sábado, 27 de novembro de 2010

Dez dicas para não errar ao comprar pela internet

Comprar pela rede é certamente muito cômodo, mas exige cuidados, pois toda a transação é virtual. Seguindo algumas dicas você evita dores de cabeça neste fim de ano. Confira e faça boas compras!

1) É Natal? Compre com antecedência e escolha bem para evitar trocas, pois o procedimento pode ser burocrático e demorado;

2) Desconfie de produtos com preços excessivamente abaixo da média;

3) Guarde e-mails emitidos pelas lojas, comprovantes de pagamento, notas fiscais ou qualquer outro documento ou comunicado referente às suas compras;

4) Confira opiniões de pessoas que já usaram o serviço da loja que você se interessou. Em sites como ‘Reclame Aqui’, ‘Buscapé’, ‘Bondfaro’ e ‘e-bit’ você encontra avaliações de clientes;

5) Verifique se a loja on-line informa CNPJ, telefone e endereço. É uma segurança caso você precise obter informações ou mesmo reclamar depois da compra;

6) Procure pelo cadeado de segurança na barra de endereços. Esse símbolo indica o uso de um importante recurso para transações mais seguras;

7) Pesquise sobre a qualidade e a idoneidade da loja. Em muitos casos, no próprio site da loja é possível consultar as queixas registradas e as respostas que as empresas dão a elas;

8) Tenha cuidado com e-mails e sites falsos que podem direcionar para arquivos com vírus;

9) Evite fazer compras a partir de computadores públicos -- de uma lan house, por exemplo;

10) Cuide da segurança do seu computador. Mantenha o sistema operacional e antivírus atualizados.

Fontes: Alexandre Umberti (diretor de marketing e produtos da e-bit); Fundação Procon (www.procon.sp.gov.br); Manuel Matos (presidente da camara-e.net).

Planeje bem suas compras de Natal pela internet

As vendas online devem crescer 40% este ano, com destaque para CDs e DVDs, além de cosméticos e produtos eletrônicos. Saiba o que fazer para aproveitar essa onda sem comprometer o bolso e o bom humor

Há vários motivos para fazer compras pela internet: não é preciso enfrentar o trânsito ou vendedores insistentes, nem mesmo filas no caixa. Além disso, a compra pode ser feita em qualquer horário e é possível pesquisar pelo melhor preço rapidamente. Não é à toa que o comércio eletrônico brasileiro deve viver seu melhor momento no Natal de 2010.
De acordo com dados levantados pela e-bit, empresa especializada em informações de e-commerce, a previsão é de faturamento de R$ 2,2 bilhões durante o período de 15 de novembro a 24 de dezembro. Isso corresponde a um aumento de 40% em relação ao ano anterior, quando o resultado chegou a R$ 1,6 bilhão no mesmo período.
O número de consumidores eletrônicos também deve crescer, passando de 17 milhões em 2009 para 23 milhões em 2010, segundo a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net).
No Natal de 2010, os produtos mais vendidos devem repetir 2009: livros, CDs e DVDs. Os especialistas apostam, no entanto, em produtos de beleza como a novidade da temporada em termos de crescimento de vendas virtuais. Mas a vedete deste Natal será, sem dúvida, dizem eles, o produto eletrônico. "O dólar barato vai determinar a escolha de um produto mais caro em vez de uma lembrancinha", diz Manuel Matos, presidente da camara-e.net.
Tem de tudo no espaço virtual. As opções de presentes de Natal passam de um milhão de itens. E o melhor: o preço chega a ser entre 15% e 25% mais barato do que nas lojas convencionais de uma mesma empresa. Além disso, há também a facilidade de buscadores que pesquisam e comparam os preços com rapidez e agilidade, uma forma de garantir ao consumidor a melhor opção.
Uma razão em especial atrai o varejista comum para o mundo virtual. O tíquete médio do setor deve girar em torno de R$ 370 este ano, contra R$ 50 do comércio tradicional. Dessa forma, os varejistas eletrônicos estão preparando seus estoques para atender o crescimento da demanda que ocorre nesta época do ano.
"Nas três semanas que antecedem o Natal, o e-varejo vende o volume equivalente a oito semanas comuns", explica Matos. Por isso antecipar as compras em um período aquecido do mercado é mais do que necessário. "Recomendamos que os e-consumidores planejem suas compras antecipadamente. Dessa forma, não correm o risco de enfrentar uma surpresa desagradável", afirma Alexandre Umberti, diretor de marketing e produtos da e-bit.
Dá para comprar quase tudo pela internet, garante Umberti. Mas quanto mais customizado o produto, maior a chance de erro. É o caso de roupas, por exemplo. "Não dá para experimentar fisicamente, mas os lojistas estão criando sistemas que se aproximam do real", explica.
Umberti afirma que os problemas com compras feitas pela internet são pequenos em termos percentuais na comparação com o volume negociado. O problema é que, se certos cuidados não forem tomados, a aquisição de produtos ou serviços pela internet pode resultar em enormes transtornos, sendo os principais deles atrasos na entrega, recebimento de mercadoria errada e falta de produtos para troca.
Como um alento, o consumidor deve saber que as relações de consumo no âmbito da internet também obedecem às normas do Código de Defesa do Consumidor. Entretanto, a aplicação da lei brasileira às contratações em sites estrangeiros é controvertida. Portanto, atenção redobrada quando a compra for feita em sites de empresas que estão baseadas em outros países.
"Um levantamento mostra que 85% dos consumidores já acreditam que comprar pela internet é seguro", conta Umberti. Então, cerque-se de cuidados e boas compras.

