sexta-feira, 9 de julho de 2010

INDICADOR CNDL – SPC BRASIL DE VENDAS E INADIMPLÊNCIA

Junho/2010

NÚMERO DE CONSULTAS REALIZADAS JUNTO AO SPC BRASIL

Na comparação Junho/10 com Maio/10, o número de consultas realizadas para compras a prazo e pagamentos em cheque, de acordo com os dados do SPC Brasil, maior entidade e banco de dados da América Latina em informações econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios, apresentou queda de -5,43%. Mesmo junho sendo o mês do dia dos namorados onde as vendas se aquecem, em 2010 tivemos a realização da Copa do Mundo de Futebol que ocorre apenas a cada 4 anos.E como o esporte mostra-se bastante popular entre os brasileiros, o comércio não funcionou integralmente nos dias dos jogos da seleção brasileira, o que diminui as vendas e conseqüentemente as consultas. Além disso, tivemos menos dias úteis no mês junho e o resultado final foi prejudicado pela forte base de comparação, pois em maio ocorre o Dia das Mães.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Junho/09), o número de consultas apresentou crescimento de +9,24%. E no acumulado do ano +7,88%. Reflexo do maior dinamismo da economia, o nível de desemprego se mantém em declínio no país atingindo menor patamar da série histórica para um mês de Maio 7,5% ante 8,8% no mesmo período do ano passado. O rendimento real médio dos trabalhadores que ficou em R$ 1.417, apresentando um aumento de 2,5% com relação ao mesmo período de 2009. O estoque do crédito voltado para pessoas físicas teve uma evolução de +17,3% no acumulado do ano. Essa combinação de empregos, renda e crédito tem exercido papel fundamental na economia no sentido de manter o potencial de consumo das famílias aquecido.

Indicador - Consultas ao SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Jun.10/Mai.10....................+5,43
Jun.10/Jun.09....................+9,24
Jan – Jun.10/Jan – Jun.09....................+7,88

Consultas (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Março..............................+24,97..............................+8,93..............................+7,44
Abril..............................-8,95..............................+8,67..............................+7,75
Maio..............................+13,25..............................+7,27..............................+7,65

REGISTROS JUNTO AO SPC BRASIL

O número de registros junto ao SPC BRASIL apresentou, na comparação com o mês imediatamente anterior, um leve crescimento de +5,59% em Junho/10. O crédito vem exercendo papel significativo na economia uma vez que ele atua no sentido de financiar o consumo das famílias, mas pode acabar impactando os níveis de inadimplência principalmente quando novos entrantes no mercado não têm o hábito de fazer um planejamento orçamentário e acabam endividados. O aumento da taxa de juros básica a SELIC (10,25%) se mostra outro problema encarecendo o custo do crédito o que diminui o poder de compra do consumidor. Outro fator que corrobora o resultado é a pressão significativa das dívidas no cartão de crédito que possuem os juros mais abusivos do mercado podendo chegar em um ano a 238,3%.
No mês de Junho de 2010 a maioria 54,9%, das pessoas registradas no SPC BRASIL, foi do sexo feminino, e a minoria 45,1% do sexo masculino. Por faixa etária, 26,78% dos registros ocorreram na faixa de idade entre 30 a 39 anos, e a minoria, 7,13% com idade acima de 65 anos. Já as pessoas entre 40 e 49 tiveram 21,38%, de 50 a 64 (16,36%), os de idade entre 18 a 24 (13,95 %), e de 25 a 29 (13,39%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (Junho/09) verificou-se um crescimento de +1,17%. O crédito para pessoa física, vem exercendo pressão positiva no consumo, as operações totais cresceram +17,3% no acumulado do ano. O que representa um volume inédito de R$ 502,2 bilhões no mês de maio. A maior dinâmica do comércio ocasionou esta pequena elevação no índice da inadimplência.
E no acumulado do ano houve uma queda -1,51%. Dados do primeiro trimestre confirmam ótimo desempenho da economia esse ano, quando crescemos 9%. Por causa disso, o mercado de trabalho no país mostra-se aquecido com 298 mil empregos gerados apenas em maio (recorde mensal) e 1,260 milhão no acumulado de 2010. O impacto do aumento de 9,7% do salário mínimo também foi determinante, para que houvesse esse pequeno recuo.

Indicador - Registros SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Jun.10/Mai.10....................+5,59
Jun.10/Jun.09....................+1,17
Jan – Jun.10/Jan – Jun.09....................-1,51

Registros (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Março..............................+11,68..............................-2,79..............................-2,91
Abril..............................-7,87..............................-3,93..............................-3,18
Maio..............................-0,65..............................+2,07..............................-2,07

PERFIL DA INADIMPLÊNCIA

Em Junho/10, registrou-se maior número de inadimplentes nas faixas abaixo de R$ 250,00 (78,42%). A concentração em valores baixos é explicada grande disponibilidade do crédito a juros baixos o que favorece os parcelamentos das compras. Quanto maior o número de parcelas, menor seu valor (apesar de maior ser o montante pago em juros). A inadimplência, por sua vez decorre do acúmulo de obrigações e do comprometimento da renda por períodos mais longos.

