendedor de aves vivas, coelhos e outros pequenos animais para alimentação.
Revisão - O CGSN também retirou 12 atividades econômicas antes contempladas pelo Empreendedor Individual. São elas: boaiadeiro ou vaqueiro; caçador; colhedores de castanha-do-pará, de palmito e de produtos não madeireiros; lavrador agrícola, pescadores em água doce e salgada; podador agrícola, produtor de algas e demais plantas aquáticas, reflorestador e seringueiro. A Resolução nº 78 ainda estabelece que quem já se formalizou como EI nessas atividades não será retirado da formalidade por conta da nova regra, Ou seja, só sai se pedir.
De acordo com o secretário Silas Santiago, esta decisão também atende reivindicações de entidades representativas dessas categorias econômicas para evitar perda de benefícios a que já têm direito. Cita como exemplo o caso do pequeno agricultor, que recolhe 2,1% sobre a sua produção, o que representa valor menor do que o pago pelo Empreendedor Individual. A retirada dessas categorias visa evitar problemas de entendimento. “Esse é um público que precisa ser protegido”, diz Santiago.

Fonte: Agência Sebrae

Supermercados planejam redução de 40% no uso de sacolas plásticas

Os supermercados no Brasil devem reduzir em 40% o uso de sacolas plásticas até 2015. A meta foi anunciada hoje pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e inclui um manual de condutas do setor e a redução do uso de gases que causam o efeito estufa.
'O problema das sacolas plásticas faz parte de uma discussão mais ampla a respeito da própria relação entre sociedade e meio ambiente. A Abras se propõe a ser parte da solução deste problema e também ser multiplicadora do consumo consciente', afirmou o presidente da associação, Sussumu Honda.
A ideia da entidade é criar um sistema de mensuração para acompanhar o cumprimento das metas de redução no uso de sacolas, além de elaborar um manual com a função de conscientizar funcionários e consumidores sobre os benefícios da ação. O objetivo da Abras é atingir 30% de redução no uso de sacolas já em 2013 e alcançar a totalidade das empresas do setor supermercadista.
'No entanto, para que isso aconteça, é preciso que o Poder Público também faça a sua parte', afirma Honda. O presidente da associação defende a criação de uma única lei federal para disciplinar a utilização das sacolinhas. 'Assim, impedindo a multiplicação de leis estaduais e municipais que vêm mais para confundir e impossibilitam qualquer aplicação prática', completou, enfatizando a necessidade também do aprimoramento da coleta seletiva no país.
A Abras destacou ainda que defende a eliminação da distribuição gratuita de sacolas plásticas ou de qualquer material nos supermercados, 'desde que não prejudique o consumidor e as relações de consumo'..
Fonte: Valor Online

Consulta Pública para criação de UC em Miracema

Público presente

Público presente

Composição da Mesa de Convidados
(Fábia Campany - INEA; Emerson Pereira - CDL; Carlos Armando - Vereador; Sérgio Rocha - Vereador; Janine - Relatora; Júnior Machado - SEMANDA; Ralph Azevedo - Procuradoria Municipal; Paulo Azevedo - Vereador; Maurício Santana - Vereador; Isabela Rodrigues - Ministério Público)


Juliana durante a apresentação

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cadastro positivo facilitará acesso a crédito

Diretor-técnico do Sebrae prevê maior crescimento das carteiras para empresas de pequeno porte nos bancos de varejo

