sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Redução da Jornada de Trabalho

Ficha cadastral, um pequeno cuidado que faz diferença

Em tempos de recordes na concessão de empréstimos, a inadimplência torna-se uma grande preocupação, em especial para as micro e pequenas empresas. Isto se deve ao fato de que, diante de um maior endividamento do consumidor, sobram menos recursos para o pagamento de novas obrigações. Diante dessa realidade, cada vez mais empresários procuram alternativas que tragam maior segurança na hora de realizarem operações a prazo.
Uma velha medida que se mantém atual nesse cenário é a elaboração e analise da ficha cadastral como instrumento de concessão ou não do crédito pleiteado pelo consumidor.
Mas quais informações básicas que são relevantes para analise da capacidade do consumidor em honrar seus compromissos?

Ficha Cadastral, informações básicas.

Qualificação: Inicialmente é necessária a correta qualificação do consumidor que esteja pleiteando crédito. Neste sentido será importante o preenchimento do nome, número do RG e do CPF do consumidor. Tais informações devem ser fornecidas mediante a apresentação dos documentos originais, o que possibilita por si só evitar fraudes. Além dessas informações será interessante perguntar qual o estado civil e número de dependentes do consumidor. Isto será importante na hora de avaliar qual sua capacidade de pagamento, visto que diferentes situações pessoais trazem importantes repercussões na renda disponível. Por exemplo, a renda disponível de um consumidor solteiro é maior do que a de um consumidor casado com filhos, mesmo que ambos apresentem a mesma renda liquida.

Endereço: Outro campo importante da ficha cadastral é o endereço de cobrança. Sem o endereço atualizado do consumidor será inviável sua localização caso ele venha a se tornar inadimplente. Para fins de comprovação dessas informações é aconselhável solicitar a apresentação de uma conta atualizada de uma concessionária de serviços públicos, tais como a conta de energia elétrica. Neste campo algumas empresas costumam perguntar ainda se o consumidor mora em imóvel próprio ou alugado, e também qual o tempo de residência em tal endereço. Isto é importante para saber não só qual a renda disponível, mas também para saber se tal consumidor reside na localidade em caráter permanente ou apenas temporário. Em algumas regiões é comum ocorrer a migração de pessoas de outras regiões para a realização de certas atividades econômicas, tais como mão de obra no corte da cana em regiões onde existe um número elevado de usina de açúcar e álcool. Caso o consumidor more em caráter temporário no endereço, poderá haver dificuldades futuras na sua localização.

Rendimentos: Neste campo da ficha cadastral devem-se requerer dados relativos aos rendimentos do consumidor. Via de regra solicita-se a apresentação do holerite do último mês acompanhado da Carteira de Trabalho e Previdência Social do Consumidor. Sobre o salário apresentado será necessário calcular o salário liquido disponível, ou seja, aquele que sobrar uma vez que for feito todos os descontos. Em relação aos rendimentos líquidos, deverá se adotar um comprometimento máximo de 30% com o pagamento de cada uma das prestações a ser contratadas. Neste campo algumas empresas perguntam ainda se o consumidor tem prestações assumidas com outras empresas e quantas. Isto é importante para se definir a real capacidade financeira de tal consumidor, uma vez que quanto maior o número de crediários, menor será a renda disponível para a quitação de novos compromissos.

Consulta: Uma vez preenchidos e analisados os campos acima, o empresário deverá realizar a consulta de informações junto ao serviço de proteção ao crédito. A existência de restrições poderá impedir a concessão do parcelamento pretendido.

Com esses pequenos cuidados muito pode ser feito para se evitar a surgimento ou o aumento da inadimplência.
Boris Hermanson - Consultor - Sebrae-SP

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Estatística mensal de consultas - Julho/2009

Os dados das consultas ao serviços da CDL, mostram, julho de 2009 em relação a julho de 2008, com:
  • crescimento de 16,79% nas consultas ao SPC;
  • crescimento de 59,4% nas consultas de LigCheque;
  • empate nas consultas de SIAC;
  • queda de 39,4% nos Registros de inadimplentes;
  • queda de 7,2% nos Cancelamentos de registros.
Os dados também mostram, que julho de 2009 em relação a junho de 2009, teve:
  • crescimento de 32,85% nas consultas ao SPC;
  • crescimento de 25,75% nas consultas de LigCheque;
  • crescimento nas consultas de SIAC;
  • queda de 27% nos Registros de inadimplentes;
  • crescimento de 10% nos Cancelamentos de registros.