Mudanças para atrair novo dono do dinheiro

Em seus 44 anos de existência, o setor de shoppings passou por grandes transformações. "O que era eminentemente um centro de compras ganhou, ao longo dos anos, praças de alimentação, equipamentos de lazer e serviços", conta Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). O Plano Real, em 1994, garantiu aos consumidores a possibilidade de comparar preços.
"As pessoas descobriram que algumas marcas é que eram caras e não os shoppings", comenta Guilherme Baldacci, sócio diretor da GS&MD Gouvêa de Souza.
O maior impacto, porém, ocorreu de 2003 a 2009. A expansão dos programas sociais do governo Lula, o aumento do emprego formal e da renda resultaram em uma mobilidade social sem precedentes: quase 30 milhões de brasileiros galgaram os degraus para a classe C, como mostra a Fundação Getúlio Vargas, totalizando 94,9 milhões de pessoas. Com renda de R$ 1.126 a R$ 4.854, a classe média emergente não só transformou-se na maior do país, com 50,5% de participação, como na que tem o maior poder de compra. Segundo o instituto de pesquisa Data Popular, nos bolsos desses cidadãos estão R$ 427,6 bilhões, 31% do total da massa de renda.
Esses consumidores ajudaram a engrossar o batalhão de frequentadores dos shoppings. Segundo estimativas da Abrasce, os 408 empreendimentos em funcionamento no final deste ano deverão receber 360 milhões de visitas por mês, o dobro do verificado em 2005. A classe B ainda é maioria, com 42% dos visitantes.
Mas os emergentes estão ganhando espaço e, dependendo da região, a presença deles fica entre 33% e 38% do total. "E mais 13 milhões de pessoas da classe C vão chegar a esses centros de compras nos próximos cinco anos", diz Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.
"Os shoppings, criados para atender as classes A e B, demoraram a perceber que o dinheiro mudou de mãos", explica Meirelles.
Para Baldacci, da GS&MD Gouvêa de Souza, o grande desafio da indústria é conquistar essa classe média. O esforço já começou. Um exemplo é o Mais Shopping, inaugurado no fim de outubro no Largo 13, em Santo Amaro, porta de entrada para a populosa zona Sul de São Paulo. Com 16 mil m2 de área bruta locável (ABL), tem 400 lojas e exigiu um investimento de R$ 240 milhões.
O conceito do Mais Shopping, criado por Marcos Romiti, presidente da Natal Empreendimentos Imobiliários, e implantado pela REP Centros Comerciais, reúne grandes marcas com forte apelo popular e pequenos varejistas da periferia. "Desenvolvemos um mix dirigido para essa população e criamos um ambiente bonito, com todo o conforto oferecido por um shopping convencional", diz.
A ABL Empreendimentos e Participações Ltda juntou-se à Partage para construir o Boulevard Shopping São Gonçalo, no Rio - investimento de R$ 160 milhões a ser inaugurado em 2011. "A população de São Gonçalo vai se orgulhar desse centro de compras", afirma Vicente Pierotti, diretor da ABL. A Saphyr e o Prosperitas estão investindo R$ 300 milhões no Shopping Jardim Guadalupe, também no Rio, que entra em operação no dia 30. "Já fechamos com marcas importantes do varejo nacional", diz Paulo Stewart, presidente da Saphyr.

Atender nova classe média traz desafios

Centro varejista no Largo 13, São Paulo, testa preferências de público pouco conhecido

A nova classe média brasileira vai às compras. E gosta muito de consumir, conforme detectado por alguns institutos de pesquisa.
"Essa nova classe social traz grandes desafios em relação aos públicos das classes mais abastadas, A e B, para os quais eram e foram desenvolvidos produtos, serviços e estratégias de vendas nos últimos anos", analisa Marcos Romiti, diretor da Real Estate Partners (REP), idealizador do Mais Shopping Largo 13, localizado no Largo 13 de Maio, na zona sul de São Paulo.
No local escolhido pela REP, onde foram investidos R$ 240 milhões, circulam diariamente 1,3 milhão de pessoas, que cruzam a área para outras regiões, muitas abastadas, onde trabalham.
É ainda um centro comercial importante, com lojas de ruas e bancas de comércio variado, regular e irregular. Há ainda um terminal de ônibus urbano e interurbano, uma estação do metrô (Largo 13) e a estação ferroviária Santo Amaro, da Companhia de Transporte Urbano Paulista (CPTM).
Além disso, serviços públicos como Poupatempo, uma unidade da escola de ensino superior Uninove, uma unidade do Senai e uma do Sesc completam a atratividade do empreendimento, inaugurado em 29 de outubro com grande expectativa, não apenas dos proprietários, mas também de lojistas que estão fazendo do centro de varejo um laboratório para conhecer o perfil de consumo dessa população.
"Há cerca de cinco anos pensávamos em ampliar os negócios para outras classes socioeconômicas, e o Mais Shopping Largo 13 pareceu o lugar ideal para começarmos", conta Olivier Chemin, diretor da rede de Salões de Beleza Jacques Janine (JJ). A rede de beleza criou uma marca específica para a nova classe média, a Basic Beauty, inspirada em conceitos europeus de lojas do setor dirigidas para esse perfil.
A Basic Beauty terá um conceito de serviço diferente em relação aos salões JJ, dispensando manobristas, copeiras, recepcionistas e auxiliares.
A empresa também visa a comercialização de produtos, alguns deles dirigidos para profissionais.
Os serviços de beleza são mais baratos, numa proporção exemplificada no corte de cabelo e escova, que sai por R$ 180 na JJ, enquanto custa R$ 40 no Basic Beauty.
"Os cabeleireiros da Basic Beauty serão os profissionais da Jacques Janine de amanhã", diz Olivier.
A Basic Beauty do Mais Shopping Largo 13, que ainda não estreou devido a um atraso de cronograma de instalação, deverá inaugurar uma nova franquia da empresa a partir dessa experiência. A loja de estreia tem 100 metros quadrados, vem menor em relação às outras 60 da JJ, mas porte médio/grande para o padrão do Mais Shopping Largo 13, onde as os módulos estão entre 10 e 20 metros quadrados. A empresa gastará cerca de R$ 200 mil, e estima que no máximo em 24 meses tenha recuperado o investimento, frente aos 40 meses que uma JJ demandaria.
Organizadas numa área de 52 mil metros quadrados, as 400 lojas que o Mais Shopping Largo 13 oferece estão dispostas em um desenho planejado para atender ao desejo de variedade da nova classe média. "Nossos estudos e pesquisas indicam que esse público quer ver muito produto", diz Romiti. Segundo ele, para a nova classe média, vitrines com poucas peças é sinal de pobreza, não de sofisticação. Para as pessoas que chegam agora ao consumo, não há interesse por exclusividade, ao contrário. "Marcas conhecidas e usadas por muitos são apreciada por significar inclusão." Além das marcas menos conhecidas, as âncoras estão presentes: Boticário, TNG, Hering, L"acqua di Fiori, Água de Cheiro, Bauducco participam com lojas maiores, que podem ter, por exemplo, 300 metros quadrados e custar mais de R$ 1 milhão para equipar e decorar o espaço. Na área de alimentação, as marcas também predominam, e as ofertas passam por McDonald"s, Girafas, Subway, Burguer King, Bom Grillê, Roastec Potato, Spoleto, Bob"s.
Para os comerciantes de marcas sem fama, as famosas são muito úteis. Atraem o público que eles tentarão conquistar. "Estar ao lado de muitas lojas é fator positivo, porque tenho a oportunidade de mostrar meu produto e tentar ganhá-lo", diz Felipe Schwartsman, proprietário da Pretíssima, marca de roupas e acessórios femininos que está em um shopping center pela primeira vez.
Schwartsman conta que tem mais duas lojas, uma de rua, na Teodoro Sampaio, zona oeste, e outra num outlet na Vila Mariana, sudoeste. No Mais Shopping Largo 13, ele gastou cerca de R$ 25 mil em seus 17 metros quadrados, em mobiliário, vitrine e pontos de eletricidade, pois aproveitou piso, ar condicionado e eletricidade do espaço comum. "Minha expectativa é positiva, porque trabalho com o mesmo público esperado para o Mais Shopping, com a diferença de que aqui há mais fatores de atratividade como segurança e conforto em relação ao que existe no entorno de minhas lojas na rua e no outlet", diz.
O público da nova classe média pagará 28% a menos para ir ao cinema no Largo 13 em relação ao preço dos ingressos praticados em outros shoppings da cidade. A rede mexicana Cinépolis, das nas oito salas inauguradas, três delas em 3D, é especializada no setor popular e em preços baixos.
Com mais de 2.200 salas de exibição em países como Colômbia, Guatemala, Costa Rica, Panamá, Honduras, Peru, El Salvador e Índia, a Cinépolis começou a atuar em junho deste ano no Brasil, e está em Ribeirão Preto (SP) e em Belém (PA). A exibidora pretende investir R$ 500 milhões para exibir filmes em mais 290 cinemas em todo o país. Para Eduardo Acuña, presidente da empresa no Brasil, a motivação para os investimentos vem do potencial a ser explorado. Em países como México, Alemanha e Argentina, há 24 mil habitantes por sala de cinema. No Brasil, são 80 mil.