O Cadastro Positivo, aprovado pelo Senado, vai valorizar o bom pagador, que terá acesso ao crédito bancário com taxas reduzidas, facilitando as atividades e aumentando a competitividade das pequenas empresas. A avaliação foi feita pelo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, para quem esse novo instrumento do Sistema Financeiro Nacional (SFN), ao lado dos atuais cadastros negativos, altamente eficientes no Brasil, vai reduzir a assimetria de informações que ainda persiste no segmento de empreendimentos de pequeno porte.
“O crescimento das carteiras de crédito de pessoas jurídicas de pequeno porte nos bancos de varejo, públicos e privados, será ampliado, estimulado e intensificado”, prevê Carlos Alberto, ao destacar a importância do crédito para os pequenos negócios, que necessitam de taxas compatíveis e custos mais adequados ao tomador final. “Maior facilidade de acesso e crédito mais barato viabilizam novos negócios e consolidam aqueles já existentes.”
Para o diretor técnico do Sebrae, o Cadastro Positivo que, conceitualmente, implica criar uma lista de bons pagadores no País, é um instrumento importante para o Brasil manter o atual processo de expansão da oferta de crédito e contribuir para a diminuição das taxas de juros e redução dos spreads bancários, com reflexos favoráveis ao tomador final. “O risco é um componente importante dos spreads praticados no Brasil”, assinalou.
Conforme Carlos Alberto, o Cadastro Positivo faz parte de uma série de avanços ocorridos no SFN nos últimos anos. Citou como exemplos o correspondente bancário, o crédito consignado em folha de pagamento, o aperfeiçoamento da legislação referente ao cooperativismo de crédito e os mecanismos do sistema de garantia de crédito.
“Toda operação de crédito se defronta com a assimetria de informações na relação entre as partes contratantes – financiador e tomador de crédito - que é central na avaliação do risco da operação. A diminuição dessa assimetria se reflete, consequentemente, na redução dos spreads bancários”, explica Carlos Alberto.
A implementação do Cadastro Positivo vai exigir que as empresas informem a serviços de proteção ao crédito sobre as contas pagas em dia pelos consumidores, facilitando a análise de risco e permitindo a redução de juros. Com a aprovação pelo Senado, o projeto de lei segue para sanção presidencial e posterior regulamentação.
Fonte: Agência Sebrae

Vendas no crediário crescem mais do que as à vista em novembro

As vendas parceladas, no crediário, cresceram mais do que as realizadas à vista em novembro, segundo dados da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
As consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) - que indicam comprar a prazo -, cresceram 14,2% em novembro, na comparação com o mesmo período de 2009.
As consultas ao SCPC/Cheque (vendas à vista) subiram 10,3%, na mesma base de comparação entre períodos.
"Os números confirmam nossas expectativas de boas vendas para este Natal acima dos 12%, o melhor resultado da década", afirmou Alencar Burti, presidente da ACSP (Associação Comercial de São Paulo). Até então o melhor desempenho foi registrado em 2007, antes da crise mundial de crédito, com 7,8% na média dos dois sistemas.
A associação ressaltou que o crescimento de novembro refletem a continuidade do avanço do crédito no país, que beneficia a venda de bens duráveis, em geral, e a grande oferta de produtos importados a preços atrativos.
No caso das compras à vista, estão entre dos fatores que as impulsionaram o aumento da massa salarial, a concorrência de produtos importados, que tornou o mercado favorável ao consumidor, e a antecipação de compras para o Natal, notadamente de enfeites, brinquedos e lembranças.
"Vale lembrar que esse resultado positivo das vendas vem depois de dois anos (2008, 0,3% e 2009, 2,4 %) relativamente fracos", destacou a associação.
Na comparação com outubro, as vendas de novembro cresceram 2,4% (a prazo) e 7,5% (à vista), refletindo já as compras para o Natal.

Inadimplência

Os registros recebidos (carnês em atraso) apresentaram alta de 9,3% em novembro, comparado com igual período em 2009, em um ritmo ainda inferior ao crescimento das vendas de 14,2%, "mas já é um reflexo do ingresso de novos consumidores no mercado". Enquanto isso os registros cancelados (carnês quitados e/ou renegociados) na mesma comparação entre períodos, apresentam crescimento de 9,2%, impulsionados pelo crédito, pela geração de novos empregos formais e pela campanha de renegociação de dívidas.
Segundo a ACSP, com esses números, a inadimplência permanece estável em patamar considerado baixo.
Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MENSAGEM

Não Aperte o Botão da Desistência!