Estatística Completa

Serviço/Referência jul/09 jul/08 jun/09
Consultas ao SPC 2366
2026
1781
Consultas ao LigCheque 298
187
237
Consultas ao SIAC 1 1
0
Registros 43
71
59
Baixas 77
83
70

Top 10 - Consultas ao SPC

Banco do Brasil
538
Leader Magazine
361
Mercado Paraíso
192
A Credilar
189
Eletrolider
149
Xxxxxxxxxxx* 143
Banco Itaú
99
Daqui Eletromóveis
69
Grupo Unibanco
64

Losango 64

* Esse Lojista não permite a divulgação do seu nome.

Anvisa: farmácias devem manter remédio atrás do balcão

Os medicamentos vendidos em farmácias não poderão mais ficar ao alcance direto do consumidor. A determinação faz parte de resolução publicada hoje pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estipulou novas regras para a compra e venda de remédios no País. A principal mudança refere-se ao acesso dos consumidores a medicamentos a granel e vendidos apenas diante da apresentação de receita médica. Esses produtos deverão sair das prateleiras e serem expostos apenas atrás do balcão, onde somente os funcionários do estabelecimento terão livre acesso. Os estabelecimentos terão até seis meses para se adaptarem às novas regras. Quem não cumprir a norma, estará sujeito a multa que varia entre R$ 2 mil e R$ 1 milhão.
A determinação ainda proíbe a venda em farmácias de produto sem vinculação com a área de saúde, como chocolates, balas, sandálias e refrigerantes, entre outros. Ficaram fora das restrições da Anvisa os produtos de higiene e de saúde que não requerem conhecimento médico para o uso, como fitoterápicos, cosméticos, escovas de dente e sabonetes.
Entre os serviços oferecidos pelas farmácias, apenas a medição de pressão arterial, aplicação de injeção e a perfuração do lóbulo auricular para a colocação de brinco, serão permitidas. As farmácias e drogarias também deverão, por meio de avisos e cartazes, alertar aos consumidores sobre os riscos da automedicação.
As novas normas da Anvisa ainda criam um marco regulatório para a venda de remédios por telefone e internet. Apenas farmácias com lojas abertas ao público poderão oferecer os medicamentos pelo telefone, fax ou internet. Para oferecer o produto, a empresa terá de viabilizar uma forma de comunicação direta entre o farmacêutico e o internauta. Os medicamentos de tarja preta estão proibidos de serem vendidos por esses meios. A compra será permitida apenas pessoalmente. Se o remédio estiver sujeito a prescrição médica, a receita deverá ser vista pelo funcionário do estabelecimento antes da venda.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

DOCUMENTOS IMPORTANTES

CÓDIGO DE POSTURAS DE MIRACEMA


Você não precisa comprar para ser bem atendido...ou será que precisa?