Governo anunciará novas regras para cartões, que terão no máximo 5 tarifas

Conselho Monetário Nacional divulga hoje regulamentação para o setor

O Conselho Monetário Nacional (CMN) deve aprovar hoje as novas regras tarifárias para o setor de cartões de crédito. Entre elas, segundo fontes envolvidas no assunto, está a que limita em até cinco as tarifas que as operadoras e bancos poderão cobrar dos clientes. Hoje, o setor cobra até mais de 50 taxas dos usuários, algumas com nomenclaturas diferentes para o mesmo serviço.
A partir de agora, será possível cobrar por emissão de cartão; saques no exterior; segunda via do cartão - quando não for culpa do banco -; revisão do limite de crédito - quando solicitado pelo usuário -; e pagamentos efetuados por meio de crédito. As tarifas deverão ter a mesma nomenclatura, facilitando a comparação e aumentando a competitividade.
Hoje, o setor de cartões movimenta cerca de R$ 550 bilhões ao ano e já havia sinalizado que poderia reduzir as taxas cobradas para entre 20 e 30. Também deverão ser criados pacotes de tarifas para o setor, como existe hoje no mercado bancário. Esses, inclusive, poderão fazer parte dos já conhecidos pacotes de tarifas bancárias. O grupo de trabalho no governo que pensou a nova regulação - formado por Banco Central (BC) e ministérios da Fazenda e da Justiça - baseou-se na resolução 3.518, do CMN, que trouxe as regras de padronização das tarifas bancárias. Neste caso, existem hoje apenas 31 taxas, mas o setor bancário oferece muitos mais serviços do que o de cartões.
As regras que devem ser anunciadas hoje também incluirão a criação da figura do cartão básico e do cartão diferenciado. Este, por exemplo, pode ter mais alternativas, como servir para compras internacionais.
O grupo também estudou a elaboração de medida para elevar o pagamento mínimo da fatura do cartão de crédito. Hoje, o piso é de 10% e seria ampliado para até 20% ao longo de um determinado período. Mas acabou não entrando nas mudanças que serão anunciadas hoje porque pode ser aplicada por meio de uma circular do BC, não necessitando de uma resolução do CMN. Ainda não há previsão para tirar essa medida do papel.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Estruturar o ambiente da loja faz toda a diferença

Ainda há tempo para deixar seu negócio pronto para aproveitar as vendas de Natal e torná-lo mais atraente o ano inteiro

Com o aumento do poder de compra das classes C e D, o número de empreendimentos na região vem crescendo. Para não ficar de fora é preciso ter um bom planejamento estratégico e aproveitar as melhores oportunidades. Ainda há tempo para investir seja na criação ou na adequação do ambiente de lojas e aproveitar as vendas do Natal, a melhor data comemorativa do setor do varejo.
Considerando que a loja já está localizada em um ponto de boa circulação para garantir que seja vista pelos clientes, o próximo passo é contratar um arquiteto experiente em Varejo para planejar e executar os projetos para colocação de piso, iluminação, passando também pela definição de revestimentos, cores, texturas, acabamento.
Em seguida, vem uma etapa que pode determinar o sucesso do negócio: a arrumação da vitrine, o uso de técnicas de visual merchandising, a instalação de equipamentos e mobiliário funcionais, além do paisagismo. Todos esses elementos são usados para atrair o consumidor para o interior da loja.
Segundo Marcelo Miyazawa, diretor da Legas Group, 80% das decisões de compra são realizadas no ponto de venda, portanto, fica evidente a importância da boa apresentação do produto na vitrine. A variedade de produtos e marcas transforma o ambiente de loja numa “guerra” de atenções pelo interesse do consumidor. “O valor percebido por parte do consumidor é muito maior quando o contexto da apresentação do produto tem sinergia com o conceito da marca em questão”, completa Miyazawa.

