Polícia diz que crimes contra a honra são os mais comuns no mundo virtual, seguidos por fraudes patrimoniais
Cuidado, o perigo está na rede e qualquer erro pode virar prejuízo. O brasileiro passa, em média, 33 horas por semana na internet e é pouco cuidadoso ao acessar e-mails e sites suspeitos ou publicar informações pessoais em redes sociais.
Em pesquisa feita pela Symantec, empresa especializada em segurança na rede, 76% dos adultos brasileiros entrevistados disseram já ter sido vítimas de golpes. Em média, tiveram prejuízo de R$ 2,5 mil.
Só no ano passado, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática registrou 1.016 queixas de usuários. A delegada titular da DRCI, Helen Sardenberg explica que 76% das queixas envolvem crimes contra a honra - sempre realizados em redes sociais, como Orkut, Facebook ou Twitter, onde as pessoas costumam se expor sem qualquer proteção. Pesquisa inédita da ONG SaferNet, feita com adolescentes fluminenses sobre hábitos de navegação e segurança na internet, mostrou que quase metade admite que coleciona mais de 30 amigos virtuais.
Professora caiu em golpe de falso site de banco
Inaugurada em 2000, a DRCI\/ RJ já registrou, desde o início do ano até 18/08, 701 queixas de internautas. Para a delegada, o número de crimes virtuais deverá crescer a cada ano, já que aumenta também o número de pessoas que possuem computador e acessam a internet.
Atualmente, 66 milhões de pessoas no Brasil acessam a internet. No Rio, grande parte das queixas são de internautas que acessam as redes sociais - disse a policial, lembrando que os crimes patrimoniais vem em segundo lugar como motivo de queixas. - Hoje o criminoso virtual busca lucro financeiro, não mais a fama.
Entre os casos investigados, segundo a delegada, está o de uma professora aposentada, que recebeu um e-mail pedindo para que ela recadastrasse as senhas do cartão do banco: - A vítima disse que, como era o segundo e-mail e a página era muito igual a do banco, ela acreditou que tudo estava certo. Mas não estava. Era golpe.
Segundo a policial, a professora digitou os números e caiu na armadilha. Com os dados, os criminosos sacaram R$ 2,5 mil da conta bancária - o prejuízo foi ressarcido pelo banco.
De acordo com a delegada, as crianças estão mais propensas a clicar em links suspeitos. Programas que protegem a máquina ajudam, mas a principal proteção é o próprio internauta.
É básico: evitar de clicar em links que venham de emails desconhecidos, usar um programa de segurança atualizado e nunca botar senhas em links suspeitos.
Investigadores da DRCI explicaram que outro crime comum na internet é a fraude com cartões de crédito. Quando uma pessoa compra algo usando o cartão, seus dados ficam armazenados na empresa que fez a venda. Se alguém conseguir invadir o sistema da empresa, poderá ter acesso aos dados.
O perigo existe mesmo nos chamados sites seguros. No momento da compra, realmente não há perigo de alguém descobrir o número do cartão. Mas, se o sistema que armazena os dados for vulnerável, um hacker pode acessá-los - explicou um policial do DRCI, que pediu para não ser identificado.
Segundo dados analisados na DRCI, em uma estimativa de mil inquéritos em andamento, 60% são contra a honra; 15% são casos de furto mediante fraude, como nos roubos em contas bancárias; 8% são de estelionato, como compra e venda realizadas por empresas que não existem, e 3% correspondem a pedofilia e pornografia infantil.
Os internautas têm que ter na consciência, que a internet é um espaço público. Os cuidados são os mesmo que no mundo real. Não se expor.
Por causa do aumento do número de crimes virtuais e de vítimas do uso indevido da internet, a delegada explicou que as pessoas podem registar os casos de crime virtual em qualquer delegacia, além da DRCI.
A delegada criticou como centenas de pessoas usam redes sociais, como o Twitter, sem o mínimo de responsabilidade. - Não vou citar o nome da pessoa. Famoso, ele colocou no twitter que, naquele hora, estava em tal lugar, fazendo tal coisa. As pessoas tem que ter, no mínimo, um bom senso.
