Até o momento, contudo, não há acordo entre as empresas varejistas
Uma nova fusão pode acontecer no varejo brasileiro em breve. As Lojas Americanas - com 479 lojas - e a Casa&Video (mais de 70) confirmaram ontem rumores de mercado e anunciaram que estão em negociações.
Segundo fato relevante das Lojas Americanas divulgado ontem à noite, após fechamento do mercado, a empresas estão em "caráter preliminar das discussões", mas "não há garantias de que qualquer acordo poderá ser consumado a partir dessas conversações".
A Casa&Video, também em nota, admitiu que tem despertado interesse de diversos grupos varejistas. Contudo, "não há, até o momento, nenhum compromisso firmado com qualquer dos interessados". Segundo analistas, a fusão entre as varejistas só seria positiva para as Lojas Americanas, caso os passivos - como os trabalhistas - ficassem de fora das negociações.
- A Lojas Americanas já têm alguma dívida. Portanto, mais dívida não seria bom neste momento.
De qualquer maneira, é difícil acreditar em ativos da Casa&Video caríssimos - comentou um analista.
Fusão não afetaria concentração no setor Na opinião de Nelson Barrizelli, professor da FEA-USP, a união entre Lojas Americanas e Casa&Video não seria como as fusões ocorridas recentemente.
Para ele, seria um "prolongamento da Lojas Americanas".
- Seria uma extensão do negócio das Lojas Americanas.
E não afetaria o processo de concentração do setor de varejo brasileiro - disse ele.
Se sair do papel, essa parceria seria mais uma do setor.
Anunciada em dezembro passado, a compra das Casas Bahia deu ao Pão de Açúcar - que está sendo reavaliada - a liderança isolada do setor de varejo de eletrodomésticos no país, com faturamento anual em torno de R$ 18 bilhões. Em março deste ano, a fusão de Insinuante e Ricardo Eletro criou a segunda maior rede de varejo de eletrodomésticos do país, a Máquina de Vendas.
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