Flexibilidade para mudar

Como a moda muda rapidamente, o lojista deve apresentar as novidades ao mesmo tempo em que o consumidor recebe os estímulos para consumo, que vêm de todos os lados: dos meios de comunicação de massa – e aí se incluem até as novelas e filmes que ditam algumas tendências da estação -, do clima – se faz calor ou frio repentinamente –, de datas comemorativas, entre outros.
A simples troca dos produtos expostos no interior da loja pode não ser suficiente para que o consumidor os identifique como novos. Quem está acostumado a passar por ali pode nem notar que algo mudou. A Legas oferece uma solução ideal para garantir que o consumidor enxergue as novidades no interior da loja. Trata-se do sistema coordenado de instalação, que permite alterar a qualquer tempo a posição de araras, cabideiros, prateleiras, de forma simples, prática e rápida. “Planejar o espaço físico da loja com flexibilidade para mudar rapidamente a disposição de produtos é uma forma de ampliar o giro do estoque, conquistar maior performance em vendas e, ainda, ter seu negócio reconhecido pelo cliente como um espaço que oferece o que ele precisa”, explica Marcelo Miyazawa.

Fonte: Da Redação

Equipes capacitadas tendem a manter boas vendas

Equipes capacitadas tendem a manter boas vendas ao longo de todo o ano, mas para isso acontecer é necessário investir

Os meses de novembro e dezembro representam grande parte do faturamento do setor varejista. Para enfrentar os meses seguintes colhendo bons frutos, varejistas precisam investir nas equipes de vendas para fidelizar clientes.
Com a economia aquecida, as previsões de aumento nas vendas são muito otimistas. Segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), em setembro, o aumento do faturamento do segmento foi de 7,4% em relação à 2009.
Para muitos empresários do setor, depois da bonança vem a tempestade. Isso acontece porque nos meses de janeiro e fevereiro as vendas tendem a cair ou simplesmente a voltar ao seu patamar real. “Esse é um ciclo que se repete há anos”, afirma Carolina Manciola, gerente de consultoria e treinamento da Triunfo e especialista em vendas.
“O aumento das vendas impulsionado pelas festas de final do ano e recebimento do 13º salário deveria ser encarado como uma grande oportunidade para fidelizar consumidores e manter o patamar de crescimento para os lojistas que investem na capacitação de sua equipe”, afirma Carolina. Segundo ela, as compras realizadas poderiam ser aproveitadas para alavancar as vendas. Parece sutil a diferença, mas nos meses de novembro e outubro o cenário é de compra, enquanto nos meses de janeiro e fevereiro é de venda. “O dinheiro continua no bolso do consumidor, mas volta a ser pulverizado para diversos outros investimentos. Para manter um share of wallet elevado é preciso fidelizar”, completa.
Um atendimento diferenciado ou no mínimo justo ajuda nesse processo. Para isso investir na profissionalização da equipe de vendas é fundamental, afinal “a experiência que o consumidor tiver ao fazer sua primeira compra em determinada loja é que vai determinar se ele voltará ou não”, explica Manciola.
Segundo a especialista, uma das principais falhas cometidas pelos varejistas refere-se ao seu CRM (customer relationship management). “Nem sempre são necessário softwares de última geração, apesar deles serem bastante úteis. Anotar nome, telefone e e-mail do consumidor já ajuda muito. Na maré baixa é mais fácil atrair para loja quem já teve uma experiência positiva de compra do que iniciar todo o ciclo. Nessas horas, uma caderneta recheada de contatos pode ser a salvação da lavoura”.

Fonte: Da Redação

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Servir bem para vender mais

Não basta preços justos e produtos de qualidade. O que interessa é como os serviços podem facilitar a vida do consumidor

Com preços e características cada vez mais semelhantes, os produtos em si já não garantem a vantagem competitiva no varejo. Mais do que distribuir e vender mercadorias, hoje em dia é preciso transformar a loja num “centro de soluções”, com foco na conveniência e nas necessidades do público-alvo. Nesse contexto, os serviços firmam-­se como principal alternativa de diferenciação, seja para aumentar a lucratividade, ampliar a oferta das lojas, fidelizar ou conquistar novos clientes. De serviços financeiros – como empréstimo e financiamento – a serviços pessoais, como cabeleireiro e agência de viagens, não há limites para a oferta de serviços no comércio, como indicam as estratégias adotadas por algumas das maiores redes varejistas ao redor do mundo.
Fenômenos como a ascensão da classe C e o aumento do poder aquisitivo da população ajudam a explicar o crescimento do mercado de serviços no País. Na opinião de Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza, “quanto maior o poder aquisitivo da população de determinado país, cidade ou bairro, maiores os dispêndios em serviços, sejam eles pessoais, financeiros, empresariais ou domiciliares”.
Se no início os serviços foram desenvolvidos apenas como tentativa de atrair e reter clientes no ponto de venda, com o tempo eles se tornaram ponto fundamental para o sucesso do varejo, como explica o consultor. “Antes os serviços exerciam um papel acessório, tanto que ficavam escondidos nos andares e espaços menos nobres da loja, enquanto hoje em dia eles ganham cada vez mais destaque nas ações de marketing e no ponto de venda, muitas vezes gerando operações independentes”, analisa Gouvêa de Souza.
Na opinião de Frederico Alecrim, consultor da Ponto de Referência e autor do blog UauGoMais, especializado em varejo, cada vez mais as empresas varejistas são também prestadoras de serviços. “Os serviços tornaram-se parte estratégica das marcas, portanto é preciso avaliar e reavaliar constantemente o que está sendo oferecido, mantendo sempre o foco no cliente.”
Mas quais são os segredos para criar um mix de serviços? E como é possível oferecer soluções ao invés de simplesmente vender produtos? Para responder a estas questões, veja a seguir algumas dicas e exemplos que ouvimos de especialistas no assunto e saiba como sua loja pode criar uma estratégia de serviços capaz de garantir vantagens competitivas e diferenciação a longo prazo.

1) Faça primeiro a "lição de casa"
Antes de iniciar a prestação de um serviço é preciso garantir a excelência no core business. “Antes de inventar novidades, garanta que você faz o básico com qualidade e competência”, recomenda Marcos Dutra. Isso envolve assegurar desde a oferta de produtos no ponto de venda até atendimento, condições de pagamento, distribuição e entrega. “De nada adianta oferecer um serviço superelaborado se a loja nem sequer consegue dar conta da demanda no balcão da loja”, exemplifica o consultor.
Além disso, há alguns serviços que se tornaram parte integrante do varejo. “É o caso da segurança, um item que ganhou relevância devido aos altos índices de criminalidade em todo o País”, diz Dutra. Outro serviço considerado fundamental pelos consumidores é a garantia da compra e troca de mercadorias. “É preciso ter atenção e o respeito ao cliente, o que inclui a troca ou a devolução de produtos sem burocracia.” Estacionamento e manobrista também são serviços essenciais, principalmente nos grandes centros.

