A Secretaria de Direito Econômico (SDE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, prometeu acompanhar de perto os primeiros capítulos do episódio do fim da exclusividade entre bandeira (Visa e Mastercard) e credenciadoras (Cielo e Redecard), a partir de 1° de julho.
O coordenador-geral de Análise Econômica, Paulo Britto, disse ao iG que, embora seja consenso que essa nova realidade trará benefícios aos consumidores, existe uma possibilidade de o duopólio formado por Cielo e Redecard combine preços para locar suas maquininhas.
A estratégia das empresas de combinar preços visaria evitar perdas de receita e de clientes, já que agora os lojistas poderão escolher apenas uma marca de maquininha, uma vez que não existirá mais contratos de exclusividade entre Visa e Cielo, por exemplo.
“Sabemos que quando há fim de monopólios, a probabilidade de combinação de preços tende a aumentar, o que não significa que as empresas irão adotar essa manobra. Porém, vamos ficar muito atentos a elas”, explica Britto.
“Hoje, 12% das reclamações fundamentadas de consumidores, ou seja, que viram processos administrativos, referem-se a denúncias contra cartões de crédito. Esperamos que, agora, esse patamar diminua, mas também sabemos que as credenciadoras vão querer garantir mercado”.
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