Faixa de Valor..........Percentual
De R$ 0,00 a R$ 50,00..........35,79
De R$ 50,01 a R$ 100,00..........21,36
De R$ 100,01 a R$ 250,00..........21,27
De R$ 250,01 a R$ 500,00..........9,79
Acima de R$ 500,00..........11,85

CANCELAMENTO DE REGISTROS NO SPC BRASIL

No que diz respeito ao volume de cancelamento de registros, ou seja, pessoas que regularizaram seus débitos junto ao SPC BRASIL, observamos em Junho/10, uma queda de -3,07%. O aumento do salário mínimo, aliado ao final dos pagamentos dos compromissos de início do ano, permite dizer que os consumidores, à medida que melhoram o orçamento, vêm procurando regularizar seus débitos em meses anteriores para poderem voltar a consumir.
No mês de Junho de 2010 o sexo feminino realizou 55,69%, dos cancelamentos, já o sexo masculino representou 44,31%. Por faixa etária, a maioria dos cancelamentos, 27,33%, ocorreu com idade entre 30 a 39 anos, e a menor parte (7,05%) ocorreu com indivíduos de idade acima de 65 anos. Já os com idade entre 40 a 49 tiveram 22,63 %, os de 50 a 64 (18,02 %), de 25 a 29 (13,66%) e de 18 a 24 (10,27%).
No mês de Junho/2010 23,62%, dos consumidores ficaram inadimplentes até 13 dias, 15,03 % até 30 dias; 9,1% até 60 dias; 4,91% até 90; 9,43% até 180 e 7,78% dos consumidores ficaram até 360 dias. Já 14,31 % dos consumidores ficaram até 2 anos; 7,52 % 3 anos; 3,76% 4 anos; 3,3% 5 anos e 1,25% prescreveram.
Na comparação com Junho/09, observou-se uma variação de +4,04%. E no acumulado do ano um aumento de +5,81%. A economia está mostrando bons resultados tanto geração de empregos, como no aumento dos rendimentos. O nível de confiança dos consumidores medido pela FGV subiu em junho +10% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Além da melhora no quadro de empregos e nos rendimentos, tivemos o abono salarial do PIS, que injetou R$ 6,4 bilhões na economia, beneficiando quase 14 milhões de pessoas físicas e a restituição do 1º lote do Imposto de Renda para 1,5 milhão de contribuintes no valor de R$ 1,8 bilhão fazendo com que muitos buscassem quitar seus débitos.

Indicador - Cancelamentos SPC BRASIL

Período....................Variação (%)
Jun.10/Mai.10....................-3,07
Jun.10/Jun.09....................+4,04

Jan – Jun.10/Jan – Jun.09....................+5,81

Cancelamentos (%)

MÊS..........Mês imediatamente anterior..........Mesmo mês ano anterior..........Acumulado do ano
Março..............................+14,13..............................+9,87..............................+7,42
Abril..............................-3,61..............................+4,92..............................+6,68
Maio..............................+7,49..............................+4,45..............................+6,22

CNDL/SPC BRASIL INDICADOR DE VENDAS E INADIMPLÊNCIA

A inadimplência (número de registros incluídos no SPC Brasil) apresentou um crescimento de 5,59% em junho de 2010, em relação a maio. Um dos fatores que influenciaram esse resultado foi o crédito que vem exercendo um papel significativo na economia no financiamento ao consumo das famílias, mas ao mesmo tempo pode acabar impactando os níveis de inadimplência principalmente quando novos consumidores no mercado não tem o hábito de fazer um planejamento orçamentário e acabam endividados. O aumento da taxa de juros básica a Selic (10,25%) é outro problema, pois encarece o custo do crédito reduzindo o poder de compra do consumidor. Outro fator que corrobora o resultado é a pressão significativa das dívidas de cartão de crédito que possuem os juros mais abusivos do mercado podendo chegar a 238,3% em um ano.
O número de consultas ao SPC Brasil (maior banco de dados da América Latina), para compras a prazo e pagamentos de cheque apresentou queda de 5,43%. Mesmo junho sendo o mês do Dia dos Namorados onde as vendas se aquecem, este ano teve a realização da Copa do Mundo que ocorre apenas a cada quatro anos. Como o
futebol é bastante popular entre os brasileiros, o comércio não funcionou integralmente nos dias dos jogos da seleção brasileira, o que diminuiu as vendas e consequentemente as consultas. Além disso, tivemos menos dias úteis no mês de junho e o resultado final foi prejudicado pela forte base de comparação, pois em maio ocorreu o Dia das Mães. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior (junho/09), o número de consultas apresentou crescimento de 9,24%. E no acumulado do ano 7,88%. O resultado foi reflexo do maior dinamismo da economia, o
nível de desemprego que se mantém em declínio no país atingindo menor patamar da série histórica para um mês de maio de 7,5% ante 8,8% no mesmo período do ano passado.
A maioria (54,9%) das pessoas registradas no SPC Brasil foi do sexo feminino, e a minoria (45,1%) do sexo masculino. Por faixa etária (26,78%) dos registros ocorreram na faixa de idade entre 30 a 39 anos, e a minoria (7,13%) com idade acima de 65 anos. Já as pessoas entre 40 a 49 tiveram (21,38%), de 50 a 64 (16,36%), os de idade entre 18 a 24 (13,95%), e de 25 a 29 (13,39%).
O volume de pessoas que regularizaram seus débitos junto ao SPC Brasil teve uma queda de 3,07%. O aumento do salário mínino, aliado ao final dos pagamentos dos compromissos do início do ano, permite dizer que os consumidores, à medida que melhoram o orçamento, vem procurando regularizar seus débitos em meses anteriores para poderem voltar a consumir.

