terça-feira, 6 de julho de 2010

Redecard avança em captura de transação por celular

Solução é utilizada por 11 mil profissionais autônomos, que conseguem aumentar as vendas com o parcelamento no cartão.

As tecnologias de meios de pagamento eletrônico pelo celular começam a se popularizar entre profissionais autônomos que precisam de uma solução com mobilididade e de baixo custo.

A solução Foneshop Captura, da Redecard, tem hoje 11 mil profissionais cadastrados. Mas o potencial desse mercado é muito grande.

"No Brasil existem 2,4 milhões de vendedores diretos, que em 2009 registraram R$ 5,7 bilhões em vendas", afirma Emerson Duran, diretor de produtos de captura da Redecard, citando dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).

E eles têm percebido um benefício importante: o aumento das vendas. "Com o recurso, o revendedor tem a possibilidade de parcelar o pagamento de seu cliente, o que pode ajudar a alavancar as suas vendas", comenta Lírio Cipriani, presidente da ABEVD.

Segundo estudo encomendado pela Redecard ao Ibope, 39% dos clientes perceberam aumento nas vendas após adotarem o Foneshop Captura.

De acordo com Cipriani, embora predomine no setor os produtos com pagamento à vista no portfólio dos cosméticos e perfumaria, algumas empresas de vendas diretas oferecem produtos mais caros, como eletrodomésticos de linha branca e até mesmo pacotes de viagens.

"Para estes, cujos preços são mais elevados, a adesão à compra parcelada representa uma grande oportunidade", completa Cipriani, que é diretor executivo do Instituto Avon.

Custos

Um dos fatores que explicam a pouca presença dos meios eletrônicos de pagamentos em segmentos de venda porta-a-porta e táxis é valor do aluguel do terminal de captura (POS), que também não é nada prático para ser carregado pelos revendedores.

"O aluguel do POS é de cerca de R$ 140 por mês, o que para um delivery, táxi ou venda porta-a-porta pode inviabilizar a aceitação do cartão", comenta Duran.

Ele explica que a taxa do serviço de Foneshop seria de R$ 9,90 por mês, para cobrir os custos de conectividade e atualização de software. Ela, contudo, não está sendo cobrada para que o uso da tecnologia seja incentivado e ganhe escala.

"Precisamos mostrar que essa solução é útil e que pode ser utilizada pelo mercado", diz Duran.

O custo que o vendedor tem é a taxa de desconto que existe em qualquer transação com cartões de crédito, além da conectividade com a internet necessária durante a transação, cobrada pela operadora do celular.

O Foneshop foi criado em 2007, mas começou efetivamente a ser usado no ano passado. Sua versão inicial já foi melhorada 16 vezes para ficar mais leve e diminuir a incompatibilidade.

Segundo Duran, no início o índice de incompatibilidade do aplicativo com os celulares chegava a bater 50%, pois os aparelhos não tinham acesso a internet ou os requisitos de segurança necessários para o sistema.

Mas com as melhorias do sistema e o alto índice de substituição dos celulares hoje a incompatibilidade é de menos de 5%.

A solução está disponível apenas para as transações de crédito por questões de segurança, pois se uma transação estiver com o valor errado ou for feita de forma indevida é possível cancelá-la.

Como a transação de débito o dinheiro é transferido na hora há mais chances de fraudes. "Mas isso não exclui que no futuro desenvolver um sistema que exija uma senha, por exemplo", diz Duran.

A expectativa é que em quatro anos as transações pelo celular representem 10% do volume de transações da empresa, volume do comércio eletrônico.

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