Metade do valor do ingresso cobrado no Brasil é só de imposto
Metade do valor do ingresso cobrado no Brasil é só de imposto, o que inclui os gastos com a produção e emissão do bilhete, distribuição e entrega. Cálculo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) mostra que 40,85% do que é pago em ingresso é só de tributo.
Para entender melhor a conta, a gente simplifica para você. Pense em um ingresso de R$ 200. Em cima desse valor, você paga R$ 81,70 só de imposto. O resto é dividido entre os gastos com a produção e só 30% desse valor, ou seja, R$ 60 vai para o bolso da empresa responsável pelo show – o que é pouco comparado aos gastos totais da produção.
A conta foi elaborada a pedido do R7 por Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) com base nos valores médios pagos nos espetáculos no Brasil. Segundo ela, os impostos podem responder em parte pela “culpa” da disparidade entre os valores dos ingressos de um mesmo show aqui e na Europa.
- Pesa bastante o custo da produção, em especial com a mão de obra. As despesas com pessoal (previdência e FGTS) pesam também na conta. Fora isso, há a questão dos direitos autorais, as taxas pagas aos sindicatos e os impostos pagos pelos próprios artistas para se apresentarar aqui no Brasil, o que incide sobre o valor do cachê.
A chegada das novas tecnologias, o DVD, o maior acesso à TV por assinatura e internet fez com que os donos de locadoras de filmes fechassem as portas e os donos dos cinemas usassem a criatividade para não amargar com os prejuízos.
Pipoca mais salgada
O crítico de cinema e blogueiro do R7 Rubens Ewald Filho explica que uma das saídas usada pelo setor tem sido investir na pipoca. Isso mesmo que você leu: investir na pipoca. Como mais da metade dos ingressos é meia-entrada, para custear todas as despesas não dá para fechar a conta com a grana da bilheteria.
- Um cinema com 300 lugares não enche todo dia. No máximo, em estreia, e de sábado e domingo nos horários de pico. É muito pouco perto de alguém que precisa arcar com uma estrutura que inclui aluguel, distribuidora e funcionários. É por isso que hoje têm sala 3D, combo de pipoca e ingressos numerados. São truques que eles [donos do cinema] têm de não amargar tanto prejuízo.
O outro lado dos preços altos no Brasil é a ainda baixa frequência do brasileiro no cinema e teatro. Dados recentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que quase 60% da população brasileira nunca foi a um teatro ou a um espetáculo de dança e aproximadamente 70% jamais foi a museus ou centros culturais.
Para Rubens, a carência de salas de exibição populares, com preços de R$ 5, são um dos obstáculos que o setor ainda precisa vencer. Restritas ainda aos centros culturais com subsídio de bancos e do governo, as sessões populares se mantém vivas graças aos incentivos da iniciativa privada.
- Ainda é muito pouco e não muda em nada a realidade da imensidão de pessoas que nunca pisou em um cinema. A maioria desses lugares ainda passa DVD e filmes muito antigos, que não chamam a atenção do grande público. O povão mesmo ainda não vai ao cinema.
A reportagem entrou em contato com as redes de cinemas Cinemark e UCI para comentar as informações, mas as empresas se recusaram a se pronunciar.
Metade do valor do ingresso cobrado no Brasil é só de imposto, o que inclui os gastos com a produção e emissão do bilhete, distribuição e entrega. Cálculo feito pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) mostra que 40,85% do que é pago em ingresso é só de tributo.
Para entender melhor a conta, a gente simplifica para você. Pense em um ingresso de R$ 200. Em cima desse valor, você paga R$ 81,70 só de imposto. O resto é dividido entre os gastos com a produção e só 30% desse valor, ou seja, R$ 60 vai para o bolso da empresa responsável pelo show – o que é pouco comparado aos gastos totais da produção.
A conta foi elaborada a pedido do R7 por Letícia do Amaral, vice-presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) com base nos valores médios pagos nos espetáculos no Brasil. Segundo ela, os impostos podem responder em parte pela “culpa” da disparidade entre os valores dos ingressos de um mesmo show aqui e na Europa.
- Pesa bastante o custo da produção, em especial com a mão de obra. As despesas com pessoal (previdência e FGTS) pesam também na conta. Fora isso, há a questão dos direitos autorais, as taxas pagas aos sindicatos e os impostos pagos pelos próprios artistas para se apresentarar aqui no Brasil, o que incide sobre o valor do cachê.
A chegada das novas tecnologias, o DVD, o maior acesso à TV por assinatura e internet fez com que os donos de locadoras de filmes fechassem as portas e os donos dos cinemas usassem a criatividade para não amargar com os prejuízos.
Pipoca mais salgada
O crítico de cinema e blogueiro do R7 Rubens Ewald Filho explica que uma das saídas usada pelo setor tem sido investir na pipoca. Isso mesmo que você leu: investir na pipoca. Como mais da metade dos ingressos é meia-entrada, para custear todas as despesas não dá para fechar a conta com a grana da bilheteria.
- Um cinema com 300 lugares não enche todo dia. No máximo, em estreia, e de sábado e domingo nos horários de pico. É muito pouco perto de alguém que precisa arcar com uma estrutura que inclui aluguel, distribuidora e funcionários. É por isso que hoje têm sala 3D, combo de pipoca e ingressos numerados. São truques que eles [donos do cinema] têm de não amargar tanto prejuízo.
O outro lado dos preços altos no Brasil é a ainda baixa frequência do brasileiro no cinema e teatro. Dados recentes do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontam que quase 60% da população brasileira nunca foi a um teatro ou a um espetáculo de dança e aproximadamente 70% jamais foi a museus ou centros culturais.
Para Rubens, a carência de salas de exibição populares, com preços de R$ 5, são um dos obstáculos que o setor ainda precisa vencer. Restritas ainda aos centros culturais com subsídio de bancos e do governo, as sessões populares se mantém vivas graças aos incentivos da iniciativa privada.
- Ainda é muito pouco e não muda em nada a realidade da imensidão de pessoas que nunca pisou em um cinema. A maioria desses lugares ainda passa DVD e filmes muito antigos, que não chamam a atenção do grande público. O povão mesmo ainda não vai ao cinema.
A reportagem entrou em contato com as redes de cinemas Cinemark e UCI para comentar as informações, mas as empresas se recusaram a se pronunciar.
Fonte: Fiepr.org
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