PESQUISA

O Indicador CNDL/SPC Brasil de Vendas e Inadimplência é apurado com base na média de consultas ao banco de dados em todos os Estados do País e no Distrito Federal. Atualmente, o cadastro de consumidores conta com aproximadamente 150 milhões de CPFs (Cadastro de Pessoas Físicas), dentre os quais existem pessoas com débitos e também aquelas que apenas foram consultadas, mas que se encontra em dia com os seus compromissos financeiros.
O Indicador CNDL/SPC Brasil de Vendas e Inadimplência tem como principal objetivo medir a variação do volume de consultas, tanto de vendas, quanto de recuperação de crédito, em períodos pré-determinados. O público-alvo desta pesquisa é amplo. Abrange não apenas os comerciantes, mas empresários de todos os setores da economia, interessados em auferir com segurança a situação das vendas, recuperação e/ou agravamento da crise econômica, risco de crédito, aumento da inadimplência, elevação no SPC Brasil crescimento de 5,59%

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE DIRIGENTES LOJISTAS (CNDL)
SERVIÇO NACIONAL DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO (SPC BRASIL)
Jesus Ribeiro - In Press Porter Novelli - Assessoria de Imprensa
(61) 3213-2030 – 3323 8764 – (61) 9974-3347
jesus.ribeiro@inpresspni.com.br – www.inpresspni.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

PROCURA-SE

A CDL Miracema está precisando de um(a) Promotor(a) de Vendas para trabalho temporário.

Maiores informações na Rua Marechal Floriano, 30 - Alto - Centro.

MUNICÍPIO DE MIRACEMA

Justiça Eleitoral 112ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro

A Justiça Eleitoral informa aos eleitores miracemenses que nas eleições deste ano, para votar será obrigatória a apresentação de:

- Título de Eleitor, e
- um documento de identificação que tenha foto, (como Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho, Carteira de Motorista, Certificado de Reservista ou Carteira Profissional).

Não será aceito o documento de identificação que esteja com sua validade vencida.

Veja bem, só poderá votar o eleitor que no momento da votação apresentar o seu Título de Eleitor e também um documento de identificação válido e que contenha suafotografia.
Verifique seus documentos veja se está com seu Título e um documento de identificação válido e com foto, se não tiver algum destes ou ambos, providencie-os já, não deixe para a última hora.
Caso necessite da segunda via do seu Título de Eleitor, você deverá comparecer ao Cartório Eleitoral, levando a cópia de um documento de identificação e a cópia de um comprovante de residência, até o dia 23 de setembro, no horário de 11 às 19 horas.

“Fortaleça nossa democracia, não deixe de votar”

Mais informações:
Av. Dep. Luiz Fernando Linhares, 131 - Fórum Antigo - Telefone: (22) 3852-0455


Jornal Dois Estados

terça-feira, 6 de julho de 2010

SDE de olho em possível combinação de preços por credenciadoras de cartão de crédito

A Secretaria de Direito Econômico (SDE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, prometeu acompanhar de perto os primeiros capítulos do episódio do fim da exclusividade entre bandeira (Visa e Mastercard) e credenciadoras (Cielo e Redecard), a partir de 1° de julho.

O coordenador-geral de Análise Econômica, Paulo Britto, disse ao iG que, embora seja consenso que essa nova realidade trará benefícios aos consumidores, existe uma possibilidade de o duopólio formado por Cielo e Redecard combine preços para locar suas maquininhas.

A estratégia das empresas de combinar preços visaria evitar perdas de receita e de clientes, já que agora os lojistas poderão escolher apenas uma marca de maquininha, uma vez que não existirá mais contratos de exclusividade entre Visa e Cielo, por exemplo.

“Sabemos que quando há fim de monopólios, a probabilidade de combinação de preços tende a aumentar, o que não significa que as empresas irão adotar essa manobra. Porém, vamos ficar muito atentos a elas”, explica Britto.

“Hoje, 12% das reclamações fundamentadas de consumidores, ou seja, que viram processos administrativos, referem-se a denúncias contra cartões de crédito. Esperamos que, agora, esse patamar diminua, mas também sabemos que as credenciadoras vão querer garantir mercado”.

Autor: Cristiano Zaia, de Brasília

Redecard avança em captura de transação por celular

Solução é utilizada por 11 mil profissionais autônomos, que conseguem aumentar as vendas com o parcelamento no cartão.

As tecnologias de meios de pagamento eletrônico pelo celular começam a se popularizar entre profissionais autônomos que precisam de uma solução com mobilididade e de baixo custo.

A solução Foneshop Captura, da Redecard, tem hoje 11 mil profissionais cadastrados. Mas o potencial desse mercado é muito grande.

"No Brasil existem 2,4 milhões de vendedores diretos, que em 2009 registraram R$ 5,7 bilhões em vendas", afirma Emerson Duran, diretor de produtos de captura da Redecard, citando dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).

E eles têm percebido um benefício importante: o aumento das vendas. "Com o recurso, o revendedor tem a possibilidade de parcelar o pagamento de seu cliente, o que pode ajudar a alavancar as suas vendas", comenta Lírio Cipriani, presidente da ABEVD.

Segundo estudo encomendado pela Redecard ao Ibope, 39% dos clientes perceberam aumento nas vendas após adotarem o Foneshop Captura.

