segunda-feira, 21 de junho de 2010

Quero meu cliente de volta

O comércio mês a mês tem apresentado resultados positivos. Está se firmando como uma atividade econômica responsável pela melhora do desempenho econômico do Brasil mesmo quando o País enfrentou a crise mundial.
Isso só foi possível pela existência de um fato gerador, o consumidor que manteve o crédito e ampliou os níveis de venda do mercado brasileiro. Assim, qualquer comerciante, de menor ao maior porte, de qualquer ramo ou localização geográfica, sabe que seu maior ativo e patrimônio é a sua carteira de clientes.
Hoje, o que estamos constatando é que, a cada dia, perdemos mais e mais clientes que, por falta de crédito, não consegue fazer girar a roda da atividade econômica, que ao consumir, gera vendas, gera produção, gera emprego. É a renda do trabalhador que vai dar força ao movimento desta roda.
Os números divulgados recentemente pela mídia mostram claramente isto: o aumento de consumidores que passaram a utilizar o crédito rotativo dos cartões de crédito e que dispararam em fevereiro. Registraram uma alta de 45,5% o que representa R$ 15,1 bilhões de pessoas fadadas a entrarem para o rol dos inadimplentes. São os excluídos do sistema, os incapazes de fazer girar a roda da atividade econômica, inibindo o desenvolvimento do Brasil.
Visto como principal produto do sistema financeiro, são os cartões de crédito que cobram juros arbitrários, em geral superiores a 10% ao mês que impedem o consumidor liquidar os débitos contraídos, fazendo com que aumente os números de inadimplência dos brasileiros. O comércio varejista não compactua com essa situação.
Enquanto isso, a entidade que reúne a indústria dos cartões de crédito qualifica isto como normal. Os números falam tudo. Do total da inadimplência apresentada pelos bancos de dados de crédito brasileiros, entre 30% e 40% é oriunda dos cartões de crédito.
Providências devem ser tomadas para que o consumidor brasileiro não quebre, levando com ele todo o resto. Precisamos tomar uma posição, não de medo e sim de ação efetiva. Temos que enfrentar esse grupo que detém uma atividade concentrada e que gera lucros imensos. Precisamos impor a eles limites aos abusos. Para isso, nossos representantes no Congresso Nacional, nos Governos e Magistrados precisam estar ao lado com o povo como um todo e não à disposição de alguns. É necessária e urgente a regulamentação da indústria de cartões de crédito que cresce a cada dia sem qualquer controle.
O comércio brasileiro quer o SEU CLIENTE DE VOLTA apto a comprar, com crédito saudável e utilizando a renda destinada ao consumo.
Os lojistas não devem deixar de se impor por pagamento de juros absurdos e impagáveis.
Fonte: CNDL

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