segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Meu colega é cheiroso demais...

Roberto era um advogado brilhante, competente e de uma postura profissional exemplar. Só tinha um defeito, usava um perfume extremamente forte. Ele trabalhava no escritório até ao meio dia, só que o escritório ficava “cheiroso” até as quatro horas da tarde. Exagero? Pergunte aos colegas que tinham problemas de rinite e enxaqueca. Infelizmente ele não conhecia uma das regras básicas da boa convivência no trabalho: perfume não pode chegar antes de você nem ir embora muito depois.
Ninguém nega que é possí­vel alterar o estado de espírito de uma pessoa através de seu nariz. Segundo Alan Hirsch, os cheiros são, de longe, a forma mais rápida de alterar o hu­mor de uma pessoa. Isso ocorre porque o lóbulo olfativo é a parte do cére­bro que governa as emoções.
Um cheiro pode lembrar uma pessoa de momentos infelizes, como no exemplo do Sr. Roberto ou felizes. Pesquisas demonstram que pessoas acima dos 50 anos são mais propensas a ter essas lembranças de felicidade ao sentir cheiros naturais: rosas, maresia, laranjas e limões. Já as pessoas com menos de 40 anos costumam ter essas lembranças ao sentir cheiros sintéticos: amaciante de roupas, loção de bronzear, interiores de automóveis.
Os cientistas estão buscando por uma nova aplicação farmacêutica, e não me­ramente cosmética, para a capacidade dos odores além de perfumar poderem curar.
Professor Menegatti

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