Em seus 44 anos de existência, o setor de shoppings passou por grandes transformações. "O que era eminentemente um centro de compras ganhou, ao longo dos anos, praças de alimentação, equipamentos de lazer e serviços", conta Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). O Plano Real, em 1994, garantiu aos consumidores a possibilidade de comparar preços.
"As pessoas descobriram que algumas marcas é que eram caras e não os shoppings", comenta Guilherme Baldacci, sócio diretor da GS&MD Gouvêa de Souza.
O maior impacto, porém, ocorreu de 2003 a 2009. A expansão dos programas sociais do governo Lula, o aumento do emprego formal e da renda resultaram em uma mobilidade social sem precedentes: quase 30 milhões de brasileiros galgaram os degraus para a classe C, como mostra a Fundação Getúlio Vargas, totalizando 94,9 milhões de pessoas. Com renda de R$ 1.126 a R$ 4.854, a classe média emergente não só transformou-se na maior do país, com 50,5% de participação, como na que tem o maior poder de compra. Segundo o instituto de pesquisa Data Popular, nos bolsos desses cidadãos estão R$ 427,6 bilhões, 31% do total da massa de renda.
Esses consumidores ajudaram a engrossar o batalhão de frequentadores dos shoppings. Segundo estimativas da Abrasce, os 408 empreendimentos em funcionamento no final deste ano deverão receber 360 milhões de visitas por mês, o dobro do verificado em 2005. A classe B ainda é maioria, com 42% dos visitantes.
Mas os emergentes estão ganhando espaço e, dependendo da região, a presença deles fica entre 33% e 38% do total. "E mais 13 milhões de pessoas da classe C vão chegar a esses centros de compras nos próximos cinco anos", diz Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.
"Os shoppings, criados para atender as classes A e B, demoraram a perceber que o dinheiro mudou de mãos", explica Meirelles.
Para Baldacci, da GS&MD Gouvêa de Souza, o grande desafio da indústria é conquistar essa classe média. O esforço já começou. Um exemplo é o Mais Shopping, inaugurado no fim de outubro no Largo 13, em Santo Amaro, porta de entrada para a populosa zona Sul de São Paulo. Com 16 mil m2 de área bruta locável (ABL), tem 400 lojas e exigiu um investimento de R$ 240 milhões.
O conceito do Mais Shopping, criado por Marcos Romiti, presidente da Natal Empreendimentos Imobiliários, e implantado pela REP Centros Comerciais, reúne grandes marcas com forte apelo popular e pequenos varejistas da periferia. "Desenvolvemos um mix dirigido para essa população e criamos um ambiente bonito, com todo o conforto oferecido por um shopping convencional", diz.
A ABL Empreendimentos e Participações Ltda juntou-se à Partage para construir o Boulevard Shopping São Gonçalo, no Rio - investimento de R$ 160 milhões a ser inaugurado em 2011. "A população de São Gonçalo vai se orgulhar desse centro de compras", afirma Vicente Pierotti, diretor da ABL. A Saphyr e o Prosperitas estão investindo R$ 300 milhões no Shopping Jardim Guadalupe, também no Rio, que entra em operação no dia 30. "Já fechamos com marcas importantes do varejo nacional", diz Paulo Stewart, presidente da Saphyr.
"As pessoas descobriram que algumas marcas é que eram caras e não os shoppings", comenta Guilherme Baldacci, sócio diretor da GS&MD Gouvêa de Souza.
O maior impacto, porém, ocorreu de 2003 a 2009. A expansão dos programas sociais do governo Lula, o aumento do emprego formal e da renda resultaram em uma mobilidade social sem precedentes: quase 30 milhões de brasileiros galgaram os degraus para a classe C, como mostra a Fundação Getúlio Vargas, totalizando 94,9 milhões de pessoas. Com renda de R$ 1.126 a R$ 4.854, a classe média emergente não só transformou-se na maior do país, com 50,5% de participação, como na que tem o maior poder de compra. Segundo o instituto de pesquisa Data Popular, nos bolsos desses cidadãos estão R$ 427,6 bilhões, 31% do total da massa de renda.
Esses consumidores ajudaram a engrossar o batalhão de frequentadores dos shoppings. Segundo estimativas da Abrasce, os 408 empreendimentos em funcionamento no final deste ano deverão receber 360 milhões de visitas por mês, o dobro do verificado em 2005. A classe B ainda é maioria, com 42% dos visitantes.
Mas os emergentes estão ganhando espaço e, dependendo da região, a presença deles fica entre 33% e 38% do total. "E mais 13 milhões de pessoas da classe C vão chegar a esses centros de compras nos próximos cinco anos", diz Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.
"Os shoppings, criados para atender as classes A e B, demoraram a perceber que o dinheiro mudou de mãos", explica Meirelles.
Para Baldacci, da GS&MD Gouvêa de Souza, o grande desafio da indústria é conquistar essa classe média. O esforço já começou. Um exemplo é o Mais Shopping, inaugurado no fim de outubro no Largo 13, em Santo Amaro, porta de entrada para a populosa zona Sul de São Paulo. Com 16 mil m2 de área bruta locável (ABL), tem 400 lojas e exigiu um investimento de R$ 240 milhões.
O conceito do Mais Shopping, criado por Marcos Romiti, presidente da Natal Empreendimentos Imobiliários, e implantado pela REP Centros Comerciais, reúne grandes marcas com forte apelo popular e pequenos varejistas da periferia. "Desenvolvemos um mix dirigido para essa população e criamos um ambiente bonito, com todo o conforto oferecido por um shopping convencional", diz.
A ABL Empreendimentos e Participações Ltda juntou-se à Partage para construir o Boulevard Shopping São Gonçalo, no Rio - investimento de R$ 160 milhões a ser inaugurado em 2011. "A população de São Gonçalo vai se orgulhar desse centro de compras", afirma Vicente Pierotti, diretor da ABL. A Saphyr e o Prosperitas estão investindo R$ 300 milhões no Shopping Jardim Guadalupe, também no Rio, que entra em operação no dia 30. "Já fechamos com marcas importantes do varejo nacional", diz Paulo Stewart, presidente da Saphyr.
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