2) Mantenha o cliente no foco
Para estruturar o mix de serviços no varejo, o primeiro passo é conhecer o perfil do público-alvo com o objetivo de identificar possíveis desejos e necessidades. “Não pense em criar serviços somente a partir do produto que você oferece, mas sim a partir do conhecimento e do comportamento dos clientes”, recomenda Marcos Gouvêa de Souza. Para ajudar nesse processo, o consultor sugere adotar uma “visão holística”, analisando, em primeiro lugar, quem é, onde vive, qual a faixa de renda, o grau de escolaridade e quais serviços já são consumidos pela clientela.
Na opinião de Marcos Dutra, especialista em marketing e sócio-diretor da Slidea Comunicação de Ideias, a melhor estratégia para conhecer o cliente ainda é ouvir e observar as pessoas na loja. “Coloque-se na pele do cliente e faça uma simulação de todos os momentos em que ele tem contato com a loja, incluindo o processo de escolha, atuação dos vendedores, formas de pagamento, entrega na residência e atendimento pós-venda.” Procure, então, desenvolver serviços que venham de encontro às possíveis lacunas e falhas observadas.

3) Invista na especialização
O segredo para transformar a loja em um centro de soluções está na especialização. “A questão não deve ser apenas ‘onde se vende isso’, mas sim ‘quem mais entende disso’”, afirma Marcos Dutra. Um exemplo que inspira varejistas de todo o mundo é o da Home Depot, uma das principais redes do segmento de pequenas reformas nos Estados Unidos. Aliado ao mix de produtos, as lojas oferecem apostilas, cursos e orientações sobre decoração, construção e bricolagem. Outro exemplo é a Apple, que em algumas de suas lojas disponibiliza auditórios ou mesas de apoio para minissessões de treinamento, em que os clientes recebem dicas sobre a utilização dos produtos.
No Brasil, redes como O Boticário e Contém 1G – ambas do segmento de cosméticos – também oferecem cursos de automaquiagem como forma de atrair clientes, reforçar a marca e, de quebra, alavancar as vendas, já que em alguns casos os cursos são cobrados e o valor pago é convertido em produtos. “Ensine o cliente que ele não te esquece e ainda vai contar a novidade para os amigos, melhorando ainda mais a reputação da loja”, assegura Frederico Alecrim.

4) Seja coerente em seu mix de serviços
Antes de sair por aí divulgando o lançamento de um novo serviço, verifique se o negócio está apto a atender às expectativas do cliente. “Ajuste seu nível de serviços à sua promessa e cumpra-a, custe o que custar. O cliente perdoa tudo, menos enrolação”, alerta Marcos Dutra, especialista em marketing e sócio-diretor da Slidea Comunicação de Ideias.
De acordo com o consultor, a oferta de serviços – embora não precise estar agregada aos produtos – deve ser coerente com a proposta da loja. “Se um atacarejo, por exemplo, cumpre a promessa de bons preços mas não oferece empacotamento e cafezinho, ainda assim terá um bom nível de satisfação, pois os clientes receberam o que esperavam. O oposto também é verdadeiro: uma loja de luxo, muito bem decorada, implicitamente promete atenção diferenciada. Se isto não acontecer, é insatisfação na certa”, completa Dutra.

5) Quanto mais pessoal melhor
Com a oferta cada vez maior de produtos e serviços, a personalização parece ser uma das principais – senão a única – saídas para se diferenciar no mercado. “Para fazer o cliente ir até a loja, o lojista deverá fazer com que ele se sinta em casa, seguindo uma receita semelhante àquela dos hotéis que guardam a preferência de tamanho dos travesseiros dos hóspedes”, indica Marcos Dutra.
Mais uma vez, vale a pena lançar mão da observação no ponto de venda, procurando identificar como, quando e quais produtos os clientes compram – e também os que desistem de comprar. “O posto de gasolina deveria ter uma lista da pressão dos pneus dos carros, a loja de roupas deveria guardar o tamanho das peças dos clientes, e a papelaria deveria saber quem tem filhos e propor um desconto especial na volta às aulas”, ilustra o especialista.

6) Facilite a vida de seus clientes
Conveniência, praticidade e comodidade são as palavras de ordem dos serviços no varejo. “Facilite a vida dos consumidores – ou pelo menos não atrapalhe”, alerta Frederico Alecrim, citando como exemplo a rede Pão de Açúcar, que recentemente passou a disponibilizar em algumas lojas um sistema inovador de compras, que alia mobilidade e interatividade. “Através de um leitor de código de barras, o cliente vai bipando tudo o que ele quer e tem a opção de receber as compras em casa ou se deseja levá-las na hora, com a diferença de que basta ir ao caixa para pagar e empacotar os produtos”, completa.
Outro exemplo é o serviço de personal shopper, ideal para o segmento de moda. “Na Topshop, varejista inglesa de moda feminina, os clientes podem agendar um horário e terão a ajuda de um personal shopper, com direito a um espaço exclusivo para ver, experimentar e comprar”, exemplifica Alecrim. No Brasil, alguns shoppings e lojas também oferecem o serviço, geralmente em ações pontuais ligadas a eventos de moda ou promoções.

7) Inove
Não há limites quando se fala na diversidade da oferta de serviços no varejo. De serviços pessoais – como os planos odontológicos oferecidos pela Riachuelo – a serviços financeiros, há mercado para todos os gostos e bolsos. No Rio de Janeiro, por exemplo, a rede de supermercados Zona Sul transformou-se em uma pizzaria realizando, inclusive, entregas em domicílio.
“Eles começaram a fazer pizza por acaso, mas hoje em dia isso passou a ser uma importante fonte de receita para a rede”, conta Gouvêa de Souza. “Entre uma pizzaria desconhecida e um dos principais supermercados da cidade, qual você acha que o cliente prefere?”, questiona o consultor, mencionando a importância da marca no processo de escolha do consumidor.
Outro exemplo recente que ilustra essa premissa é o das Casas Bahia, que firmaram parceria com a Tam Linhas Aéreas para vender passagens aéreas nos pontos de venda da rede. Inicialmente em fase de teste nas unidades de São Paulo, em breve o serviço deve ser oferecido nas demais lojas das Casas Bahia em todo o País.
Transformar a loja em agência de turismo também foi a estratégia adotada por algumas das principais redes internacionais do segmento de artigos esportivos, caso da Decathlon e REI. “Estas redes se tornaram verdadeiras operadoras especializadas em viagens esportivas, integrando os produtos com as viagens”, comenta Gouvêa de Souza.