Cuidado, o perigo está na rede e qualquer erro pode virar prejuízo. O brasileiro passa, em média, 33 horas por semana na internet e é pouco cuidadoso ao acessar e-mails e sites suspeitos ou publicar informações pessoais em redes sociais.
Em pesquisa feita pela Symantec, empresa especializada em segurança na rede, 76% dos adultos brasileiros entrevistados disseram já ter sido vítimas de golpes. Em média, tiveram prejuízo de R$ 2,5 mil.
Só no ano passado, a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática registrou 1.016 queixas de usuários. A delegada titular da DRCI, Helen Sardenberg explica que 76% das queixas envolvem crimes contra a honra - sempre realizados em redes sociais, como Orkut, Facebook ou Twitter, onde as pessoas costumam se expor sem qualquer proteção. Pesquisa inédita da ONG SaferNet, feita com adolescentes fluminenses sobre hábitos de navegação e segurança na internet, mostrou que quase metade admite que coleciona mais de 30 amigos virtuais.
Professora caiu em golpe de falso site de banco
Inaugurada em 2000, a DRCI\/ RJ já registrou, desde o início do ano até 18/08, 701 queixas de internautas. Para a delegada, o número de crimes virtuais deverá crescer a cada ano, já que aumenta também o número de pessoas que possuem computador e acessam a internet.
Atualmente, 66 milhões de pessoas no Brasil acessam a internet. No Rio, grande parte das queixas são de internautas que acessam as redes sociais - disse a policial, lembrando que os crimes patrimoniais vem em segundo lugar como motivo de queixas. - Hoje o criminoso virtual busca lucro financeiro, não mais a fama.
Entre os casos investigados, segundo a delegada, está o de uma professora aposentada, que recebeu um e-mail pedindo para que ela recadastrasse as senhas do cartão do banco: - A vítima disse que, como era o segundo e-mail e a página era muito igual a do banco, ela acreditou que tudo estava certo. Mas não estava. Era golpe.
Segundo a policial, a professora digitou os números e caiu na armadilha. Com os dados, os criminosos sacaram R$ 2,5 mil da conta bancária - o prejuízo foi ressarcido pelo banco.
De acordo com a delegada, as crianças estão mais propensas a clicar em links suspeitos. Programas que protegem a máquina ajudam, mas a principal proteção é o próprio internauta.
É básico: evitar de clicar em links que venham de emails desconhecidos, usar um programa de segurança atualizado e nunca botar senhas em links suspeitos.
Investigadores da DRCI explicaram que outro crime comum na internet é a fraude com cartões de crédito. Quando uma pessoa compra algo usando o cartão, seus dados ficam armazenados na empresa que fez a venda. Se alguém conseguir invadir o sistema da empresa, poderá ter acesso aos dados.
O perigo existe mesmo nos chamados sites seguros. No momento da compra, realmente não há perigo de alguém descobrir o número do cartão. Mas, se o sistema que armazena os dados for vulnerável, um hacker pode acessá-los - explicou um policial do DRCI, que pediu para não ser identificado.
Segundo dados analisados na DRCI, em uma estimativa de mil inquéritos em andamento, 60% são contra a honra; 15% são casos de furto mediante fraude, como nos roubos em contas bancárias; 8% são de estelionato, como compra e venda realizadas por empresas que não existem, e 3% correspondem a pedofilia e pornografia infantil.
Os internautas têm que ter na consciência, que a internet é um espaço público. Os cuidados são os mesmo que no mundo real. Não se expor.
Por causa do aumento do número de crimes virtuais e de vítimas do uso indevido da internet, a delegada explicou que as pessoas podem registar os casos de crime virtual em qualquer delegacia, além da DRCI.
A delegada criticou como centenas de pessoas usam redes sociais, como o Twitter, sem o mínimo de responsabilidade. - Não vou citar o nome da pessoa. Famoso, ele colocou no twitter que, naquele hora, estava em tal lugar, fazendo tal coisa. As pessoas tem que ter, no mínimo, um bom senso.
Ronaldo Braga
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