Todo ser humano tem uma parte pouco conhecida do cérebro em comum: O Botão da Desistência!

Todas as pessoas possuem este botão, porém, nem todos sabem.
O ser humano, como qualquer animal, tende a persistir até que um objetivo seja alcançado. Perceba como as crianças conseguem o que querem e verá uma persistência natural.
Se você não tivesse o hábito (mau hábito) de apertar o botão cedo demais, alcançaria muito mais fácil seus objetivos, bateria suas metas, não desistiria de sua equipe, ultrapassaria as metas de vendas todos os meses, perderia todos os quilos que sempre quis perder, simplesmente porque não apertaria o botão.
Faça este botão funcionar a seu favor e não contra.
E pense, quanto menos vezes você desistir, mais motivado se tornará. O medo é o maior ladrão de oportunidades. Os desmotivados são ladrões de energia. Estar alegre é viver e faz bem a saúde. Estar triste é morrer aos poucos.
Não desista! Deus te fez para voar alto!
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilclér Regina

domingo, 28 de novembro de 2010

Novas regras padronizam tarifas de cartões de crédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reuniu nesta quinta-feira (25) e decidiu baixar normas para padronizar as cobranças das tarifas de cartões de crédito. O Banco Central informou que o objetivo da medida é facilitar a comparação das tarifas cobradas pelos clientes e, também, a escolha do tipo de cartão mais adequado. As regras para novos cartões só valem a partir de junho de 2011, e para os cartões já existentes, ou emitidos até lá, valem somente a partir de junho de 2012. Clientes serão obrigados a pagar pelo menos 15% de sua fatura mensalmente, podendo financiar o valor restante - sobre o qual incidirão os juros. Com as novas regras aprovadas pelo CMN, será possível cobrar somente cinco tipos de tarifa nas operações de cartões de crédito. São elas: anuidade; fornecimento da segunda via do cartão; utilização dos cartões para saques em dinheiro, utilizando a função crédito; pagamento de contas; e pedido de urgência na análise necessária para aumentar o limite de crédito do cliente. Essas tarifas, por sua vez, deverão estar nas páginas das instituições financeiras e, também, em suas agências, de forma que possam ser comparadas pelos clientes.
"Existia a cobrança de um número elevado de tarifas para cartões de crédito. Um diagnóstico mostrou que poderia haver cerca de 80 tarifas. E não havia uniformidade, o que não permitia qualquer tipo de comparação. Então, um dos principais objetivos é reduzir a um universo menor o número de tarifas e torná-las comparáveis. Essa comparação ficará viável a partir dessa normatização", explicou o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes.

Cartões não solicitados, cancelamento e extratos

Segundo o diretor do Banco Central, as regras do CMN deixam claro que é proibido o envio, pelos bancos, de cartões que não sejam solicitados pelos clientes. Até o momento, essa proibição constava somente no Código de Defesa do Consumidor. A partir de agora, estará também na normatização do Conselho Monetário Nacional sobre os cartões de crédito. Além disso, afirmou Aldo Mendes, os bancos serão obrigados a cancelar o cartão de crédito de forma imediata quando solicitados, mas o consumidor deverá continuar pagando as prestações já contratadas.
Além disso, as instituições financeiras também serão obrigadas, segundo a nova regra, a explicitar nos demonstrativos e faturas mensais de cartão, no mínimo, as seguintes informações: limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito passível de contratação; gastos realizados, por evento, inclusive quando parcelados; identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores; valores relativos aos encargos cobrados, informados de forma segregada de acordo com os tipos de operações realizadas; valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte, no caso do cliente optar pelo pagamento mínimo da fatura; e o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros e outras taxas.

