sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Comércio do Rio foi o que menos cresceu desde 1997

Levantamento comparativo das dez principais capitais do país (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre, Recife e Manaus) realizado pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL-Rio), apontou que o crescimento da atividade econômica do Rio, entre esses 10 anos, registrou 11,9%, enquanto os demais estados mantiveram uma média de 26,1%.
O estudo, batizado de Radiografia do Comércio, compreende o período de 1997 a 2007. A pesquisa utilizou, segundo o CDL-Rio, dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e do Emprego. Os resultados, de acordo com a entidade ficaram aquém do esperado.
"Estamos preocupados com esse crescimento de 11,9%. O Rio ficou em último lugar no percentual de crescimento da atividade econômica. Chegou o momento de estabelecermos um projeto de desenvolvimento para a cidade." - disse o presidente do CDL-Rio, Aldo Gonçalves.
Segundo Gonçalves, a cidade do Rio de Janeiro, após a mudança da capital para Brasília em 1960, vem passando por um contínuo processo de perda de participação na economia brasileira. Entre 1970 e 2006, o Pib da cidade registrou uma queda de participação de 62,5% no Pib nacional, uma trajetória que deriva da transferência da capital e da carência de estratégias de fomento ao seu desenvolvimento econômico-social, disse.

Empregos
O presidente do CDL-Rio lembrou que o setor de comércio varejista é um forte empregador de jovens. De acordo com dados da Rais para 2007, enquanto para o total de atividades econômicas existentes na cidade do Rio, apenas 14,4% encontram-se na faixa de 18 a 24 anos de idade, no comércio varejista esse percentual é de 25,4%.
Gonçalves disse que o CDL-Rio, com esse estudo, inaugura um ciclo de atividades que contribui para a ampliação do conhecimento local e para o desenho de estratégias de fomento ao desenvolvimento econômico-social da cidade, contemplando todas as suas comunidades, bairros e regiões administrativas.
O Rio de Janeiro e a região metropolitana do Rio de Janeiro vêm recebendo uma série de investimentos que podem contribuir, principalmente com o refinamento de estratégias, para sua dinamização econômica e melhoria nas condições de vida da população carioca em todas as suas localidades, concluiu Gonçalves.
Luan Seixas - Jornal do Commercio RJ

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