A crise financeira mundial parece ter favorecido os negócios no segmento de franquias. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) apurou que desde dezembro de 2008 houve um aumento de 25% no número de interessados em abrir um negócio nesses moldes. Em 2008, o setor faturou R$ 55 bilhões – 19,5% a mais do que em 2007. O número surpreendeu a Associação, que havia previsto um crescimento de 17% para o período. As informações foram divulgadas por Ricardo Camargo, diretor executivo da entidade, durante reunião-almoço da diretoria da CDL de Porto Alegre (RS), realizada no dia 19 de maio. Também estiveram presentes Gustavo Schifino, presidente interino da CDL da capital gaúcha, Adir Ribeiro, sócio-diretor do Grupo Cherto e Rafael Estevez, advogado e especialista em direito civil.
Crise – O dirigente da ABF pontuou que, apesar de a crise internacional assustar consumidores de todo o mundo, há elementos que impactam positivamente. Segundo ele, no Brasil, os setores mais afetados com a crise – automobilístico, financeiro e construção civil – não são representativos no mercado de franquia. “Além disso, três fatores contribuíram – e muito – para os números do ano passado: aumento dos níveis salariais, aumento da taxa de emprego verificado até outubro e acesso das classes C e D ao consumo”, explica o executivo.
Opção – Outro argumento de Camargo é que, historicamente, quando o mercado sofre com demissões, muitos profissionais optam pelo negócio próprio e, nesse momento, o modelo de franquia leva vantagens. Para 2009, a expectativa é que o setor cresça 13%, já considerando o fator crise. “O ponto comercial, na maioria das vezes, é o investimento mais significativo para quem deseja iniciar no mercado de franquias. Com a crise, o preço destes ativos caiu no Brasil e no mundo”, indica.
Atualmente, operam no Brasil 1.379 redes de franquia, responsáveis por aproximadamente 648.000 postos de trabalho diretos e 2.592.000 indiretos.
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