Dois tipos de cartão de crédito

O BC informou ainda que, com as novas regras, haverá dois tipos de cartão: o básico e o diferenciado. O cartão básico poderá ser usado como meio de pagamento, com o cliente podendo optar pelos parcelamentos no ato da compra. A partir do início de dezembro do ano que vem, a cobrança mínima sobe para 20% do valor total da fatura. Até o momento, essa regra não existe.
Segundo a regra do CMN, é obrigatória a oferta desse tipo de cartão para as pessoas físicas, e não somente do segundo tipo de cartão, o diferenciado. Este último possui outros serviços acoplados, como programas de recompensas ou benefícios - viagens, passeios e outros tipos de prêmios.
A anualidade do cartão básico terá de ser, necessariamente, menor do que a do cartão diferenciado, informou o diretor do Banco Central. "Tanto o cartão básico quanto o diferenciado podem ser nacionais ou internacionais. A gente admite que os cartões internacionais possam ter uma anualidade maior", afirmou Aldo Mendes, do BC.

ALERTA DE E-MAIL FALSO

Está circulando um email pela Internet, com a linha de assunto como "SPC - Acordo Comercial", dando notícia aos seus destinatários acerca de cobranças, relatórios de débito e previsão de acordo financeiro, onde figuram alguns dados verdadeiros, provocando inúmeras ligações às centrais de atendimento da Base ACSP - Associação Comercial de São Paulo, haja vista que os telefones indicados pertencem a alguns setores desta entidade.
Assim, solicitamos a todos que, caso recebam ligações de consumidores ou interessados em geral, a respeito do referido email, que informem que a referida mensagem "trata-se de email disparado por virus. A Associação Comercial de São Paulo, assim com as demais entidades da rede, não envia qualquer email relativo a cobrança de consumidores ou propostas de acordos financeiros. É importante que aqueles que receberem emails desta natureza desconsiderem seu conteúdo e instruções, assim como não acessem nenhum dos links indicados, pois podem ser de instalação de virus no computador".
Contamos com a atenção e pronto atendimento de todos, pelo que agradecemos.
Atenciosamente,
Central RENIC
Rede Nacional de Informações Comerciais
A maior rede de informações de todo o país.

Maria Inês Dolci: Promessas para limpar o nome são falsas

Consumidores devem ter cuidado com as promessas milagrosas feitas por empresas, principalmente on-line, de limpar o nome de devedores para que tenham direito ao crédito. A recomendação é de Maria Inês Dolci.
Golpistas afirmam tirar nome do Serasa e ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e oferecem até condições para o pagamento. Sites propõem formas de resolver a situação sem pagar as dívidas. Na verdade, vendem manuais e serviços, que não são garantidos, diz Dolci.
"Minha sugestão: não caia nessa. Se tiver dívidas, o caminho mais correto é a negociação", aconselha a advogada. Segundo ela, o ideal é procurar o credor e propor uma forma de pagamento que caiba no orçamento.
"Não há fórmulas milagrosas para passar uma borracha nas contas não pagas. O ideal, mesmo, é calcular muito bem o peso de empréstimos e compras antes, para não comprometer mais do que possa pagar. Como diziam os antigos, quem não deve não teme. É verdade", comenta Dolci.
Maria Inês Dolci - coordenadora institucional da Pro Teste, colunista da Folha e blogueira da Folha.com.

O caminho para melhores resultados em vendas

Quantas vezes estamos diante de um profissional de vendas, que enaltece o serviço ou produto que vende, mas não é capaz de comprá-lo? Certa vez, entrei em uma loja de eletrodomésticos, para comprar uma máquina de lavar roupas. Sou abordado pelo vendedor, que diz que "as máquinas para serem impecáveis, só faltam estender e passar as roupas!" Depois de ouvir o vendedor, questiono qual dos modelos apresentados ele tem em casa? Para minha surpresa, ele responde que reside sozinho e não possui máquina de lavar. Observe nos dois fatores abaixo, como evitar dissabor ao apresentar uma proposta comercial ou oferecer um produto para um cliente.