De acordo com Cipriani, embora predomine no setor os produtos com pagamento à vista no portfólio dos cosméticos e perfumaria, algumas empresas de vendas diretas oferecem produtos mais caros, como eletrodomésticos de linha branca e até mesmo pacotes de viagens.

"Para estes, cujos preços são mais elevados, a adesão à compra parcelada representa uma grande oportunidade", completa Cipriani, que é diretor executivo do Instituto Avon.

Custos

Um dos fatores que explicam a pouca presença dos meios eletrônicos de pagamentos em segmentos de venda porta-a-porta e táxis é valor do aluguel do terminal de captura (POS), que também não é nada prático para ser carregado pelos revendedores.

"O aluguel do POS é de cerca de R$ 140 por mês, o que para um delivery, táxi ou venda porta-a-porta pode inviabilizar a aceitação do cartão", comenta Duran.

Ele explica que a taxa do serviço de Foneshop seria de R$ 9,90 por mês, para cobrir os custos de conectividade e atualização de software. Ela, contudo, não está sendo cobrada para que o uso da tecnologia seja incentivado e ganhe escala.

"Precisamos mostrar que essa solução é útil e que pode ser utilizada pelo mercado", diz Duran.

O custo que o vendedor tem é a taxa de desconto que existe em qualquer transação com cartões de crédito, além da conectividade com a internet necessária durante a transação, cobrada pela operadora do celular.

O Foneshop foi criado em 2007, mas começou efetivamente a ser usado no ano passado. Sua versão inicial já foi melhorada 16 vezes para ficar mais leve e diminuir a incompatibilidade.

Segundo Duran, no início o índice de incompatibilidade do aplicativo com os celulares chegava a bater 50%, pois os aparelhos não tinham acesso a internet ou os requisitos de segurança necessários para o sistema.

Mas com as melhorias do sistema e o alto índice de substituição dos celulares hoje a incompatibilidade é de menos de 5%.

A solução está disponível apenas para as transações de crédito por questões de segurança, pois se uma transação estiver com o valor errado ou for feita de forma indevida é possível cancelá-la.

Como a transação de débito o dinheiro é transferido na hora há mais chances de fraudes. "Mas isso não exclui que no futuro desenvolver um sistema que exija uma senha, por exemplo", diz Duran.

A expectativa é que em quatro anos as transações pelo celular representem 10% do volume de transações da empresa, volume do comércio eletrônico.

Oito cidades da Copa terão internet a R$ 35 já em 2010, diz Telebrás

Até dezembro, PNBL deve chegar a 16 capitais, incluindo SP e RJ.
Outras quatro sedes do próximo Mundial também devem receber sistema.

Oito das 12 capitais que serão sede dos jogos da Copa 2014 no Brasil terão banda larga a R$ 35 ainda este ano: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Natal e Salvador.
A informação foi confirmada ao G1 na tarde desta sexta-feira (11) pela assessoria de imprensa da Telebrás – órgão reativado pelo governo federal para ser o responsável por implementar o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).
De acordo com o plano de gestão da Telebrás, além das cidades-sede do Mundial de 2014, serão interligadas ao sistema mais oito capitais – Palmas, Aracaju, Goiânia, Maceió, São Luís, Teresina, Vitória e João Pessoa – e outras 100 cidades do Nordeste e Sudeste do país. “A meta para esse ano é implantar o núcleo principal da rede, chamado de backbone, em 16 capitais e interligá-lo com mais 100 cidades, além de ligar 96 pontos corporativos do Governo Federal nas capitais.
Até 2014, chegaremos a 4.278 municípios”, afirmou o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, ao blog da 9ª Oficina para Inclusão Digital, evento que será realizado entre os dias 22 e 24, em Brasília. “O governo vai vender banda larga no atacado para quem quiser oferecer o serviço. Vamos fazer um contrato com fornecedores interessados em disponibilizar o sinal de alta velocidade para o usuário final ao preço de R$ 35. Nos locais onde não houver cobertura suficiente, preço suficiente ou velocidade suficiente, o governo vai fornecer diretamente”, explicou Santanna.
O presidente da Telebrás é um dos convidados da 9ª Oficina para Inclusão Digital, que terá o PNBL como tema de uma plenária e será transmitida ao vivo pela internet. O evento reunirá monitores de telecentros, representantes de instituições de apoio à inclusão digital, gestores de projetos governamentais e privados, membros de conselhos gestores, além de profissionais, estudantes e pesquisadores da área. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site oficial do evento.
Com investimento total é estimado em R$ 13,5 bilhões, o PNBL tem o objetivo de expandir de 11,9 milhões para cerca de 40 milhões o número de domicílios com conexão à internet rápida até 2014 a um preço máximo de R$ 35. A ideia é possibilitar que os mais de 1,7 mil provedores atuantes hoje no país tenham condições de participar do processo de expansão da banda larga, atualmente dominado por três grandes operadoras – Grupo Embratel Net, Telefônica e Oi, que detém 86% da conexão do Brasil. “A banda larga é cara, só existe nos grandes centros, é mais barata nos grandes centros e regiões mais ricas e, em geral, está em regiões com concentração populacional.
As pesquisas mostram que as regiões mais pobres estão excluídas desse processo. Essa infra-estrutura tem de baixar de preço para que o país possa multiplicar os acessos, expandir as possibilidades de negócios e de projetos nas áreas de educação, saúde e segurança”, afirmou Santanna.