Se você questionar à um profissional de vendas se a abordagem que realiza tem como principal direcionamento o produto, ou a abordagem é centrada no cliente, qual será a resposta? Pode parecer assustador, mas há pessoas que atuam no contato direto com o cliente, pessoalmente ou por telefone, que podem demorar um bom tempo para responder esta pergunta, pois na realidade, somente oferecem um bom atendimento se o comprador demonstrar algum sinal de compra. Quando a pessoa direciona a abordagem no produto, transforma a apresentação em um monólogo, com a ação direta de prometer muito e fazer na prática pouco. Entretanto, quando a pessoa direciona a abordagem comercial para um diálogo interativo, com habilidade para realizar perguntas e envolver o cliente, transforma a apresentação em uma conversa agradável e, como resultado, conquista a credibilidade de prometer o essencial e assumir o que foi acordado.
Perceba que há duas opções de abordagem, no entanto, o profissional que atua em vendas, jamais deve prestar um bom atendimento somente ao cliente que demonstrar interesse de compra. Há vendedores, balconistas e gestores de vendas que gostam de afirmar que o diálogo com o cliente, mais parece um brainstorm do que propriamente a ação de vender. Em outra perspectiva, há pessoas despreparadas, que não são capazes de realizar um esforço para mostrar um diferencial, se o cliente logo no início do contato comentou que esqueceu a carteira com o talão de cheque e os cartões de crédito em casa. Parece incrível, mas existem pessoas mal preparadas para atender que ao contrário de atrair clientes, são capazes de afastar para sempre o consumidor, principalmente por não praticar um bom atendimento. Realize a leitura, aplique as duas sugestões a seguir e perceba que o cliente, não precisa comprar para levar da sua empresa, uma imagem positiva com credibilidade, valorização de relacionamento e desejo de voltar.
Exercitar o treinamento de ouvir com sintonia fina - Quando era criança, lembro que meu avô, tinha apoiado em uma estante, um rádio de madeira que funcionava através de sistemas de válvulas. Cada frequência de rádio exigia o esforço de girar o botão da sintonia fina para encontrar a perfeição. O detalhe é que minha avó tinha como hábito ouvir a missa e meu avô, assim que terminava a celebração, girava os botões para sintonizar outras estações de rádio. Ao recordar este fato da minha infância, percebo que cada cliente requer um esforço de encontrar a sintonia perfeita através do diálogo e da empatia. Note que quando duas lojas vendem o mesmo produto, com o mesmo preço, o que faz a diferença é o atendimento oferecido pelo profissional de vendas. Quantas vezes você comprou algo que não precisava, mas o atendimento fez a diferença? Quantas vezes você pagou um pouco mais, pois o atendimento justificou? E na sua equipe de vendas, as pessoas percebem que cada cliente exige a adaptação de uma sintonia fina? Praticam o exercício de ouvir atentamente as reais necessidades dos clientes?
Exercitar o treinamento de transformar o curioso em comprador - Quem trabalha no comércio varejista, com certeza já ouviu o cliente responder que somente está dando uma olhadinha. Deixar o consumidor observar a mercadoria é algo aceitável, mas a ação inaceitável é abandonar o cliente no interior da loja. O grande desafio está em transformar o curioso cliente em um comprador. Perceba que em muitas ocasiões, desejamos realizar uma campanha de vendas com o nosso entendimento, não com o pensamento e desejo do cliente. Percebeu a diferença? Para transformar o curioso em comprador é necessário usar empatia e observar a situação comercial com os olhos do cliente, para que desta maneira, seja possível entender o ponto de vista do consumidor. Em alguns casos, um cliente pode entrar na loja por ser um curioso, mas passa a ser um comprador quando percebe a aproximação coesa de abordagem, atenção, cortesia e respeito.
O cliente não precisa comprar para ser bem atendido e a forma mais eficaz de descobrir o que realmente o cliente deseja, está centrada na ação de fazer o consumidor descrever suas necessidades e o que verdadeiramente deseja adquirir. Observe que quando um cliente entra na loja e, por algum motivo não realiza a compra, acaba por levar da sua empresa alguma imagem sobre atendimento, a organização, o clima de trabalho, a limpeza e o cuidado dos funcionários com a apresentação e zelo pelos produtos. Quantas vezes você já foi a algum lugar e desistiu de comprar, pois as pessoas estavam descontentes com o trabalho? Quantas vezes você entrou em uma loja e não comprou, pois o vendedor esqueceu de planejar uma venda futura? Aplique as duas sugestões apresentadas e perceba que ao melhorar o diálogo com o cliente, aumenta o resultado no envolvimento com a marca, com a empresa e com o atendimento oferecido.
Dalmir Sant’Anna

Premio Mulher de Negócios 2009 - Adiado

Lei do Rio proíbe cobrar 0300 de cliente

Serviços telefônicos de atendimento ao consumidor (SAC) não podem ter taxação diferenciada da chamada local

