quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CNDL se posiciona contra CPMF

CNDL promete fazer grande movimento contra a retomada da CPMF

O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, propôs uma mobilização contra a volta da CPMF. É mais uma mostra de que a sociedade brasileira é contra o Imposto do Cheque. CPMF, nunca mais!
Vamos fazer uma lista negra em cada Estado de todos aqueles que defendem a volta do imposto, disse o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior

BRASÍLIA – O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, prometeu fazer um grande movimento de identificação dos políticos que defenderem a retomada da CPMF, o imposto do cheque. “Como da outra vez, vamos dar divulgação plena aos mentirosos. Vamos fazer uma lista negra em cada Estado de todos aqueles que defendem a volta do imposto. Será o Serviço de Proteção ao Contribuinte (SPC)”, disse ele, brincando com a sigla de Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) usado para minimizar o calote de consumidores no varejo.
Segundo Pellizzaro Junior, a lista negra ficará pronta assim que houver a votação sobre a CPMF. “O assunto só veio à pauta após eleições. Isso é estelionato eleitoral, pois o povo tinha o fim da CPMF como definitivo”, argumentou. Ele defendeu que, se fosse para entrar em pauta, a volta da contribuição deveria ter sido discutida durante a campanha. “O tema não estava em nenhum plano de governo que eu tenha conhecimento, e voltar ao assunto é trair seu próprio eleitor”, alegou.
Para o comércio, o primeiro impacto da volta da CPMF seria o enxugamento da liquidez da economia, segundo o presidente da entidade. Ele deixou claro que qualquer incidência de contribuição é repassada para o produto. “Todo imposto termina em sua excelência, o consumidor”, resumiu.
Além de se dizer incomodado com a carga tributária da ordem de 35%, o líder do varejo chamou de “aberração” do momento tratar da volta da contribuição quando se discute a possibilidade de se fazer reforma tributária. “Isso se chama hipocrisia: ou discute reforma ou aumento de carga.”
Apesar das críticas, Pellizzaro Junior disse não esperar nenhuma mudança substancial na economia com a gestão da presidente eleita, Dilma Rousseff, a partir de 2011. “O que esperamos mais é um ajuste fiscal, mas como a economia está aquecida, não deve gerar muito impacto”, previu. Para ele, apesar da atividade forte, não há necessidade de aumento de juros pelo Banco Central, pois a demanda está sendo suprida pela importação de produtos a preços menores. “Isso não gera inflação muito grande”, avaliou.
Célia Froufe, da Agência Estado

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