Vice-presidente da República manifestou apoio às reivindicações do movimento lojista

O vice-presidente da República, José Alencar, apoia a criação de uma agência reguladora para o mercado de cartões de crédito, o que atende reivindicação dos lojistas. “Ele se mostrou simpático à ideia, o que esperávamos, pois como vice-presidente sempre se posicionou contra os altos juros”, disse, nesta quinta-feira (1º/7), o presidente da FCDL-RS, Vítor Augusto Koch, que participou de audiência do movimento lojista nacional com Alencar, em Brasília.

Ex-diretor da CDL de Belo Horizonte – antes de se tornar industrial, teve loja de tecidos por 17 anos -, Alencar, conforme Koch, prometeu empenhar-se para colocar a CNDL como integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo, federal, o chamado Conselhão. Os comerciantes buscaram o apoio do vice-presidente para que a confederação faça parte do Conselho do Sebrae. “Ele ficou de defender uma cadeira para nós”, revelou Koch.

O presidente da FCDL-RS, que é primeiro vice-presidente da CNDL, informou que Alencar foi convidado para a 51ª Convenção Nacional Lojista, que se realizará em setembro, em Florianópolis. “A audiência durou uma hora e meia, mais do que prevíamos, porque ele mostrou um grande entusiasmo e identificação com o nosso movimento. Viu a nossa união e capilaridade”, declarou Koch.

Fonte: Assessoria de Imprensa FCDL-RS

segunda-feira, 5 de julho de 2010

XI Encontro Latino de Líderes

31 de julho e 1º de agosto - XI Encontro Latino de Líderes

Local: Centro de Convenções do Hotel WTC


Cidade: São Paulo / SP

Palestrantes Confirmados:

- Washington Olivetto (Publicidade - Marketing)
- Gabriel Chalita (Educador - Escritor)
- Ap. René Terra Nova (Lider Cristão)
- Cristina Lôbo (Jornalista)
- Pe. Fábio de Melo (Teólogo - Escrito - Cantor)
- Társis Wallace (Teólogo)
- Augusto Cury ( Psicanalista - Escritor)
- Dr. Italo Rachid (Cientista - Longevidade)
- Samuel Lima (Diretor Corp. Grupo Votorantim)
- Paulo Souza (Empresário Constr. Civil)
- Paulo Castro ( Presidente Terra BR)

Presidenciáveis Convidados:

- José Serra
- Dilma Rousseff
- Marina Silva

Coral e Orquestra Maestro Júlio Medaglia

Inscrições:

www.clamlideres.org.br

MENSAGEM

Atalhos!

Por mais estranho que possa parecer o atalho como a maior distância, já que a palavra sugere “encurtar caminhos”, o atalho é o desvio da rota, faz a estrada ficar mais longa.
O sucesso também é assim, não admite atalhos. Muitas vezes as pessoas nos oferecem atalhos. Uma coisa que aprendi em minha vida: Tudo tem começo, meio e fim.
Os vickings ao irem para a guerra, atracavam seus navios próximo da orla do inimigo... Rumavam para a praia em seus botes... Porém, antes, queimavam seus navios.
Quando iam para luta não tinham outra alternativa, ou lutavam para viver ou morriam... Não tinha volta.
Assim somos nós, precisamos queimar alguns navios de nossa vida, queimar coisas que aconteceram com a gente, coisas de trabalho, de relacionamento pessoal...
É preciso ir em frente, subir no bote e dar rumo aos próximos objetivos e metas. Nós temos que ser guerreiros.
Mesmo se você está numa situação ruim, endividado, o melhor marketing é mostrar a cara. O credor quer ouvi-lo. Isso o tranqüilizará.
A regra de gestão e liderança para o sucesso na condução de equipes é: Seja suave com as pessoas... E severo com os problemas.
Não se iluda! O atalho é não reclamar e seguir a reta. Exemplo: você trabalha aos domingos? Sei que isso não é a oitava maravilha do mundo, mas olhe ao seu redor.
Companhias aéreas, hospitais, farmácias, táxis, hotéis, restaurantes, shoppings centers, polícia militar e civil, companhias elétricas, médicos, praticamente todas as profissões do mundo estão trabalhando aos domingos.
Ajuste o foco! Enquanto você não tiver o poder de mudar o trabalho aos domingos... Lute para ganhar um bom dinheiro e prosperar nos domingos em que for trabalhar.
Não relaxe... O seu cliente não o perdoará.
Se você tiver que trabalhar aos domingos, então dê um show. Se você corre por um belo projeto de vida, essa realidade pode acontecer se você não sair da estrada!
Pense... Rapidez é vida, é dinheiro entrando ou saindo do caixa. Não peque por omissão. Não peque por lentidão. Não coma cru indo apressadamente pelo atalho. Siga sua reta.
A vida não é uma emergência... A vida é uma maratona!
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilclér Regina

domingo, 4 de julho de 2010

Fim da exclusividade estimula entrada de novos players

O fim da exclusividade do compartilhamento de terminais de cartão de crédito, a partir de julho, tornará esse mercado mais competitivo, com redução nas taxas cobradas dos estabelecimentos. A entrada de novos players provocará o aumento da concorrência entre as credenciadas, também chamadas de adquirentes ou processadoras, que desafiará o domínio da Cielo e da Redecard.