No Rio de Janeiro está proibida a cobrança dos serviços telefônicos de atendimento ao cliente (SAC) ou similares, iniciados pelo prefixo 0300 ou outro com taxação diferenciada da chamada local. O governador em exercício Luiz Fernando de Souza sancionou a Lei 5.504, publicada no Diário Oficial de 16 de julho de 2009.
A medida acabará com o artifício usado por muitas empresas que, para reduzir os gastos, extinguiram o canal telefônico de atendimento gratuito com prefixo 0800. Elas substituiram esses telefones por linhas cujas ligações geram gastos para o consumidor que faz contato com prefixos tais como 4003, além dos 0300.
Quem descumprir a lei sofrerá multa no valor de 500 Unidades Fiscais de Referência do Estado do Rio de Janeiro, o equivalente a R$ 970,00, creditadas em favor do Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor (FEProcon).
Há alguns anos a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já havia limitado o valor de uma ligação para 0300 ao preço de uma chamada local. Hoje são as linhas 4003 as mais usadas e o valor da chamada é maior que a tarifação normal.
Mas nos setores regulados pelo decreto de call center, em vigor há seis meses, a linha telefônica gratuita é obrigatória para o consumidor obter informações, encaminhar críticas, tirar dúvidas, elogiar e cancelar serviços. Estão sujeitos à regulamentação dos SACs os Serviços de Atendimento ao Cliente (call centers) das operadoras de telefonia fixa e móvel, TVs por assinatura, companhias aéreas, bancos, operadoras de cartões de crédito ligadas a bancos, operadoras de planos de saúde, empresas de transporte terrestre e de energia elétrica.

Lei nº 5504 de 15 de julho de 2009

Proíbe a cobrança dos serviços de atendimento ao cliente - 0300 - na forma que menciona e dá outras providências.
O Governador do Estado do Rio de Janeiro, em exercício, faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1° - Os serviços telefônicos, de atendimento ao cliente (SAC) ou assemelhados, iniciados pelo prefixo 0300 ou outro com taxação diferenciada da chamada local, não poderão ser cobrados do consumidor.
Art. 2° - Em caso de descumprimento desta Lei, aplicar-se-á ao infrator multa no valor de 500 (quinhentas) Unidades Fiscais de Referência do Estado do Rio de Janeiro creditadas em favor do Fundo Especial de Apoio a Programas de Proteção e Defesa do Consumidor - FEPROCON.
Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2009
LUIZ FERNANDO DE SOUZA
Governador em exercício
Projeto de Lei nº 1707-A/04
Autoria: Deputada Cidinha Campos

Declaração anual de quitação de débitos

Sancionada lei federal que livra consumidor de guardar recibos de anos anteriores de serviços públicos ou privados.

A partir de agora, as empresas públicas ou privadas estão obrigadas a fornecer uma declaração de quitação anual de débitos aos consumidores aos quais prestam serviços. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 12.007, publicada no Diário Oficial da União de 30 de julho. A medida abrange, entre outras, as fornecedoras de energia elétrica e de água, além as empresas de telefonia e de TV a cabo.
Segundo a lei, a declaração de quitação anual de débitos compreenderá os meses de janeiro a dezembro de cada ano, tendo como referência a data do vencimento da respectiva fatura. Somente terão direito à declaração de quitação anual de débitos os consumidores que quitarem todos os débitos relativos ao ano em referência.
Amedida traz benefícios aos consumidores que até agora se obrigavam a guardar as contas por vários anos, acumulando papéis, para evitar cobrança indevida de conta já paga.
A lei estabelece que caso o consumidor não tenha usado os serviços durante todos os meses do ano anterior, terá direito à declaração de quitação dos meses em que houve faturamento de débitos. Se alguma conta estiver sendo questionada judicialmente, o consumidor terá direito à declaração de quitação dos meses em que houve faturamento dos débitos.
O recibo deverá incluir ainda a declaração de que as informações prestadas substituem os documentos mensais para comprovação de quitação das faturas.
Segundo a lei, as prestadoras de serviços terão de encaminhar anualmente o documento ao consumidor, na fatura a vencer no mês de maio do ano seguinte, ou no mês subsequente à completa quitação dos débitos do ano anterior ou dos anos anteriores. A declaração poderá ser emitida no espaço da própria fatura.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nota Fiscal Eletrônica