Uma estrada de desmotivação e incertezas

Para fortalecer o profissionalismo na área comercial, além da conduta ética, há a necessidade de um perfil comunicativo, inovador e criativo para desenvolver as atividades, por meio da cordialidade e do uso da empatia. Existem vendedores que abandonam a seriedade desta importante profissão, para fazer piadas e acreditam que estão arrasando! Há vendedores que deixam de mostrar novidades para seus clientes e justificam que determinada marca possui preço elevado para o perfil do cliente. Há profissionais de vendas, que realizam abordagem comercial, frequentemente da mesma forma. Caminham em uma estrada de desmotivação e incertezas. Não são capazes de oferecer outro produto e deixam de explorar que a empresa conta com expressivo mix de venda. Ao utilizar de exemplos práticos e vivenciais, o profissional fortalece o compromisso de inovar suas argumentações para os produtos e serviços, tornando os apontamentos mais atrativos, de acordo com o perfil do público alvo.

Você contrataria um "especialista em jeitinho"?

O profissional que deseja argumentar com coerência sobre o produto ou o serviço com o cliente, deve conhecer o que está falando, por meio de treinamento prévio. Passa a ser inaceitável observar uma balconista, ociosa em uma loja, sabendo que neste momento, ela poderia estudar os produtos, as ofertas e realizar a análise comparativa dos diferenciais de uma marca. Penso que é um dissabor ao cliente quando, ao procurar por informações de um produto, se depara com um vendedor que precisar consultar um catálogo e demonstra espanto ao descobrir que o produto é capaz de fazer algo que ele próprio nem imaginava. O "especialista em jeitinho" passa ser aquele que ao contrário de estudar, apresenta justificativa pela ausência de conhecimento. Quando é convidado para participar de um treinamento de vendas, o "especialista em jeitinho" responde de imediato que é pura perda de tempo e que é sabedor de tudo que será apresentado. Gosta de improvisar com assuntos improdutivos ou demonstra ausência de argumentações sobre um determinado produto ou serviço. Um treinamento pode contribuir para eliminar o comportamento do "especialista em jeitinho" e permitir transformar o dissabor de um cliente em satisfação, aliado com atitudes profissionais e coesas com as realidades do mercado.

Houve um período da história comercial, onde o vendedor era uma pessoa que usava de pretextos, com o objetivo de "empurrar" algo para um cliente. Tempo passado, pois atualmente o papel do profissional de vendas é encarado como uma atividade essencial, para o crescimento de qualquer organização. Note que, quando ouvimos a sugestão de alguém, que usou determinado serviço e posteriormente aprovou, passamos a analisar com maior segurança a proposta. Você estaria confortável, em uma aeronave, onde o piloto não se preparou para pousar? Você realizaria a compra de um automóvel, com um vendedor, que não acredita no que está oferecendo? Qual caminho você está andando na trajetória do seu sucesso? Uma estrada de fracassos ou um caminho de conquistas com motivação?
Dalmir Sant’Anna

E se o cliente não tem razão?

Bette Romero Burlamaqui: Há cerca de dois meses decidi comprar uma bolsa no site Mercado Livre. Era uma bolsa linda e eu, que já tinha gostado quando a vi na web, me apaixonei quando a recebi, duas semanas após. Tanto que só a usava em ocasiões especiais, tal o ciúme que tinha do "brinquedo novo". Qual não foi minha surpresa quando uma noite, ao sair do teatro, notei um rasgão na costura lateral. Fiquei inconsolável.
No dia seguinte, escrevi à vendedora, A. G., identificada no Mercado Livre como ROMASALE. A resposta veio somente três mensagens e muitos dias depois, para me lembrar que a bolsa não tinha garantia e insinuar mau uso do produto. Diante disso, recorri ao Mercado Livre, para mudar a qualificação da vendedora, mas este "lavou as mãos", sob a alegação de que a compra já tinha sido feita há mais de um mês. Por situações similares que meu sobrinho, Eduardo, e diversos amigos meus, estão processando o Mercado Livre.
A negativa de responsabilidade de ROMASALE e omissão do Mercado Livre me fizeram pensar sobre quem estaria com a razão. O cliente (eu) que comprou um produto sem garantia mas, imaginava, sem defeito? ROMASALE, que se defende sob argumento comum aos vendedores, de mau uso do produto, ou o Mercado Livre que, simplesmente se isentou de qualquer problema?