Reinaldo Gregori, diretor da Cognatis Geomarketing, empresa especializada em inteligência geomercadológica, lembra que, até então, as bandeiras podiam atuar como uma empresa monopolista: a máquina da Cielo só 558 aceitava cartões Visa, e da Redecard, o Mastercad. Além de acabar com a exclusividade e abrir espaço para a entrada de novos players, o que veremos é uma competição de fato entre as duas grandes adquirentes, avalia.

Décio Burd, diretor de relações com investidores da CSU Cardsystem, empresa que administra cartões de crédito para terceiros, com mais de 23 milhões de unidades em sua base, afirma que o fim das exclusividades irá trazer impacto para todos. Os custos vão cair e permitirão a entrada de novos players nesse mercado.

A chegada da GetNet, do Santander, que vai credenciar, capturar e processar as transações via cartão, e da First Data, que atua no Brasil desde 2002, é líder mundial em comércio eletrônico e serviços de processamento de pagamentos, trará mais competitividade ao mercado de processadoras. Na opinião de Gregori, haverá também players menores, com atendimento regional. A maior concorrência trará benefícios, como taxas mais competitivas, novos modelos comerciais, custos menores e mais flexíveis e o ingresso de novas tecnologias de processamento, prevê. Uma delas, apontada por Gregori, é o pagamento por celular, ainda incipiente no Brasil.

Burt lembra que apenas duas adquirentes brasileiras - Cielo e Redecard - realizam 5,3 bilhões de transações. Os Estados Unidos, por exemplo, processa 58,1 bilhões, feita por 103 adquirentes. No México, são 800 milhões de transações, divididas entre 12 adquirentes e, no Reino Unido dez empresas processam 7,7 bilhões. Isso mostra como esse mercado estava reservado. Um país de dimensões continentais como o Brasil, ter apenas dois adquirentes era muito pouco, pondera.

Para enfrentar a maior concorrência, as empresas precisarão investir mais no relacionamento com os lojistas e na fidelização. É um negócio como qualquer outro, no qual a fidelidade do cliente é o seu maior ativo, pondera Gregori. Ele prevê ainda uma segmentação do mercado de adquirente e uma oportunidade para as grandes processadoras procurarem novas alternativas, agregando serviços e melhorando o atendimento ao lojista.

Burt afirma que o fim da exclusividade também trará acessibilidade para as redes que não aceitavam cartões de atacadista. Para ele, as mudanças irão acontecer ao longo do tempo. Afinal, a estrutura atual foi monta há 25 anos, pondera.

A Bradesco Cartões e o Banco do Brasil, além de serem donas da Cielo, também criaram uma nova bandeira, a Elo. Segundo Cesário Nakamura, diretor da Bradesco Cartões, a iniciativa vai ao encontro da demanda dos reguladores (Banco Central, Ministério da Fazenda e Ministério da Justiça) e clientes, principalmente, no que 558 tange a oferta ao mercado de produtos e serviços mais flexíveis, inovadores e com foco numa ampla aceitação nacional. Com o fim da exclusividade nos adquirentes, a nova bandeira poderá rapidamente alcançar aceitação ampla, sem a necessidade de investimentos pesados.

Adriana Braz

Lojas Americanas anunciam que estão em negociações com Casa&Video

Até o momento, contudo, não há acordo entre as empresas varejistas

Uma nova fusão pode acontecer no varejo brasileiro em breve. As Lojas Americanas - com 479 lojas - e a Casa&Video (mais de 70) confirmaram ontem rumores de mercado e anunciaram que estão em negociações.

Segundo fato relevante das Lojas Americanas divulgado ontem à noite, após fechamento do mercado, a empresas estão em "caráter preliminar das discussões", mas "não há garantias de que qualquer acordo poderá ser consumado a partir dessas conversações".

A Casa&Video, também em nota, admitiu que tem despertado interesse de diversos grupos varejistas. Contudo, "não há, até o momento, nenhum compromisso firmado com qualquer dos interessados". Segundo analistas, a fusão entre as varejistas só seria positiva para as Lojas Americanas, caso os passivos - como os trabalhistas - ficassem de fora das negociações.

- A Lojas Americanas já têm alguma dívida. Portanto, mais dívida não seria bom neste momento.

De qualquer maneira, é difícil acreditar em ativos da Casa&Video caríssimos - comentou um analista.

Fusão não afetaria concentração no setor Na opinião de Nelson Barrizelli, professor da FEA-USP, a união entre Lojas Americanas e Casa&Video não seria como as fusões ocorridas recentemente.

Para ele, seria um "prolongamento da Lojas Americanas".

- Seria uma extensão do negócio das Lojas Americanas.

E não afetaria o processo de concentração do setor de varejo brasileiro - disse ele.

Se sair do papel, essa parceria seria mais uma do setor.

Anunciada em dezembro passado, a compra das Casas Bahia deu ao Pão de Açúcar - que está sendo reavaliada - a liderança isolada do setor de varejo de eletrodomésticos no país, com faturamento anual em torno de R$ 18 bilhões. Em março deste ano, a fusão de Insinuante e Ricardo Eletro criou a segunda maior rede de varejo de eletrodomésticos do país, a Máquina de Vendas.

Lei impede comércio de usar calculadora

Comerciantes e entidades reclamam, mas Fazenda estadual está aplicando multas de até R$ 3 mil

Uma ferramenta, que um dia foi imprescindível na mão dos comerciantes, agora é proibida. O uso de calculadora nos caixas do varejo é considerado ilegal, segundo lei federal que está sendo aplicada pela Fazenda estadual, com multas de R$ 3 mil.