O modelo disney

O consultor Jim Cunningham conta como a política de excelência em serviços da Disney World pode servir de inspiração ao varejo

Referência mundial em qualidade de serviços, a Disney World é um exemplo a ser seguido por lojistas de todos os portes e segmentos. O segredo do sucesso da companhia não está apenas na simpatia de Mickey Mouse e sua turma ou na infraestrutura suntuosa dos parques. O que elevou a Disney ao posto de principal complexo de entretenimento do mundo foi, na verdade, uma receita muito simples e passível de ser seguida por qualquer empresa: atenção aos detalhes e excelência no atendimento.

Um dos nomes responsáveis por esse modelo de gestão é Jim Cunningham, outro destaque da 51ª Convenção Nacional do Comércio Lojista. A seguir, o executivo fala sobre a importância dos serviços para o varejo e dá dicas para os varejistas brasileiros encontrarem detalhes capazes de fazer toda a diferença na hora de construir uma marca e conquistar clientes.

Dirigente Lojista – Qual é a importância dos serviços para o varejo hoje?

Jim Cunningham – Qualidade de serviço é vital para a maioria dos negócios hoje em dia, sobretudo para o varejo. Para ser bem-sucedido não basta apenas oferecer um produto de qualidade: a experiência de compra também deve ser memorável. E tenha em mente que os clientes vão avaliar o serviço cada vez que o utilizarem, não importando quantas vezes já o tenham utilizando antes. E essa impressão será fundamental para que eles decidam voltar na próxima vez.

DL – Qual é o segredo da excelência de serviços?

Jim – O segredo é: não há segredo. Há, no entanto, trabalho duro, foco, compromisso e determinação. As empresas que verdadeiramente se comprometem com estes princípios são aquelas que lemos a respeito, as que lideram a indústria e o varejo.

DL – Qual é o papel do treinamento na gestão dos serviços?

Jim – Quando uma empresa, não importa o seu tamanho, decide que vai se concentrar em fornecer um serviço, isso significa uma mudança cultural. E sempre que houver uma mudança cultural dentro da companhia, a responsabilidade de fazer com que isso aconteça é da liderança. O compromisso foi estabelecido primeiro no topo; portanto, a visão deve ser comunicada de forma clara para o sucesso acontecer.

DL – Que lições a Disney pode ensinar ao varejo brasileiro?

Jim – Tenha certeza que você tem as pessoas certas no lugar certo. É importante que um colaborador realmente queira trabalhar na sua empresa, e não que esteja ali apenas porque precisa de um trabalho. O sucesso da empresa é tarefa de todos, e não de um departamento específico.

DL – Se os detalhes fazem a diferença, como os varejistas podem identificar diferenciais para melhorar seus serviços?

Jim – A atenção aos detalhes é que vai determinar o sucesso da companhia. Para detectar esses detalhes, faça perguntas. Pesquisas de opinião realizadas na saída do ponto de venda, por exemplo, são um bom caminho a se tomar para entender o que os clientes pensam a respeito dos serviços oferecidos pela loja.

Fonte: Mônica Pupo

Fabricantes serão responsáveis pelo destino de seus resíduos

No mês que vem entra em vigor o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionado pelo presidente Lula em agosto passado depois de quase 20 anos em tramitação

Em resumo, a nova lei proíbe os lixões e determina que os fabricantes sejam responsáveis pelo descarte de seus produtos ao final do ciclo de uso. Se por um lado muitos empresários começam a contabilizar os custos da obrigatoriedade, por outro há quem veja boas oportunidades de negócios neste novo cenário.
No segundo grupo estão as empresas que farão parte da cadeia de coleta, seleção e destinação dos resíduos. Isso inclui, por exemplo, cooperativas de catadores, reparadoras, recicladoras e empresas de logística reversa. “Começamos a identificar a oportunidade há dois anos porque sabíamos que, mais cedo ou mais tarde, a lei seria sancionada. Muitas empresas estavam só esperando a publicação para tomar uma atitude”, afirma Marcelo Sousa, diretor de logística da TGestiona, de São Paulo, unidade do Grupo Telefônica.
A empresa já trabalha com logística reversa de eletroeletrônicos para clientes como TVA, Lenovo e Positivo, recolhendo produtos devolvidos por clientes. Recentemente, a TGestiona criou uma central de logística reversa para reduzir custos de operação e ganhar o know-how necessário para atender às novas demandas previstas pelo PNRS. “Esse mercado vai demandar empresas especializadas porque a eficiência da logística reversa depende muito dos volumes. Se você trafega vazio e por longas distâncias, o custo aumenta muito”, explica.
Para o executivo, a associação entre fabricantes de um mesmo segmento é a saída mais fácil para reduzir as despesas que virão com logística reversa. O conselho vale especialmente para pequenas e médias empresas, que trabalham com volumes menores. “De qualquer forma, eu acredito que o consumidor vai começar a preferir comprar de quem estiver preparado para cumprir a legislação, ou seja, receber o resíduo de volta. Por isso, o caminho é sair na frente”, destaca Sousa.
A eficiência financeira das operações também depende da melhor estruturação da cadeia de coleta e destinação dos resíduos, afirma o executivo. É preciso, por exemplo, contar com uma ampla rede de postos para agrupamento dos volumes coletados. Quanto mais próximas estiverem as empresas de destinação, menores serão os custos porque o transporte é o item mais caro no processo de logística reversa. Segundo Sousa, o problema é que ainda há um número muito escasso de empresas reparadoras e recicladoras.
“A criação de uma infraestrutura para destinação correta dos resíduos será o primeiro desafio do PNRS após a fase de conscientização”, afirma Ernesto Watanabe, diretor-geral da Descarte Certo. Fundada em 2008, em São Paulo, a empresa lançou há seis meses um serviço pré-pago de descarte de itens eletroeletrônicos. Comercializado nas lojas da rede Carrefour, o serviço tem ganhado cada vez mais usuários. A Descarte Certo agenda o melhor dia e horário para fazer a coleta e entrega ao cliente um certificado de destinação correta do produto.
Por enquanto, o serviço está disponível em todo o Estado de São Paulo e em cidades de Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. “Nossa meta de expansão é o Brasil inteiro”, afirma Watanabe. A empresa também projeta uma parceria com fabricantes para colocar o selo da Descarte Certo no momento em que a mercadoria estiver saindo da fábrica. Desta forma, o cliente teria a garantia do serviço de descarte desde a aquisição do produto. Hoje, empresas como o banco Santander dão descontos no serviço para clientes preferenciais.