Apresentação da Nota Fiscal Eletrônica é feita em Itaperuna

Ontem (13) foi realizado no Teatro FIRJAN/SESI em Itaperuna, uma apresentação sobre Nota Fiscal Eletrônica, pelo Líder do Projeto de Nota Fiscal Eletrônica da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, João Carlos do Nascimento Silva.
A Nota Fiscal Eletrônica é um documento de existência apenas digital, emitido e armazenado eletronicamente, com o intuito de documentar, para fins fiscais, uma operação de circulação de mercadorias ou uma prestação de serviços, ocorrida entre as partes. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital do remetente (garantia de autoria e de integridade) e pela recepção, pelo Fisco, do documento eletrônico, antes da ocorrência do fato gerador.
A Nota Fiscal Eletrônica (NFe) já é obrigatória para inúmeros setores e, ao longo do tempo, todas as empresas, independente do porte ou atividade, serão obrigadas a utilizá-la. A partir de 1º de setembro mais 53 segmentos serão obrigados a emitir Nfe.
Durante a palestra, João Carlos,esclareceu que o credenciamento das empresas para a emissão da NFe se dá pelo CNAE, mas se a empresa praticar uma das atividades ou importar produto que obriga à utilização da NFe está obrigada a utilizar independente de eventual erro de cadastramento. O conselho é que as empresas
revejam os seus CNAE’s, para que representem de fato o que as empresas fazem.
A empresa obrigada precisa estar credenciada para emitir a NFe, assim, caso não
seja credenciada de ofício pela Sefaz, deverá solicitar o credenciamento. Por outro lado, caso não seja obrigada e tenha sido credenciada de ofício, deve pedir o descredenciamento. Erros de credenciamento não podem ocorrer em razão da atividade declarada como exercida cadastrada na Sefaz.
Durante a apresentação, foi emitida uma Nota Fiscal Eletrônica como demonstração para aproximadamente 150 pessoas presentes no evento.

Para maiores informações acesse o Portal da Nota Fiscal Eletrônica.
Nilciane Gripa - Representação Regional Noroeste - Sistema FIRJAN - www.firjan.org.br

Meu colega é cheiroso demais...

Roberto era um advogado brilhante, competente e de uma postura profissional exemplar. Só tinha um defeito, usava um perfume extremamente forte. Ele trabalhava no escritório até ao meio dia, só que o escritório ficava “cheiroso” até as quatro horas da tarde. Exagero? Pergunte aos colegas que tinham problemas de rinite e enxaqueca. Infelizmente ele não conhecia uma das regras básicas da boa convivência no trabalho: perfume não pode chegar antes de você nem ir embora muito depois.
Ninguém nega que é possí­vel alterar o estado de espírito de uma pessoa através de seu nariz. Segundo Alan Hirsch, os cheiros são, de longe, a forma mais rápida de alterar o hu­mor de uma pessoa. Isso ocorre porque o lóbulo olfativo é a parte do cére­bro que governa as emoções.
Um cheiro pode lembrar uma pessoa de momentos infelizes, como no exemplo do Sr. Roberto ou felizes. Pesquisas demonstram que pessoas acima dos 50 anos são mais propensas a ter essas lembranças de felicidade ao sentir cheiros naturais: rosas, maresia, laranjas e limões. Já as pessoas com menos de 40 anos costumam ter essas lembranças ao sentir cheiros sintéticos: amaciante de roupas, loção de bronzear, interiores de automóveis.
Os cientistas estão buscando por uma nova aplicação farmacêutica, e não me­ramente cosmética, para a capacidade dos odores além de perfumar poderem curar.
Professor Menegatti

MENSAGEM

CONSELHOS...

Dizem que conselho só se dá a quem pede. E, se vocês me convidaram para paraninfo, estou tentado a acreditar que tenho sua licença para dar alguns. Portanto, apesar da minha pouca autoridade para dar conselhos a quem quer que seja, aqui vão alguns, que julgo valiosos.