Alguns estabelecimentos de Itajaí e Joinville já foram autuados. A Secretaria da Fazenda diz que a proibição tem como objetivo coibir a sonegação fiscal. Segundo o diretor de Administração Tributária, Edson Fernandes Santos, a lei federal d16 veda o uso de equipamento não fiscal . E o Emissor de Cupom Fiscal (ECF), agora atualizado para o Programa de Aplicativo Fiscal (APF-ECF), torna desnecessário qualquer outro tipo de equipamento. Esses equipamentos são obrigatórios em estabelecimentos com receita anual acima de R$ 120 mil.

O que os fiscais notificam são aqueles estabelecimentos em que a calculadora com fita é usada como se fosse um cupom fiscal, na apresentação da nota final. Porque pretende passar para o consumidor que é um documento fiscal, quando não é.

O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/SC), Sergio Medeiros, alega que o comércio foi surpreendido pelas reclamações de lojistas multados.

Fomos verificar a legislação. Ela é federal e não é nova. Mas o Estado resolveu colocar em prática agora.

Segundo Medeiros, a Fazenda está se baseando no fato de que quem faz contas por fora, com uso da calculadora, está sonegando impostos porque não utiliza o programa do Emissor de Cupom Fiscal (ECF), que faz a cobrança automática de tributos.

Mas hoje até os computadores do sistema têm calculadoras. Qualquer celular também tem o aplicativo. E existem outros casos, como lojas de tecidos ou de material de construção, em que é preciso calcular o metro quadrado, por exemplo. É um instrumento de trabalho. Na minha opinião, essa lei é ridícula diz Medeiros.

A FCDL vai pedir aos deputados para que mudem a legislação. Os autuados devem recorrer. Além disso, Medeiros marcou uma reunião com o Secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, que vai incluir o assunto.

Maioria dos lojistas desconhece a lei

A maioria dos lojistas catarinenses desconhece completamente a lei. Muitos são pequenos mercados, padarias e farmácias que utilizam a calculadora. O farmacêutico Clovis Santos, que não sabia da proibição, questiona a sua legitimidade.

Qual a diferença entre usar a calculadora no balcão e usar a que existe dentro do próprio computador ou em qualquer aparelho celular? indaga, mostrando que, na sua máquina, interligada ao sistema de emissão automática de cupom fiscal, existe um aplicativo de calculadora.

As entidades que representam os comerciantes alegam que muitas lojas têm apenas um computador e vários vendedores. Ter que calcular cada orçamento no sistema, como quer a Secretaria da Fazenda, vai inviabilizar o trabalho, demandar mais tempo e muita paciência por parte dos clientes.

SIMONE KAFRUNI

Novas táticas para fisgar o freguês

Para tornar clientes fiéis, empresas apostam em vender o produto mais adequado a ele em vez do mais caro

A concorrência está fazendo com que as empresas percebam que a velha tática de sempre "empurrar" o produto mais caro para o cliente pode não ser o melhor negócio. Na briga para fidelizar um consumidor que exige cada vez mais qualidade e transparência, marcas de varejo, serviços e até bancos estão investindo no conceito de consultoria de vendas. Em vez da "empurroterapia" tradicional, a ideia é ajudar o comprador a levar o que é mais adequado às suas necessidades - assim, ele fica mais satisfeito, reclama menos e ganha confiança para uma próxima compra.

A Whirlpool Latin America, das marcas Brastemp e Consul, já adota a estratégia. A empresa não revela quantos consultores mantém nas lojas revendedoras, mas afirma que aumentou em dez vezes o tempo de treinamento desses agentes. Segundo o diretor de serviços da Whirlpool, Fábio Armaganijan, o número de consultores também vai crescer: - Uma reclamação comum no verão é de que o ar-condicionado não gela, por exemplo. Quando o técnico chega à casa do cliente, percebe que o aparelho funciona perfeitamente bem, mas o modelo é inadequado ao tamanho do ambiente.

Com os promotores, a meta é vender, mas vender o produto que o consumidor realmente precisa.

Acesso à internet obriga empresas a lutarem mais pelo cliente Para a professora da ESPM Lívia Barbosa, estudiosa da Antropologia do Consumo, o crescente acesso à informação torna a tendência inevitável: - As lojas que não perceberem essa mudança no comportamento do consumidor dificilmente sobreviverão.

O cliente está mais consciente do que compra e sempre busca referências com amigos e na internet.

A operadora de celular Claro lançou em maio um plano pós-pago em que o cliente monta seu próprio pacote. Para auxiliar os usuários na hora da contratação, a operadora treinou por cerca de seis meses todos os vendedores de seus mais de três mil pontos de venda. Segundo a diretora regional para Rio e Espírito Santo da Claro, Gabriela Derenne, o objetivo é ajudar o cliente a identificar seu próprio perfil: - No ramo de serviços, não adianta "empurrar" o que é mais caro.

Quando isso é feito, o cliente ou fica insatisfeito e desiste do negócio ou não consegue pagar a conta e causa prejuízo à empresa.