Regras de atendimento da TAM:
1. O cliente tem sempre razão
2. Se o cliente estiver errado, releia a primeira regra.

O Marketing diz que o cliente tem sempre razão. Mas, e se ele estiver errado? Aí lembrei da episódio da moça que foi ao departamento de reclamações da Câmara de Dirigentes Lojistas, em Belo Horizonte, para reclamar que tinha tentado trocar uma blusa, mas a loja havia recusado. As razões para a troca, ela não negava: tinha ido a uma festa com a peça, mas não tinha recebido um elogio sequer. Daí a insatisfação.
Alguns clientes são mais difíceis de lidar, como a moça da blusa. Porém, consumidor não vem com manual de proprietário e a concorrência está aí, nos calcanhares de todos. Assim, o consumidor tem sempre razão pelo simples fato de que ele compra os produtos ou serviços da empresa. E, se ele não consumir, a empresa perde a razão de existir. Que o digam o portal iG, que surgiu como provedor de acesso gratuito mas, mesmo grátis, viu a clientela migrar para os outros sites por problemas com o atendimento; ou a IBM, que teve que reprojetar toda linha de produção por não ouvir os clientes, nem olhar para a concorrência; ou ainda a Telemar, que preferiu apostar em uma nova marca, Oi, do que carregar o passivo de um nome que era sinônimo de mau-atendimento e chateação.

A Razão do Cliente X a Boa Imagem da Empresa

A boa imagem é um dos principais ativos de uma empresa. Por causa disso, muitas companhias assumem os eventuais prejuízos para não correr o risco de manchas na imagem empresarial. Afinal, perder um cliente, hoje, é luxo para poucos. Além da perda do consumo, há o estrago que o consumidor insatisfeito pode provocar na reputação da empresa. Quem lida com vendas sabe que um cliente irritado pode colocar a perder muitos outros negócios em andamento na loja. O custo do consumidor insatisfeito é bem maior que o valor da peça.
Ao não dar atenção à reclamação, a empresa perde uma excelente oportunidade de transformar consumidores insatisfeitos em clientes fiéis. Isto porque, a maior parte dos clientes não reclama e muda para a concorrência. O consumidor que reclama sinaliza que ficou aborrecido naquele momento, mas quer continuar consumindo na empresa. Ouvir, além de demonstrar apreço pelo cliente, mostra o interesse em solucionar o problema e melhorar o serviço prestado. Assim, por que não transformar um pepino em uma grande oportunidade de fidelização? Como disse um funcionário da Ford Motors: "Se não formos dirigidos pelos clientes, os clientes não dirigirão nossos produtos".
Neste cenário, aproveite para conhecer Sistema de Análise de Mídia, que além de acompanhar, mensurar e avaliar a presença do cliente nas mídias, afere e analisa as reclamações dos clientes e a atuação da concorrência.
Link: Background

Sobre a autora: Bette Romero Burlamaqui é jornalista e trabalhou na Editora Bloch, Editora Abril e TV cultura (RTC), entre outras empresas. No jornalismo empresarial, foi assessora de imprensa da Burson-Marsteller, da Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, da Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica - Abifarma, da Bolsa do Rio (BVRJ), onde coordenou os leilões de privatização, e da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
Diretora da Background Maxx Comunicação, empresa especializada no diagnóstico da imagem pública das empresas e instituições, desenvolve trabalho no planejamento de ações de comunicação (pelo qual recebeu o prêmio Mérito Cerimonialista, em 2000), avaliação de esforços com visibilidade da mídia e Análise da Concorrência.
Na área acadêmica, é mestre em Educação, professora de pós-graduação em Comunicação Corporativa, Diretora-Executiva do Clube de Comunicação e Diretora do Sindicato dos Jornalistas do Município Rio de Janeiro, pela Comissão de Ética.