Lixo lucrativo

Watanabe destaca o enorme potencial de negócio que existe por trás do lixo eletrônico no Brasil. Segundo ele, mais de 100 milhões de novos eletroeletrônicos são colocados no mercado brasileiro a cada ano. “Precisamos transformar itens obsoletados em matéria-prima para novos produtos”, destaca. Para o empresário, vislumbrar e formatar novos negócios é a única forma de fazer a lei “pegar”. “Tem que haver um componente financeiro, senão a lei cai no esquecimento”, acredita Watanabe.
Para empresas como a Wisewood Soluções Ecológicas, cuja proposta é substituir a madeira por compósitos plásticos recicláveis, a lei é muito bem-vinda. Com a exigência de destinação correta para os resíduos, a tendência é que aumente o volume de matéria-prima proveniente de recicláveis e, consequentemente, haja queda nos preços. “Hoje eu compro muita coisa em aterros sanitários. Como eles devem se tornar muito caros com o fim dos lixões, a tendência é adquirir resíduos diretamente do gerador”, explica Rogério Igel, proprietário da empresa.
A base da madeira Wisewood é qualquer tipo de plástico reciclável. A ele podem ser agregadas até 40% de fibras vegetais como serragem, bagaço de cana, bambu, borra de café, sabugo de milho, casca de arroz, raspas de couro, algodão e folhas, entre outras. A empresa calcula que retira cerca de 700 toneladas por mês de resíduos descartados. Fundada em 2007, em São Paulo, a Wisewood começou suas atividades desenvolvendo pallets, estacas e dormentes. Segundo Igel, para cada três dormentes feitos com madeira plástica, três árvores deixam de ser derrubadas.
O empresário ainda destaca outras vantagens da tecnologia Wisewood: alta durabilidade, imune a pragas, resistente à corrosão, não solta farpas e não absorve umidade. O problema é que ela ainda é mais cara que a madeira, mas para Igel esse entrave está com os dias contados. “Há fortes indícios de que a madeira legal e certificada ficará cada vez mais cara”, argumenta. A confiança de Rogério Igel nesse mercado se traduz em números. Ele está investindo R$ 10 milhões na compra de três novas máquinas. A meta é elevar a produção de 80 para 150 toneladas mensais e o faturamento de R$ 600 mil para R$ 1,3 milhão ao mês.
Para quem vê apenas custos embutidos no PNRS, o especialista em gestão ambiental João Ricardo Magalhães Gonçalves recomenda: “É preciso ser criativo e buscar alternativas para, a médio e longo prazos, tirar proveito da situação. Há muito valor agregado em materiais que hoje seguem para lixões e aterros sanitários. Estamos jogando dinheiro fora”. O executivo, sócio-diretor da Eccox Tecnologia e Soluções Ambientais, de Betim (MG), cita a construção civil para mostrar a necessidade de readequação de processos. Segundo ele, estima-se que a cada três edifícios construídos, um novo poderia ser erguido só com o que foi para o lixo.
A conscientização do que realmente é lixo é o ponto crucial deste debate na opinião do empresário Rodrigo Sabatini, presidente da NovoCiclo Ambiental, de Florianópolis. “Lixo é lixo, resíduo é resíduo. Eles têm que ser destinados para lugares diferentes”, afirma. A empresa faz a gestão de resíduos em empresas, condomínios residenciais e cidades, baseada no conceito de lixo zero. “Nosso trabalho é fazer com que o responsável encaminhe o resíduo para um destino onde ele possa ser utilizado em nova etapa de produção. Não adianta só passar o problema para frente”, explica Sabatini.
O fato, segundo o advogado Wladimir Antonio Ribeiro, do Escritório Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados, é que as empresas que não se adequarem podem perder mercado. Tanto no Brasil quanto em outros países, onde os consumidores já esperam atitudes responsáveis dos fabricantes diante do descarte de seus produtos. Para Ribeiro, que assessorou o Ministério do Meio Ambiente na elaboração da nova lei, o PNRS é “uma política necessária num momento de forte crescimento econômico e redistribuição de renda”, sob pena dos aterros sanitários entrarem em colapso no Brasil. “Temos que colocar preço nas coisas para que ele seja sentido no bolso. Hoje, não custa nada jogar uma garrafa pet no rio. Isso tem que mudar.”

O que diz a lei

- Resíduo é o descarte que pode ser reaproveitado ou reciclado.

- Rejeito é o lixo que não pode ser reaproveitado.
- O destino de resíduos passa a ser responsabilidade de toda a cadeia envolvida – fabricantes, importadores, comerciantes, consumidores e empresas de serviço público.
- O fabricante é o responsável pela coleta e destino final do produto ao final de sua vida útil.

Linha direta

Descarte Certo: (11) 2167-5800

Eccox Tecnologia e Soluções Ambientais: (31) 3591-1050
NovoCiclo: (48) 3025-1134
TGestiona: 0800 777-1010
Wladimir Antonio Ribeiro:(11) 3068-4700
Wisewood: (11) 4594-5813
Fonte: Cléia Schmitz

CNDL fará pesquisa com parlamentares a favor e contra volta

A partir de 1º de janeiro, com a posse dos novos parlamentares, a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) iniciará uma campanha nacional contra o aumento de impostos. O foco será o possível retorno da CPMF, defendido por alguns políticos como a CSS (Contribuição Social para Saúde).
O presidente da entidade, Roque Pelizzaro Jr., explica que a pesquisa será realizada em cada estado. Os resultados compilados pela CNDL serão divulgados nas bases regionais da confederação, para que haja um "convencimento contrário a isso".
"Nossa convicção é a seguinte: quando me candidato, para o Executivo ou no Legislativo, eu digo ao povo que conheço os problemas, a realidade econômica e os compromissos que os estados e a União possuem. Depois de eleito, não posso passar essa conta ao contribuinte", declarou.