No setor bancário, o Itaú Unibanco e o Santander também já aderiram à tendência. O superintendente de empréstimo para pessoa física do grupo espanhol, Rogério Estevão, acredita que o banco deve ser visto como parceiro. Ele ressalta que, em pleno movimento de bancarização no Brasil, é importante "acabar com a barreira cultural e psicológica que faz com que as pessoas se envergonhem de ir ao banco pedir ajuda": - O banco não deve ter medo de dizer que um produto é mais barato do que outro. E, como a maior parte das transações bancárias hoje estão fora das agências, é preciso que as informações sobre os produtos estejam disponíveis em todos os meios, para que o consumidor possa optar por um crédito que seja mais adequado as suas necessidades. Hoje, parte da remuneração dos nossos funcionários está vinculado à satisfação do cliente.

Já o Itaú Unibanco, quando houve a fusão, unificou sua equipe de 550 consultores de investimento, que antes eram setorizados. Segundo o diretorexecutivo de operações de investimento, Osvaldo do Nascimento, isso acabou com o possível enviesamento dos conselhos - o consultor da área de previdência tendia a favorecer seu próprio setor, por exemplo. Hoje, a equipe avalia inclusive investimentos que o cliente tenha fora do banco.

- Isso cresceu com a estratégia de ajustar o foco do banco do produto para o cliente. Dar a melhor opção para ele, mesmo que o produto não seja nosso, favorece o bom relacionamento - afirma Nascimento.

Para o consultor de varejo Marco Quintarelli, a prática de ajudar o cliente tem dado certo no mercado.

Ele lembra que a tendência teve origem nas lojas de produtos femininos, cujo público é o mais exigente e mais bem informado sobre o que compra. É o caso da loja de perucas e apliques de cabelo Fiszpan, que mantém equipe de consultores em toda a sua rede.

- Hoje em dia, o consumidor não compra mais produto. Ele compra uma solução - afirma Quintarelli.

Mas Polyanna Silva, advogada da Pro Teste, teme que essa nova filosofia de venda esconda mais uma tática de "empurrar" produtos: - Se ajudar o cliente a obter mais informação, isso é ótimo e favorece a transparência. Mas é preciso cuidado quando uma marca resolve "ajudar" na compra dos seus próprios produtos. Mas, não importa quais sejam as informações dadas pelos consultores das marcas, a loja é sempre responsável por elas.

Consumidor procura qualidade

O frio do recém-chegado inverno levou a auxiliar jurídica Ivete Garbin, 45 anos, ao comércio de rua, ontem. Entrou numa loja de apelo popular da Rua XV de Novembro, mas nem por isso deixou-se levar pelo preço tentador sobre a arara de peças que se repetem. Optou pelo setor de casacos de modelos quase que exclusivos, com corte estruturado e tecido encorpado, pelos quais se paga entre R$ 250 e R$ 350.

Mais do que preço, Ivete está à procura de roupas com bom caimento e qualidade. Cada vez mais comum, a relação entre esta loja e a consumidora é reflexo do aumento do poder aquisitivo do blumenauense, cuja renda per capita aumentou 97,5% em nove anos.

- Para os lojistas, ter várias peças repetidas não é mais tão interessante. As pessoas querem exclusividade no que vestem - explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Paulo Cesar Lopes.

Com o consumidor mais exigente, as indústrias e confecções locais tiveram de aprimorar os produtos, observa a vice-presidente para Assuntos da Indústria da Associação de Micro e Pequenas Empresas (Ampe) de Gaspar, Maria Bernardete de Souza. Para isso, investem em equipamentos, treinamento de pessoal e tecidos de maior durabilidade.

- Quem já desenvolvia um produto diferenciado está tendo o produto valorizado. As demais terão de correr atrás - sentencia o coordenador do Núcleo de Confecção da Ampe Blumenau, Itamar Müller.

Outro reflexo do aumento da procura por produtos de maior valor agregado é o aprimoramento das vitrines, observa o presidente da CDL. Os lojistas se esforçam para dar cara de boutique ao comércio, com manequins bem vestidos e o entorno decorado de acordo com a clientela a ser fisgada. Com o empenho, os lojistas também ganham quem é movido pelo simples impulso de consumir.

- Compro aquilo pelo qual me apaixono. É olhar e gostar - confidencia a dona de casa Rosedi Keller, que saiu de casa ontem para comprar um presente, mas não tirou os olhos de um casaco para ela.

Dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostram que os preços das roupas de inverno subiram mais nos últimos 12 meses (5,27%) na comparação com igual período anterior (2,63%). Mesmo assim, os reajustes têm ficado abaixo da inflação geral, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que acumulou 5,47% nos últimos 12 meses.

Na comparação por itens isolados, porém, alguns subiram mais do que a inflação, como o terno masculino (12,51%) e o blazer masculino (10,08%). Essas variações podem ser explicadas pelo encarecimento de algumas matérias-primas, como algodão e fibras sintéticas.

- A cada início de estação há uma alta de preços. E a confecção de inverno, tradicionalmente, é mais cara que a de verão - explica Marcio Fernando Mendes da Silva, da FGV.

COMO SE AQUECER SEM GASTAR MUITO

- A pesquisa de preço é a arma mais eficaz do consumidor. Olhe, analise e evite comprar já na primeira oferta.

- Defina bem o que quer e verifique o que as marcas oferecem. Sem fazer isso, você pode comprar algo que não precisa.

- Controle a ansiedade. Se não tem urgência em comprar determinado produto, vale a pena esperar pelas liquidações.

- Fique atento ao efeito sanfona das ofertas às vezes, os preços sobem antes de cair nas promoções.