Primeiro: Não paute sua vida, nem sua carreira, pelo dinheiro. Ame seu ofício com todo o coração. Persiga fazer o melhor. Seja fascinado pelo realizar, que o dinheiro virá como conseqüência. Quem pensa só em dinheiro não consegue sequer ser nem um grande bandido, nem um grande canalha.
Napoleão não invadiu a Europa por dinheiro.
Hitler não matou 6 milhões de judeus por dinheiro.
Michelangelo não passou 16 anos pintando a Capela Sistina por dinheiro.
E, geralmente, os que só pensam nele não o ganham. Porque são incapazes de sonhar. E tudo que fica pronto na vida foi construído antes, na alma. A propósito disso, lembro-me de uma passagem extraordinária, que descreve o diálogo entre uma freira americana cuidando de leprosos no Pacífico e um milionário texano. O milionário, vendo-a tratar daqueles leprosos, disse: “Freira, eu não faria isso por dinheiro nenhum no mundo.” E ela responde: “Eu também não, meu filho”.
Não estou fazendo com isso nenhuma apologia à pobreza, muito pelo contrário. Digo apenas que pensar e realizar, tem trazido mais fortuna do que pensar em fortuna.

Meu segundo conselho: Pense no seu País. Porque, principalmente hoje, pensar em todos é a melhor maneira de pensar em si. Afinal é difícil viver numa nação onde a maioria morre de fome e a minoria morre de medo. O caos político gera uma queda de padrão de vida generalizada. Os pobres vivem como bichos, e uma elite brega, sem cultura e sem refinamento, não chega a viver como homens. Roubam, mas vivem uma vida digna de Odorico Paraguassu.

Meu terceiro conselho vem diretamente da Bíblia: “seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito”. É exatamente isso que está escrito na carta de Laudiceia: “seja quente ou seja frio, não seja morno que eu te vomito”: É preferível o erro à omissão. O fracasso, ao tédio. O escândalo, não vazio. Porque já vi grandes livros e filmes sobre a tristeza, a tragédia, o fracasso. Mas ninguém narra o ócio, a acomodação, o não fazer, o remanso.
Colabore com seu biógrafo. Faça, erre, tente, falhe, lute. Mas, por favor, não jogue fora, se acomodando, a extraordinária oportunidade de ter vivido. Tendo consciência de que, cada homem foi feito para fazer história. Que todo homem é um milagre e traz em si uma revolução. Que é mais do que sexo ou dinheiro. Você foi criado, para construir pirâmides e versos, descobrir continentes e mundos, e caminhar sempre, com um saco de interrogações na mão e uma caixa de possibilidades na outra. Não ‘use Rider, não dê férias a seus pés’. Não se sente e passe a ser analista da vida alheia, espectador do mundo, comentarista do cotidiano, dessas pessoas que vivem a dizer: “eu não disse!”, “eu sabia!” Toda família tem um tio batalhador e bem de vida. E, durante o almoço de domingo, tem que agüentar aquele outro tio muito inteligente e fracassado contar tudo que ele faria, se fizesse alguma coisa.
Chega dos poetas não publicados. Empresários de mesa de bar. Pessoas que fazem coisas fantásticas toda sexta de noite, todo sábado e domingo, mas que na segunda não sabem concretizar o que falam. Porque não sabem ansiar, não sabem perder a pose, porque não sabem recomeçar. Porque não sabem trabalhar. Eu digo: trabalhem, trabalhem, trabalhem. De 8 às 12, de 12 às 8 e mais se for preciso. Trabalho não mata.
Ocupa o tempo. Evita o ócio, que é a morada do demônio, e constrói prodígios. O Brasil, este país de malandros e espertos, da vantagem em tudo, tem muito que aprender com aqueles trouxas dos japoneses. Porque aqueles trouxas japoneses que trabalham de sol a sol construíram, em menos de 50 anos, a 2ª maior megapotência do planeta. Enquanto nós, os espertos, construímos uma das maiores impotências do trabalho.
Trabalhe! Muitos de seus colegas dirão que você está perdendo sua vida, porque você vai trabalhar enquanto eles veraneiam. Porque você vai trabalhar, enquanto eles vão ao mesmo bar da semana anterior, conversar as mesmas conversas, mas o tempo, que é mesmo o senhor da razão, vai bendizer o fruto do seu esforço, e só o trabalho lhe leva a conhecer pessoas e mundos que os acomodados não conhecerão. E isso se chama sucesso.
Discurso de Nizan Guanaes - CEO do mega portal iG - na formatura da FAAP