quinta-feira, 1 de julho de 2010

Desemprego e falta de controle pesam no bolso

A boa recuperação dos índices de emprego formal, apontada por diversas entidades de pesquisa e anunciada pelo governo, ainda não se refletiu no déficit financeiro acumulado dos consumidores. O desemprego (33,6%) ao lado do descontrole de gastos (17,6%) são as principais causas da inadimplência no comércio, seguidas por fiança e aval (13,6%) e doença em família (13,6%), entre outras.

Dos 500 consumidores ouvidos na pesquisa Perfil do Inadimplente, do Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), 43,2% disseram que a sua situação financeira melhorou em relação ao ano passado, 40% qu 558 e está igual, 16% responderam que piorou e 0,8% não responderam. Após quitar dívidas, 46,4% dos entrevistados pretendem voltar a fazer compras nos próximos meses.

Os 500 consumidores entrevistados procuraram os postos de atendimento do Serviço de Proteção ao Crédito do CDL-Rio para regularizar o nome.

Entre eles, 42,4% são homens e 57,6% são mulheres. Dos homens, 32,1% têm entre 21 e 30 anos, 39,6% têm renda familiar entre um e três salários mínimos, 34% têm o segundo grau completo e 18,9% têm curso superior completo.

Das mulheres, 30,6% têm entre 21 e 30 anos, 55,6% têm renda familiar entre um e três salários mínimos, 40,3% têm o segundo grau completo e 19,4% têm o curso superior completo.

Eles foram incluídos no cadastro por dívidas contraídas junto ao comércio, a empresas de cartão de crédito, a bancos e a financeiras, especificamente por débitos com o cartão de crédito, compra de roupas e calçados, empréstimo pessoal, compra de eletroeletrônicos e móveis, entre outros.

A pesquisa do CDL-Rio mostra que, ao adquirirem o crédito, os consumidores informaram que o fizeram através de cartão de crédito, carnê, cartão de loja e cheque. Dos entrevistado 9ca s, 20,8% estão no cadastro há até um ano, 14,4% há dois anos, 16,8% há três anos, 14,4% há quatro anos, 16,8% há mais de quatro anos e 11,2% não informaram o tempo.

ATRASOS

A pesquisa mostrou ainda que 8% têm prestações atrasadas no valor de até R$ 100, 11,2% de até R$ 200, 8% de até R$ 350, 3% de até R$ 600, 2,4% de até R$ 1.500, 4,8% de até R$ 2.300, 2,4% de até R$ 3.000, 1,6% acima de R$ 5.000 e 58,4% não sabem.

Em 20% dos casos, mais de uma prestação está atrasada; em 4,8%, mais de duas; em 5,6%, três; em 5,6%, quatro; em 4,8%, cinco; em 3,2%, seis; em 1,6% oito; em outros 1,6%, nove; em 3,2%, 10, em 1,6%, 12; em 0,8%. todas as prestações e, em 47,2% dos casos, os consumidores não informaram a quantidade de parcelas em atraso. Os atrasos foram por causa de cartão de crédito, cartão de loja, carnê e cheque. Dos entrevistados 43,2% pretendem quitar o débito usando recursos do próprio salário, 38,4% com acordo, 8% com recursos das férias e outros.

Segundo o Presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves, o comércio é o setor que mais sofre com a inadimplência, principalmente as lojas de roupas, calçados e de eletrodomésticos, que vendem com prazos mais longos. "A boa notícia é que, além da retomada do crescimento das vendas no comércio, o nível de inadimplência vem caindo", afirmou Gonçalves.

No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, a inadimplência foi de menos 0,4% em relação a igual período de 2009, enquanto as dívidas quitadas cresceram 5,6%. "Isso prova que os lojistas têm sempre uma boa proposta de renegociação dos débitos", observou o presidente do CDL-Rio.

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