Estelionato eleitoral


Pelizzaro lembra que, durante a campanha, nenhum candidato defendeu o retorno da CPMF. "Todos os políticos falavam de reforma tributária, mas num completo contrassenso, muitos defendem o retorno da CPMF. Classifico isso como estelionato eleitoral. Essa campanha de conscientização vai abordar justamente isso", explicou.
A respeito do orçamento enxuto que o governo alega para 2011 - o que poderia ser usado como um dos argumentos a favor da implantação da CSS -, o presidente da CNDL rebate com uma metáfora. "Toda dona de casa tem o orçamento apertado e não sai assaltando ninguém na rua. Ela ajeita suas despesas. O governo precisa rever seus gastos, para que haja investimentos onde é necessário", concluiu.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Comissão da Câmara dos Deputados proíbe inclusão no SPC de devedores de contas de água e luz

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) aprovou hoje (16), em caráter conclusivo, projeto de lei que proíbe a inclusão em cadastros de devedores como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) de nomes de consumidores inadimplentes de contas de água e luz.
A medida se aplica apenas aos consumidores de baixa renda, que estejam incluídos nos critérios da tarifa social de energia elétrica. Como o projeto foi aprovado em caráter conclusivo ele será encaminhado diretamente à votação no Senado.

Boa hora para limpar o nome

Quer parcelar uma televisão para surpreender seus filhos no Natal ou fazer um crediário em uma loja de roupas para presentear toda a família com os menores juros da história (veja mais abaixo), mas seu nome está na lista do SPC?
Você pode aproveitar a chegada da primeira parcela do 13º, que deve ser paga para a maior parte dos trabalhadores até o próximo dia 30, para negociar suas dívidas com o comércio.
Muitos nem esperaram o benefício chegar para quitar suas dívidas. O número de inadimplentes em outubro deste ano foi 18,6% menor do que no mesmo mês de 2009. No acumulado do ano, a queda foi de 7,18%.

Comércio espera por aumento de dois dígitos nas vendas no Natal

Data mais aguardada pelo comércio, o Natal deste ano promete um incremento de nada menos que dois dígitos nas vendas. A explicação é fácil: com mais dinheiro no bolso, fruto do aumento do emprego e da renda, combinado ao crédito farto, a estimativa é que as vendas possam subir até 15% em comparação com o mesmo período de 2009.
A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) aposta em um crescimento de 12% nas vendas em centros de compras ante o mesmo período de 2009. A demanda maior faz com que o setor varejista aumente também as contratações em aproximadamente 130 mil trabalhadores temporários. O valor médio dos presentes deve variar entre R$ 80 e R$ 110.
Só nos shopping centers, as vendas devem saltar 15% em comparação ao mesmo período de 2009. Levantamento realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) aponta que entre os presentes favoritos estão artigos de vestuário, produtos eletrônicos, aparelhos celulares, perfumaria e artigos do lar. A associação estima ainda a abertura de 175 mil vagas temporárias de emprego. Os trabalhos incluem atividades de estoquistas, vendedores e equipe interna.
Em Porto Alegre, a expectativa da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL) é de que o crescimento nas vendas fique entre 8% e 10% sobre o ano passado. A expectativa da entidade é influenciada pelo índice de inadimplência medida pelo SPC/RS, que se mantém estável, e pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário, que deve injetar R$ 70 bilhões na economia brasileira.
Em outubro, a CDL já apurou que as vendas cresceram 8% sobre o mesmo mês anterior e, nos primeiros dias de novembro, 9,5%.

MENSAGEM

Nossos Vários Cérebros... Nossa Inteligência!

Equivocadamente, dizem que nós, seres humanos, usamos sómente 10% do cérebro. Na verdade nós temos vários tipos de cérebro. Um está na cabeça, outro nas entranhas ou intestinos, outro no coração e ainda outro em nosso espírito.
E exatamente por isto, cada vez que percebemos algo, isso é feito com os diferentes cérebros e reagimos com base nessa percepção.
Uma frase comum para identificar o cérebro das entranhas é: "Estou sentindo um nó no estômago". Esse cérebro começa a funcionar quando você passa por uma experiência traumática e a somatiza no estômago.
Você não sente o mal-estar por ter comido, ele é o resultado no seu corpo. Esse cérebro é independente do cérebro da cabeça, porém, está ligado a ela.
O cérebro da cabeça é normalmente conhecido como sua identidade racional.
O cérebro do coração nos estimula e nos ajuda a responder à vida, faz com que sintamos as metas e nos impulsiona a sobressair. Exemplo: Pessoas de baixa auto-estima não usam o cérebro do coração, justamente o que nos permite superar, sobressair e traçar metas.
E finalmente o cérebro do espírito que também podemos chamar de inteligência emocional é algo superior, não ativada por muitas pessoas e resolve o que os outros três cérebros não conseguem, não tem a solução. É onde o impossível não é impossível.
A inteligência emocional é a responsável pelo sucesso e pelo fracasso da maioria das pessoas.
Chegamos à conclusão que você já vive em equipe dentro de você mesmo.
Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!
Gilclér Regina
Câmara de Dirigentes Lojistas de Miracema - CDL Miracema e Centro de Integração Empresa Escola do Rio de Janeiro - CIEE-RIO assinaram convênio de cooperação




O acordo tem por obje
tivo o estabelecimento e manutenção de cooperação recíproca entre a CDL Miracema e o CIEE RIO, visando o desenvolvimento de atividades conjuntas capazes de propiciar, em conformidade com a legislação vigente, qual seja, Lei 11.788 de 26 de setembro de 2008, a operacionalização de Programas de Estágio de Estudantes, não só nas dependências da CDL Miracema, mas também junto às pessoas jurídicas e físicas associadas, contribuindo, desta forma, com a inserção do jovem no mercado de trabalho e com a efetiva formação de profissionais.
A CDL Miracema e seus associados terão uma concessão de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da Contribuição Institucional destinada ao CIEE RIO, por estudante/mês ativo no banco de dados do CIEE RIO e contratado ao abrigo do convênio para operacionalização do programa de estágio previamente firmado.