Não se fala mais em crise. Pelo menos não no comércio. O setor se prepara para um Natal de vendas excepcionais, com crescimento de até 30% sobre o desempenho do ano passado, quando a turbulência global represou o consumo. As redes varejistas já temem a falta de produtos, principalmente aparelhos de televisão LCD, computadores e celulares, em função da grande procura.
Algumas redes estão antecipando a programação de compras para minimizar a falta de produtos na véspera do Natal. Nilso Berlanda presidente da rede Berlanda, diz que a situação tende a se agravar no final do ano.
- A televisão LCD é o presente da vez. Os computadores estão com preços mais baixos em função da queda do dólar. Celulares também. E se a redução do IPI for prorrogada, corremos o risco de faltar também produtos da linha branca - aposta.
Para estocar os produtos, a Berlanda alugou um depósito extra com 5 mil metros quadrados porque o galpão normalmente utilizado, de 18 mil metros quadrados, já é insuficiente.
O diretor comercial das Lojas Koerich também estima crescimento nas vendas de Natal e confirma que alguns produtos já estão em falta.
- Alguns modelos de aparelhos de televisão, por exemplo, estão em falta. A redução do IPI e os juros mais baixos beneficiaram o consumidor. Diante das dificuldades deste ano, vamos tentar recuperar no Natal - diz.
As lojas Colombo apostam num Natal competitivo e planejam alta de 5% nas vendas sobre 2008, um ano considerado ótimo em negócios e rentabilidade, segundo o diretor de Marketing da empresa, Thiago Baisch. Para enfrentar o consumo, a Colombo reforçou as encomendas.
- Setembro abriu um "novo humor" no comércio, com alta nas vendas - analisa.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional do Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Júnior, em nível nacional, o varejo aposta em vendas até 10% superiores às do ano passado.
- A CNDL aconselha os comerciantes a conversarem com a indústria e a fazerem os estoques necessários para evitar falta - alerta.
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